terça-feira, 28 de junho de 2011
A cura através das lembranças
Via Jornal da USP
26.06.2011
DEPRESSÃO
Com o uso de cartas e fotografias que estimulam as reminiscências, tese de doutorado consegue melhora significativa dos sintomas depressivos em idosos
IZABEL LEÃO
Cartas, fotografias e lembranças foram trabalhadas com um grupo de seis idosos, que também eram convidados a trazer outros objetos de qualquer natureza que pudesse reconstituir lembranças. O trabalho foi feito pela pesquisadora Claudia Aranha Gil e apresentado como tese de doutorado no Instituto de Psicologia da USP.
Ao final da oficina psicoterapêutica, a observação clínica, os relatos individuais e os resultados descritos pelos instrumentos utilizados (inventário de qualidade de vida e inventário de depressão) demonstraram significativa melhora dos sintomas depressivos apresentados inicialmente e, de modo geral, melhora da qualidade de vida de todos os que concluíram a participação no grupo. “Também percebemos nos participantes maior abertura para o mundo e mais proximidade de si mesmos e de seus sentimentos”, diz a pesquisadora.
A utilização de fotografias e objetos facilitou a recordação das lembranças e a expressão das emoções dos participantes. A pesquisadora diz que, a partir dos relatos, notou que, ao materializar as recordações através das fotos – não necessariamente somente ligadas a perdas –, permitiu aos idosos o acesso às suas reminiscências. “Durante o processo da oficina, gradualmente foi se estabelecendo um modo de recordar mais saudável, aumentando a capacidade de valorizar os ganhos e a reafirmação da autoestima dos participantes”, reflete Claudia Gil. Continua
26.06.2011
DEPRESSÃO
Com o uso de cartas e fotografias que estimulam as reminiscências, tese de doutorado consegue melhora significativa dos sintomas depressivos em idosos
IZABEL LEÃO
Cartas, fotografias e lembranças foram trabalhadas com um grupo de seis idosos, que também eram convidados a trazer outros objetos de qualquer natureza que pudesse reconstituir lembranças. O trabalho foi feito pela pesquisadora Claudia Aranha Gil e apresentado como tese de doutorado no Instituto de Psicologia da USP.
Ao final da oficina psicoterapêutica, a observação clínica, os relatos individuais e os resultados descritos pelos instrumentos utilizados (inventário de qualidade de vida e inventário de depressão) demonstraram significativa melhora dos sintomas depressivos apresentados inicialmente e, de modo geral, melhora da qualidade de vida de todos os que concluíram a participação no grupo. “Também percebemos nos participantes maior abertura para o mundo e mais proximidade de si mesmos e de seus sentimentos”, diz a pesquisadora.
A utilização de fotografias e objetos facilitou a recordação das lembranças e a expressão das emoções dos participantes. A pesquisadora diz que, a partir dos relatos, notou que, ao materializar as recordações através das fotos – não necessariamente somente ligadas a perdas –, permitiu aos idosos o acesso às suas reminiscências. “Durante o processo da oficina, gradualmente foi se estabelecendo um modo de recordar mais saudável, aumentando a capacidade de valorizar os ganhos e a reafirmação da autoestima dos participantes”, reflete Claudia Gil. Continua