quarta-feira, 15 de maio de 2013

Belo Monte, atrasada e cara


JC e-mail 4725, de 14 de Maio de 2013.
Belo Monte, atrasada e cara


Editorial do Jornal O Estado de São Paulo de 14/5

Obras atrasadas, exigências socioambientais não cumpridas e o contínuo aumento do custo, que já está estimado em quase o dobro do previsto inicialmente, são as novas características do projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Estado do Pará. Sempre lembrada pelo governo como a terceira maior hidrelétrica do mundo em potência instalada, de 11.233 MW - mas não produzirá efetivamente mais do que 4.500 MW -, a Usina de Belo Monte é questionada desde o anúncio de seu projeto. Sua construção está gerando mais críticas.

Entre outros motivos, a usina é questionada por seu impacto ambiental, pela solução técnica adotada, que reduz sua capacidade efetiva de produção, e por seus riscos econômico-financeiros. Esses riscos afastaram investidores privados e exigiram a forte participação de capital estatal no consórcio responsável por sua construção e operação. Tornou-se um projeto nitidamente estatal. Orçada em R$ 16 bilhões, leiloada por R$ 19 bilhões, financiada por R$ 29 bilhões, a usina já tem seu custo estimado em R$ 30 bilhões, mas esse valor não é definitivo: continuará a subir até o fim das obras, que estão atrasadas cerca de um ano em relação ao cronograma, que previa o início de suas operações em dezembro de 2014. CONTINUA!