quarta-feira, 15 de maio de 2013
Desmatamento pode reduzir capacidade da usina de Belo Monte
JC e-mail 4725, de 14 de Maio de 2013.
Desmatamento pode reduzir capacidade da usina de Belo Monte
Ampla reportagem publicada no Jornal Folha de São Paulo sobre estudo que faz projeções sobre a vazão da bacia do Xingu em diversos cenários de desmate de floresta
A construção de hidrelétricas na Amazônia, como a polêmica Belo Monte, tem sido atacada pelos seus impactos ecológicos e sociais, notadamente entre os povos da região, como tribos indígenas.
Agora, um novo estudo publicado por pesquisadores brasileiros e americanos mostra que usinas na bacia do rio Xingu tendem a ser menos eficazes se a região em torno sofrer grandes índices de desmatamento.
Sem floresta, costumava-se pensar, não haveria grande problema. Afinal, as árvores consomem a água que é essencial para as usinas e que iria parar nos rios que alimentam os reservatórios.
Mas parece que não é bem assim. A relação entre as florestas e a chuva é dinâmica: as árvores liberam vapor d'água, aumentando a precipitação. Menos árvores, menos água para gerar energia.
O artigo está publicado na edição de hoje da revista científica americana "PNAS".
Os oito autores afirmam que, segundo a atual perspectiva de uma perda de floresta de 40% até 2050, a geração de energia em Belo Monte cairia para apenas 25% do potencial da hidrelétrica. CONTINUA!