Empresas deixam de fazer pesquisa por falta de doutores
Especialistas em inovação mostram em livro que falta de qualificação ainda é problema. Juros altos e economia muito instável também expulsam pesquisa e desenvolvimento do setor produtivo do País.
A pesquisa aplicada feita pelas empresas no Brasil, voltada para inovação tecnológica, ainda esbarra em obstáculos estruturais, como falta de mão de obra qualificada. Mas, diferentemente do que se costumava dizer, o problema não é a pequena proporção de doutores em exatas em relação a humanas.
Essa distribuição no Brasil "53% de doutores em ciências e em engenharias e 47% em outras áreas" é semelhante à de países como os EUA. Para os especialistas, o Brasil tem de aumentar a quantidade total de doutores formados em todas as áreas.
"O número de doutores formados no Brasil é expressivo [cerca de 10 mil por ano]. Mas a quantidade de doutores por mil habitantes continua pequena", diz o economista da Unicamp Sérgio Queiroz. O Brasil tem menos de dois doutores por mil habitantes, contra 15 na Alemanha e 23 na Suíça, por exemplo. Continua