terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estudo com mais de 1,2 mil adolescentes indica alta prevalência de dores lombares em município de São Paulo

Via EcoDebate
06.09.2011


Os dados apontaram que 95,5% dos meninos e 92,9% das meninas participam das aulas de
educação física, enquanto 46,8% dos meninos e 45,8% das meninas frequentam alguma
modalidade esportiva fora do ambiente escolar

Em artigo publicado na última edição da revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, pesquisadores da Universidade do Sagrado Coração, em Bauru (SP), avaliaram a prevalência de dor lombar em adolescentes e sua relação com a prática de esportes de competição e atividades sedentárias. Para a pesquisa, foram consultados 1.236 estudantes de 5ª a 8ª séries de todas as escolas municipais de Bauru. Os resultados apontaram que 19,5% dos estudantes sofrem de dores nas costas, sendo a prevalência de 7% nos meninos e 12,5% nas meninas.

“A dor lombar tornou-se um grave problema de saúde pública, pois possui alta incidência na população economicamente ativa, em adolescentes e crianças. A prevalência de dores lombares em crianças de 9 a 10 anos é similar a da população adulta”, afirmam os estudiosos. “A relevância de estudos sobre a prevalência de dores lombares em escolares reside no fato de que essas patologias geram consequências sociais e econômicas, tanto para o Estado como para os indivíduos”, explicam os pesquisadores. “Para o sujeito, significa a perda da qualidade de vida, e, para o Estado, as despesas com tratamento e reabilitação”.

Segundo os pesquisadores, os fatores associados com os sintomas na coluna lombar foram o gênero feminino, a quantidade de horas que assiste à TV ao dia e a prática de esportes. Os dados apontaram que 95,5% dos meninos e 92,9% das meninas participam das aulas de educação física, enquanto 46,8% dos meninos e 45,8% das meninas frequentam alguma modalidade esportiva fora do ambiente escolar. “Os escolares que praticam esportes fora da escola têm duas vezes e meia mais chances de possuir dor lombar”, elucidam os estudiosos. “Tal fato pode ser justificado por um conjunto de fatores, tais como o tipo de esporte, o nível de exigência, a intensidade do treinamento e o grau de trauma agudo gerado, principalmente em crianças e adolescentes”. Continua