sexta-feira, 18 de junho de 2010

Veja a nota do CQC sobre a agressão do deputado Nelson Trad

Via eBand - 17.06.2010


"Todos os dias, no Congresso Nacional, um grupo de rapazes e moças coleta assinaturas de deputados e senadores para projetos de leis e emendas constitucionais. Sem ao menos ler, a maior parte deles assina os documentos.

O trabalho desses coletores é informal e, em alguns casos, lhes garantem uma renda de cerca de R$ 7 mil. O dinheiro é pago pelo parlamentar interessado em conseguir que sua proposta seja discutida no Congresso.

Na quarta-feira da semana passada, o CQC produziu uma reportagem para mostrar a banalização na apresentação de novas leis.

Durante dois dias, uma equipe do programa coletou a assinatura de 11 deputados para uma emenda constitucional fictícia que incluía a cachaça entre os itens da cesta básica.

Em seguida, os parlamentares eram abordados pela repórter Mônica Iozzi, do CQC, que pedia uma explicação para a assinatura.

A maior parte dos deputados admitiu que não tinha lido o que assinara. Um deles, entretanto, perdeu a cabeça e partiu para cima da equipe do semanário de notícias.

Com um ataque intempestivo e desproporcional, o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) tentou quebrar a câmera e ainda deu tapas no cinegrafista e no produtor do CQC.

Em sua defesa, alegou ter sido agredido pela equipe do programa. Alega ainda que foi vítima de uma edição mal intencionada.

O que disse Nelson Trad à imprensa:
"Eu vi a entrevista que ela fez com um colega parlamentar e recusei. Cinco deputados já haviam sido abordados. A repórter me disse ‘O senhor assinou um projeto incluindo cachaça no bolsa família’. ‘isso é coisa de moleque’, respondi”.

“Eu já estava puto e segurei o microfone dela, e ela puxou. Rasgou minha mão e segui com a mão cheia de sangue”

"Avancei no cinegrafista e arrebentei o peito dele."

O único fato relatado por Nelson Trad que confere com a realidade é a afirmação de que arrebentou o peito do cinegrafista. Se ele machucou a mão foi por conta dos tapas desferidos contra a câmera na tentativa de quebrá-la.

Em momento algum Mônica Iozzi ou qualquer integrante do CQC revidou os ataques do deputado.

Tampouco foram indelicados ou desrespeitosos com o parlamentar.

A palavra de Nelson Trad está em jogo. A reputação do CQC também.

Na próxima segunda-feira, às 22h15, na Bandeirantes, tais dúvidas poderão ser desfeitas, quando veicularemos a cena na íntegra, sem cortes!

O CQC reafirma respeito pelas instituições democráticas e pela Câmara dos Deputados. Também reafirma a sua luta constante pela transparência na política e pela liberdade de imprensa irrestrita na Casa do Povo.”

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