sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Corrida por água em SP alimenta poços clandestinos e pode ter graves consequências para as reservas subterrâneas

BBC Brasil
Via EcoDebate
11.12.2014

Com a crise da água, São Paulo chegou, literalmente, ao fundo do poço. Ou melhor, dos poços. A avidez por encontrar fontes hídricas alternativas tem multiplicado a perfuração de poços artesianos – a maioria deles, clandestinos, segundo especialistas.
 
Quem sofre com a escassez acusa os órgãos gestores do Estado de excesso de burocracia, que alimenta as obras ilegais.

Indústrias e comércio foram os primeiros interessados em investir em perfurações. Recentemente, condomínios de prédios e casas também saíram em busca de água subterrânea. Até a prefeitura da capital abriu licitação para contratar empresas especializadas em poços semiartesianos que deverão abastecer as 32 subprefeituras em caso de falta d’água.

Em meio à corrida pela água, chovem críticas sobre o órgão estadual gestor de recursos hídricos, o Departamente de Água e Energia Elétrica (DAEE).

“O que estamos vendo aqui em São Paulo é que todos estão saindo de uma forma predatória à procura de água. E falta um Estado presente que faça o disciplinamento do uso dessa água subterrânea”, disse à BBC Brasil o diretor do Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas (Cepas) da USP, Reginaldo Bertolo.

Continua.