Por Fabíola Gerbase e Catharina Wrede, O Globo
22.08.2011
O valor pago pelos hospitais envolvidos no esquema de pagamento de propina é maior se o doente tiver um plano de saúde "melhor", ou seja, se for um dos que repassam valores mais altos por um dia de internação.
A conversa com o funcionário que opera o esquema no Hospital do Amparo, no Rio Comprido, revelou que a propina, no caso de um paciente internado por mais de 48 horas em CTI, é normalmente de R$ 300. Mas o valor chega a R$ 600 se o doente for segurado pelos planos de primeira linha. Ele explicou que "o interessante é ter planos diferentes" no hospital.
Na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, o contato do esquema é um funcionário do setor de faturamento. Depois que uma pessoa que trabalha na internação libera a vaga pedida pelo técnico de enfermagem ou médico da empresa de remoção hospitalar, esse funcionário entra em cena para acertar o pagamento da propina.
No telefonema dado pela repórter do GLOBO, que simulou interesse pelo esquema, ele reclamou que a Vida UTI Móvel, uma das principais envolvidas, não está levando para a casa de saúde os pacientes de "convênios bons". Pela internação deles em CTI, o funcionário oferece R$ 600. Já se o segurado for de um plano "pior", o valor da propina cai para R$ 250.
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