Tive o desprazer de ver no último sábado, no canal GNT, um episódio do reality show americano Meu Filho é uma Estrela. No programa, dez crianças e seus responsáveis – mães, na maioria – passam oito semanas em uma casa fazendo testes e, como no Big Brother, sendo eliminados de diversas formas. O vencedor ganha 50 mil dólares e contrato de um ano com um agente de Hollywood.
Pela sinopse, já dá para imaginar o tipo de drama que acontece, não? Errado. É pior do que você pode imaginar. Não sei como o órgão correspondente ao juizado de menores dos Estados Unidos permite tamanha exposição e exploração dessas crianças. O pior é que os maiores doentes são os pais – no caso, as mães que acompanham os filhos. No episódio que vi, todas, sem exceção se mostraram mais infantis do que os próprios meninos e meninas. Pressionam, torturam, passam totalmente dos limites. As crianças choram. Vomitam. Ficam perdidas.
Duas das mães iniciaram uma guerra particular. Tudo porque uma delas tentou combinar um voto (num tipo de eliminação em que as mães participam, mas sem poder votar em seus próprios rebentos) e a outra, na hora H, andou pra trás. A mulher ficou enfurecida, falou palavrões, ficou obcecada em tirar satisfações da ex-”amiga” – e tentou colocar a própria filha contra a filha da outra. Continua
