sábado, 20 de dezembro de 2014

Cientistas advertem sobre riscos da exposição à luz visível

Via Agência USP de Notícias
Da Assessoria de Comunicação do INCT-Redoxoma redoxoma@iq.usp.br
19.12.2014

A exposição à luz visível (parte da radiação solar que enxergamos) também pode ser prejudicial à pele mesmo com o uso de protetores solares, pois causa danos ao DNA das células. “Criou-se um mito de que a luz visível é segura, o que não é verdade”, afirma o Maurício Baptista, do Instituto de Química (IQ) da USP. A constatação do cientista vem de estudos realizados no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), sediado no IQ.

No Redoxoma, Baptista coordena um grupo de pesquisadores que estudou e realizou experimentos que mostram como a melanina ao ser estimulada pela luz visível gera moléculas altamente reativas (compostos) que causam danos ao DNA das células.
“Esse resultado tem impacto importante para saúde pública, pois demonstra que a estratégia de passar filtro solar e se expor por longos períodos ao sol pode causar danos irreparáveis na saúde da pele, incluindo o fotoenvelhecimento e possivelmente a formação de tumores”, alerta o cientista.

Ele explica que a irradiação solar tem vários componentes: o que enxergamos (luz visível) e o que não enxergamos é o UVA. “Os bons filtros solares encontrados hoje no mercado nos protegem contra radiação solar ultravioleta (UVA e UVB), mas não contra a radiação visível. É um equívoco considerar que a exposição à luz visível seja segura para a saúde da pele”, adverte.

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