terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Quando a Caatinga vira mina de Urânio, artigo de Norbert Suchanek
Via EcoDebate
Por Norbert Suchanek
01.12.2014
“No Ceará não tem disso não”
No norte do continente americano, os Cree do Quebec e políticos, estão atualmente lutando para banir a mineração de Urânio no Quebec para sempre. Mas no sul do continente, no nordeste do Brasil, no interior do Ceará, empresários e políticos lutam para ter uma mina de urânio em nome do desenvolvimento.
Quando a Caatinga vira mina de Urânio
[EcoDebate] O minério urânio é radioativo e altamente tóxico e o Brasil está no caminho de ter a sua terceira mina de urânio, em 2015. Este “Projeto Santa Quitéria” localizado um pouco mais de 210 quilômetros de Fortaleza, no meio da Caatinga do Sertão Central do Ceará, tem dimensões gigantescas. O consórcio INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e Grupo Galvani quer explorar a jazida da Fazenda Itataia, no Município de Santa Quitéria, e criar a maior mina de urânio do Brasil para abastecer as usinas nucleares.
Serão produzidos por ano 1.600 toneladas de urânio (Yellow Cake / U3O8), quatro vezes mais do que a mina Lagoa Real/Caetité, na Bahia, está produzindo atualmente. E cinco vezes mais do que a primeira mina de urânio, a mina Osamu Utsumi em Poços de Caldas, Minas Gerais, estava produzindo anualmente entre 1982 e 1995. Além do Yellow Cake, o Projeto Santa Quitéria vai produzir em torno de 1,5 milhão de toneladas de fosfato. A jazida Itataia é de natureza fósforo-uranífera, isso significa que o urânio está associado ao fosfato, que tem a sua utilização como fertilizante químico nas lavouras do agrobusiness, especialmente nas plantações de soja. O “Projeto Santa Quitéria“ junta os interesses do agrobusiness com a indústria nuclear que depende do urânio como combustível. Esta nova aliança não diminui o risco para o meio ambiente e a saúde humana. Mas a mina de urânio-fosfato é anunciada como um projeto de desenvolvimento que irá gerar cerca de mil postos de trabalhos diretos e dois mil indiretos – sem riscos.
Veja a matéria completa.
Por Norbert Suchanek
01.12.2014
“No Ceará não tem disso não”
No norte do continente americano, os Cree do Quebec e políticos, estão atualmente lutando para banir a mineração de Urânio no Quebec para sempre. Mas no sul do continente, no nordeste do Brasil, no interior do Ceará, empresários e políticos lutam para ter uma mina de urânio em nome do desenvolvimento.
Quando a Caatinga vira mina de Urânio
[EcoDebate] O minério urânio é radioativo e altamente tóxico e o Brasil está no caminho de ter a sua terceira mina de urânio, em 2015. Este “Projeto Santa Quitéria” localizado um pouco mais de 210 quilômetros de Fortaleza, no meio da Caatinga do Sertão Central do Ceará, tem dimensões gigantescas. O consórcio INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e Grupo Galvani quer explorar a jazida da Fazenda Itataia, no Município de Santa Quitéria, e criar a maior mina de urânio do Brasil para abastecer as usinas nucleares.
Serão produzidos por ano 1.600 toneladas de urânio (Yellow Cake / U3O8), quatro vezes mais do que a mina Lagoa Real/Caetité, na Bahia, está produzindo atualmente. E cinco vezes mais do que a primeira mina de urânio, a mina Osamu Utsumi em Poços de Caldas, Minas Gerais, estava produzindo anualmente entre 1982 e 1995. Além do Yellow Cake, o Projeto Santa Quitéria vai produzir em torno de 1,5 milhão de toneladas de fosfato. A jazida Itataia é de natureza fósforo-uranífera, isso significa que o urânio está associado ao fosfato, que tem a sua utilização como fertilizante químico nas lavouras do agrobusiness, especialmente nas plantações de soja. O “Projeto Santa Quitéria“ junta os interesses do agrobusiness com a indústria nuclear que depende do urânio como combustível. Esta nova aliança não diminui o risco para o meio ambiente e a saúde humana. Mas a mina de urânio-fosfato é anunciada como um projeto de desenvolvimento que irá gerar cerca de mil postos de trabalhos diretos e dois mil indiretos – sem riscos.
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