quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vazamentos em barragem da Samarco motivam nova ação do Ministério Público

EcoDebate
Léo Rodrigues, da Agência Brasil
06.04.2016

Cinco meses após o rompimento da barragem da Samarco, a lama de rejeitos continua escoando para o meio ambiente. A situação levou o Ministério Público de Minas Gerais a apresentar uma nova ação civil pública, nesta segunda-feira (4), solicitando que a mineradora seja obrigada a conter o vazamento em até cinco dias.

A tragédia envolvendo a barragem de rejeitos do Fundão ocorreu em 5 de novembro do ano passado, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). No episódio, 19 pessoas morreram. Houve também destruição de vegetação nativa e poluição das águas da bacia do Rio Doce desde Mariana até a foz, quando o rio desagua no mar em Linhares, no litoral norte do Espírito Santo.

Parte dos rejeitos da barragem do Fundão foram realocados na barragem de Santarém, também pertencente a Samarco. Três diques foram construídos pela mineradora para conter vazamentos, mas o Ministério Público considera que as estruturas não estão seguras. Os diques teriam sido erguidos de forma precária, sem observância das normas técnicas pertinentes e, por isso, seriam incapazes de reter os rejeitos.

Os promotores alegaram também que, entre janeiro e fevereiro deste ano, 5 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingiram a bacia do Rio Doce após escoar da barragem de Santarém por meio de um extravasor danificado. Segundo eles, o mesmo poderia ocorrer com aproximadamente 9,8 milhões de metros cúbicos de rejeitos que ainda há no local.

Continua.