segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Repórter da Globo é agredida ao vivo

Via G1
31.10.2011


Monalisa Perrone falava ao vivo em frente a hospital durante o Jornal Hoje. Um homem a empurrou. ABI divulgou nota de repúdio.

A repórter Monalisa Perrone, da TV Globo, foi agredida nesta segunda-feira (31), quando falava ao vivo durante o "Jornal Hoje", por um homem que já atrapalhou transmissões ao vivo da TV Globo e de outras emissoras. Continua

7 bilhões de pessoas, 7 bilhões de corações





7 BILLION ACTIONS


Países 'disputam' título de bebê sete bilhões



domingo, 30 de outubro de 2011

"Amazônia é a bola da vez para doença de Chagas" - Aldo Valente

Via blog do Altino Machado
26.10.2011

O pesquisador Aldo Valente, 48, chefe da seção de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas, em Belém, alerta que o Pará enfrenta uma epidemia de doença de Chagas.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, neste ano já foram notificados 85 casos da doença no Estado, sendo 36 casos na capital. Dez pessoas já morreram.

Doutor em biologia parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz, Valente já trabalhou em regiões hiperendêmicas da Bolívia, Equador, Colômbia, Guatemala e Honduras, onde não encontrou índice de 10% de mortalidade como o registrado no Pará. Continua


Lula deixa hospital e segue para casa

Via Estadão
29.10.2011


Ex-presidente, dignosticado com câncer na laringe, estava no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo

SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diagnosticado com tumor malígno na laringe neste sábado, 29, deixou o hosital Sírio-Libanês por volta das 20h, seguindo em direção ao seu apartamento, em São Bernardo do Campo (SP).

Lula vinha sentindo rouquidão e, durante a comemoração de seus 66 anos, na última quinta-feira, 27, queixou-se ao médico Roberto Kalil, que o orientou a fazer exames.

Segundo o assessor de Lula José Chrispiniano, a previsão é de que o ex-presidente retorne ao hospital na segunda-feira para iniciar tratamento de quimioterapia. A agenda do presidente será alterada em função do tratamento. Continua

sábado, 29 de outubro de 2011

7 Bilhões de Histórias - 7 Billion Stories





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(em inglês)


O Dia do Saci

Via blog do Noblat
Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
28.10.2011

Há tempos Aldo Rebelo sugeriu a troca do Halloween, o célebre Dia das Bruxas, por um Dia do Saci. Ele era contra uma festa tão americanizada em nossas terras.

Na ocasião, achei isso uma tolice sem fim: era trocar uma bobagem pela outra e o Estado se meter onde não é chamado. Que o povo escolhesse quem quer festejar e pronto. Foi o que pensei.

Hoje, dia seguinte da nomeação do admirador do Saci para o cargo de Ministro do Esporte, com a posse marcada para o Dia das Bruxas que poderia ter sido Dia do Saci se a ideia do ministro tivesse vingado, vejo que essa troca tem que ser feita e com urgência!

Chega de bruxarias em Brasília. O caldeirão das bruxas transbordou e o estrago já está de bom tamanho.

Mas o ministro teria que ter uma conversa séria com o Saci. Descrito como arteiro e brincalhão, um danadinho que adora pregar peças nas pessoas, tipo sumir com os óculos da gente, distrair os cozinheiros para que a comida queime, emaranhar os novelos, ele também é conhecido por fazer os viajantes se perderem na estrada.

Quer dizer, o Saci é antes de tudo um chato. Mas ao menos ele mostrou que cultiva a gratidão, uma das mais belas qualidades do homem. E chatice não é crime...

E qual a importância desse papo? Explico. Ser traquinas é um aspecto da personalidade do Saci. Mas não é sua função precípua. Essa é o domínio das matas onde ele guarda as ervas sagradas; ele perturba as pessoas que não lhe pedem autorização para colher as plantas.

O Saci controla, reconhece e sabe manusear todas as ervas. É o guardião do preparo do chá. E como todos sabemos, tomar chá em criança é fundamental para o adulto crescer educado.

O ministro tem que convocar o Saci...

Levar a sério os ditos populares não é, como querem crer os intelectuais de esquerda, burrice. Não foram criados do nada. Tomar chá em criança ou é de pequeno que se torce o pepino, são muito bons conselhos. Lembrar sempre que tanto morre o papa como quem não tem capa e, no intervalo, isto é, durante a vida, ter sempre em mente que mais vale saber que haver.

O saber fruto da educação que, é importante frisar, deve ser levada a sério nos dois sentidos: instrução e boas maneiras, bons hábitos. Ser educado não é só dar bom dia, boa noite, dizer obrigado e saber se portar à mesa. Também, e principalmente, é saber respeitar o que é do outro. Honrar o que é de todos. Não dar nem receber propina. Estabelecer limites para você e não confraternizar com quem rompe os princípios da correção e da honestidade.

Ah!, mas não somos a palmatória do mundo!, dirão alguns. É verdade. Mas precisamos ser a bagaceira?


fonte

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

…E a América do Sul se fez

Para o Carlinhos-mon-amour

Via Pesquisa Fapesp
Por Carlos Fioravanti
Edição Impressa 188 - Outubro 2011





© CARLOS GOLDGRUB / OPÇÃO BRASIL IMAGENS
Cânion do Itaimbezinho, uma cicatriz geológica de 130 milhões de anos


A estrutura geológica da América do Sul é um imenso caleidoscópio de blocos de rochas que se quebraram, se colaram e se movimentaram de modo impressionante. Em Pirapora do Bom Jesus, município a 60 quilômetros de São Paulo, o geólogo Colombo Tassinari, professor do Instituto de Geo-ciências (IGc) da Universidade de São Paulo (USP), exibe evidências dessas transformações, que dezenas de geólogos estudam em profundidade há pelo menos 50 anos e seu colega da USP Benjamim Bley Brito Neves sintetizou em um artigo recém-publicado na Journal of South American Earth Sciences. “Tudo isso aqui já foi o fundo do mar, há mais de 600 milhões de anos”, diz Tassinari, ao chegar ao alto de uma colina em um dos bairros do município de Pirapora do Bom Jesus. Em seguida, ele para em um terreno de esquina margeado por amoreiras frutificando – em frente há uma escola municipal de paredes brancas e um mercadinho que vende baldes, bolas de plástico e sandálias havaianas. No barranco ao lado de uma rua asfaltada, Tassinari exibe uma dessas evidências: as pillow lavas, corpos de magma basáltico em forma de bolhas ou, como o nome sugere, de travesseiros (ver fotos na próxima página).

“A camada mais externa das pillow lavas se formou quando a lava quente que brotou da crosta oceânica se resfriou ao encontrar a água do mar”, explica Tassinari, que trabalha com Bley e com outros geólogos para reconstruir a turbulenta – e inacabada – história geológica da América do Sul. Há mais rochas desse tipo do outro lado do vale cortado pelo rio Tietê, aqui ainda bastante poluído, de águas escuras e lentas, cobertas com blocos brancos de espuma. Ao subir o morro ele já tinha mostrado um depósito natural de calcário e indicado a direção de uma antiga mina de magnetita – outros resquícios do fundo de um mar que se fechou como resultado do embate entre placas tectônicas que vinham em direções opostas. A força das placas era intensa a ponto de fazer com que fragmentos de crosta oceânica que estavam a estimados 4 mil metros de profundidade fossem lançados para dentro do continente e se apresentem hoje a cerca de 600 metros de altitude (possivelmente já formaram morros ainda mais altos). Continua

Tempos de cólera no amor

Via Revista FAPESP
Edição Impressa 188 - Outubro 2011




                                    © Caeto Melo
Namorados adolescentes usam violência como forma de comunicação


O refrão da música de Belchior renova-se a cada geração como uma maldição sem antídoto: “Minha dor é perceber/ Que apesar de termos feito tudo o que fizemos/ Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. É o que revela a pesquisa Violência entre namorados adolescentes (lançada agora em livro, Amor e violência, pela Editora Fiocruz), feita entre 2007 e 2010 a pedido do Centro Latino-Americano de Estudos da Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Fiocruz) e coordenada por Kathie Njaine, professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto reuniu um grupo de 11 pesquisadores de diversas universidades para investigar a violência nas relações afetivo-sexuais de “ficar” ou namorar entre jovens de 15 a 19 anos de idade, a partir de um universo de 3,2 mil estudantes de escolas públicas e privadas de 10 capitais brasileiras. “Os jovens de hoje, ao mesmo tempo que recriam novas formas e meios de se relacionar, em que o ‘ficar’ e o uso da internet para interação amorosa e sexual são o novo, repetem e reproduzem modelos relacionais tradicionais e conservadores, como o machismo e o sentimento de posse, expressos em suas falas e no trato com o parceiro e a parceira”, afirma a pesquisadora. Talvez até com maior intensidade do que faziam nossos pais.

Praticamente, nove em cada 10 jovens que namoram praticam ou sofrem variadas formas de violência e para marcar território casais jovens recorrem à violência para controlar seus parceiros, e a agressão virou sinônimo de domínio nas relações amorosas desses adolescentes. “Creio que a violência vem se tornando uma forma de comunicação entre muitos jovens, que alternam os papéis de vítima e autor, de acordo com o momento e o meio em que vivem. Esses atos estão se banalizando a ponto de serem incorporados naturalmente na convivência, sem reflexão alguma sobre o que isso pode significar para a vida afetiva-sexual”, observa Kathie. “Os adolescentes adotam cada vez mais cedo a violência em diversos graus e começam a achar isso muito natural. Acreditam que para ter o controle da relação e do companheiro é preciso usar a violência." Continua


Relatório sobre a Situação da População Mundial 2011

Via Fundo de População das Nações Unidas - UNFPA







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Dilma perde o sexto ministro

Via Estadão
Por VERA ROSA E TÂNIA MONTEIRO
26.10.2011

Às vésperas de completar um ano de sua eleição ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff demitiu o sexto ministro em apenas dez meses de governo. Alvejado por acusações de desvio de dinheiro para abastecer o caixa do PC do B, o titular do Esporte, Orlando Silva, entregou o cargo na noite de hoje, um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar a abertura de inquérito para investigar denúncias de seu envolvimento em crimes contra a administração.

Dilma se reúne amanhã com a cúpula do PC do B para definir o substituto de Orlando, depois do impasse que marcou as últimas tentativas de negociação com o partido aliado. São cotados para a pasta os deputados comunistas Aldo Rebelo (SP), Luciana Santos (PE) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (MA). O secretário executivo do Esporte, Waldemar de Souza - também filiado ao PC do B - assumirá interinamente o cargo.

Orlando conversou com Dilma por meia hora, hoje, no Palácio do Planalto. Jurou inocência e só deixou o cargo porque foi pressionado pelo governo. Sua intenção era resistir, mas, logo cedo, Dilma pediu ao ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que o alertasse sobre a necessidade do pedido de demissão após a decisão do Supremo. A presidente alegou, ainda, que a crise política poderia abalar a credibilidade do Brasil na organização da Copa do Mundo de 2014. Continua

20 mil escravos no País

JC e-mail 4372, de 26 de Outubro de 2011.
20 mil escravos no País


A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou ontem (25) um perfil do trabalho escravo rural no Brasil, indicando que 81% das pessoas que vivem em condições análogas à escravidão são negras, jovens e com baixa escolaridade.

O estudo foi feito a partir de entrevistas com pessoas libertadas, aliciadores e empregadores em fazendas do Pará, Mato Grosso, Bahia e Goiás entre 2006 e 2007.

Além da predominância da raça negra, o documento aponta que cerca de 93% dessas pessoas iniciaram a vida profissional antes dos 16 anos, o que configura trabalho infantil, e que quase 75% delas são analfabetas. O estudo identificou que a maioria dos empregadores e dos aliciadores, os chamados "gatos", é branca.

Para o coordenador da área de combate ao trabalho escravo da OIT, Luiz Machado, o dado reflete a condição de vulnerabilidade da população mais pobre ao trabalho escravo, composta maioritariamente por negros. "Isso é um resquício da exploração colonial", atestou. O fato de não terem frequentado escolas na infância também é destacado pelo coordenador como um indutor do problema. "O trabalho infantil tira as possibilidades futuras e facilita o caminho ao trabalho escravo. Pessoas sem escolaridade não têm oportunidades." Continua

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Transgênicos: A biodiversidade transformada em mercadoria, entrevista com Larissa Ambrosano Packer

Via EcoDebate
26.10.2011

“Os agricultores, há 10 mil anos, desde a revolução agrícola, vêm melhorando sementes de forma coletiva, histórica, selecionando e reutilizando sementes para a safra seguinte. Mas a Monsanto, a Bayer e a Syngenta se apropriam desse material genético com algumas modificações feitas em laboratório e, a partir daí, os países optam por remunerar as inovações vindas dos laboratórios em detrimento das inovações feitas há 10 mil anos pelos agricultores”. A reflexão é da advogada Larissa Ambrosano Packer, em entrevista concedida por telefone à IHU On-Line. Sobre a questão dos transgênicos, ela coloca que os direitos dos agricultores vêm sendo ofendidos e que “falta quase tudo para a implementação da Constituição Federal e para a implementação dos direitos dos agricultores”.

Larissa Ambrosano Packer, advogada da Terra de Direitos – Organização de Direitos Humanos, é mestre em Filosofia do Direito pela Universidade Federal do Paraná.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que falta para que os direitos dos agricultores ao livre uso da biodiversidade se tornem realidade concreta no Brasil?

Larissa Ambrosano Packer – O direito dos agricultores ainda não foi regulamentado pelo Brasil. Na década de 1990, o país optou por regulamentar os mecanismos de proteção intelectual ou a privatização da biodiversidade. Temos aqui a primeira lei de biossegurança que autoriza a comercialização de transgênicos. Depois tem a lei de propriedade industrial, que autoriza a patente de transgênicos. Primeiramente, autoriza-se a circulação da semente transgênica como mercadoria e, depois, autoriza-se a privatização da propriedade intelectual desta semente. Qualquer um que queira plantar a semente transgênica tem que pagar uma quantia para aquele que melhorou essa semente. Depois disso veio a Lei de Proteção de Cultivares , que autoriza uma taxa tecnológica para a proteção das sementes. Isso tudo é decorrente da implementação dos mecanismos da Organização Mundial do Comércio – OMC, que passa a enxergar nos seres vivos também possibilidades de privatização. Os agricultores há 10 mil anos, desde a revolução agrícola, vêm melhorando sementes de forma coletiva, histórica, selecionando e reutilizando sementes para a safra seguinte. Mas a Monsanto, a Bayer e a Syngenta se apropriam desse material genético com algumas modificações feitas em laboratório e, a partir daí, os países optam por remunerar as inovações vindas dos laboratórios em detrimento das inovações feitas há 10 mil anos pelos agricultores. O que se tem de direito dos agricultores hoje em âmbito internacional? Dois tratados: a convenção da diversidade biológica, que reconhece as comunidades tradicionais como portadoras de conhecimentos ligados ao uso da biodiversidade; e o tratado internacional sobre os recursos fitogenéticos para a alimentação e agricultura. Esse tratado, embora o Brasil tenha ratificado a convenção, ainda não está regulamentado no país. Qual é a grande consequência disso: a aprovação dos transgênicos no Brasil e o controle da cadeia agroalimentar por cerca de seis empresas. O preço dos alimentos no Brasil passa a ficar à mercê da “comoditização” desse controle. E os direitos dos agricultores vêm sendo ofendidos ao longo desse período. Falta quase tudo para a implementação da Constituição Federal e para a implementação dos direitos dos agricultores.

IHU On-Line – Quais os principais danos causados pelos organismos transgênicos em diferentes esferas, do agricultor ao consumidor? Quais seriam as vias jurídicas para que esses danos sejam revertidos?

Larissa Ambrosano Packer – A avaliação de risco da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio não está dentro da legalidade. Há uma norma, a RN5, que regulamenta o Protocolo de Cartagena no Brasil e que propõe vários critérios para se fazer a avaliação de risco sobre os alimentos transgênicos. É preciso acompanhar por três gerações os efeitos daquele alimento ou daquele grão, e fazer testes no animal prenhe para ver se tem algum efeito sobre o feto. Enfim, são alguns testes que devem ser feitos em animais para saber se haverá implicações daquela modificação genética para a saúde dos seres humanos e dos animais. Da mesma forma, é preciso fazer estudos de impacto ambiental para ver se aquele gene causará alguma modificação genética nos polinizadores, nos insetos que têm contato com a planta que foi geneticamente modificada. E isso a CTNBio não está conseguindo realizar. Para que se consiga efetivamente viabilizar o princípio da precaução no Brasil de acordo com os impactos ao meio ambiente e à saúde, precisamos que a comissão da CTNBio cumpra com o exigido em lei. Ou o governo brasileiro toma uma decisão política de realmente fazer com que as normas sejam cumpridas ou o Brasil, infelizmente, irá optar por interesses econômicos das transnacionais em lugar dos interesses coletivos da população. Continua

STJ legitima união civil entre pessoas do mesmo sexo

Via blog do Josias de Souza
25.10.2011

A 4a turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) deferiu recurso ajuizado por duas mulheres que reinvidicaram o direito de se unir em casamento civil.

O recurso prevaleceu por quatro 4 votos contra 1. Iniciado na quinta-feira (20) da semana passada, o julgamento havia sido interrompido.

O ministro Marco Buzzi pedira vista do processo num instante em quatro colegas já haviam reconhecido o direito das mulheres à união civil.
Na sessão desta terça (25), Buzzi sugeriu que o julgamento fosse transferido para a Segunda Seção do STJ.

Trata-se de um foro ampliado, que reúne duas turmas do STJ especializadas na análise de causas que envolvem o direito privado.

Levada a voto, a sugestão de Buzzi foi rejeitada. O ministro, então, aderiu à corrente majoritária, votando a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Continua

terça-feira, 25 de outubro de 2011

La revolución neurocientífica modificará los conceptos del yo y de la realidad

No Tendencias 21
Por Francisco J. Rubia
15.09.2011


Los hallazgos sobre el cerebro podrían suponer "la cuarta humillación humana", afirma el neurocientífico Francisco J. Rubia

El pasado 10 de septiembre, el neurocientífico Francisco J. Rubia, Catedrático de la Facultad de Medicina de la Universidad Complutense de Madrid, dictó la siguiente conferencia, dentro del marco del 43º Congreso de la European Brain and Behaviour Society de Sevilla, sobre los últimos avances de la neurociencia. Según Rubia, los hallazgos realizados en este campo en los últimos años han sido múltiples y podrían producir lo que él denomina "la cuarta humillación humana", tras el final del geocentrismo, la aparición de la teoría de la evolución y el descubrimiento del inconsciente. Estos hallazgos llevarían, de hecho, a cuestionarse conceptos tan fundamentales para nuestra cosmovisión como la naturaleza de la realidad o del yo o la existencia del libre albedrío. Por Francisco J. Rubia.


(clique no texto para ler a matéria completa)

Feijão transgênico provoca divergência entre Consea e CTNBio

Via Agência Brasil
Por Gilberto Costa
23.10.2011

Brasília – O cultivo de alimentos transgênicos divide o governo e coloca em lados opostos o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), ligado à Presidência da República, e a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A liberação da venda do feijão GM Embrapa 5.1 expôs a divergência entre os dois órgãos.

Em carta enviada à presidenta Dilma Rousseff durante o processo de liberação do feijão geneticamente modificado (Exposição de Motivos nº 009-2011, de 7 de julho), o presidente do Consea, Renato Sérgio Jamil Maluf, afirma que o Brasil “não tem respeitado o princípio da precaução, base fundamental da Agenda 21, em suas decisões referentes a temas de biossegurança”. Segundo Maluf, o Consea avalia que é preciso adequar as políticas de biossegurança aos preceitos da Conferência Rio 92 e avalia como “escassa” a análise genética e os estudos de campo em Goiás, Minas Gerais e no Paraná.

O presidente do conselho pediu a proibição da liberação do feijão transgênico e fez duras críticas à CTNBio, solicitando “especial atenção” de Dilma Rousseff às liberações comerciais do órgão. “Percebe-se que a referida comissão assumiu um caráter de entidade facilitadora das liberações de OGMs [organismos geneticamente modificados] no Brasil, em situação que rotineiramente contraria os votos e despreza argumentos apresentados pelos representantes da agricultura familiar, dos consumidores, dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário”. Continua

Movimentos sociais e indígenas organizam ato de repúdio a Belo Monte

Via Agência Brasil
Por Flávia Villela e Thais Leitão
24.10.2011

Rio de Janeiro – Os movimentos sociais e indígenas contrários à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, lançaram hoje (24) uma declaração de repúdio à decisão do governo de não comparecer à audiência convocada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre o não cumprimento de medidas cautelares de proteção das populações indígenas do Xingu, na região de Altamira, onde está sendo construída a hidrelétrica.

A audiência está marcada para a próxima quarta-feira (26) em Washington e, segundo os movimentos sociais que organizaram o protesto, não terá a participação do governo brasileiro.

A diretora da organização não governamental Justiça Global, Andressa Caldas, disse que o governo desrespeita e deslegitima o sistema interamericano de direitos humanos, depois de a CIDH determinar em abril que o Estado brasileiro suspendesse as obras de Belo Monte.

“O Brasil assumiu, a partir deste ano, uma mudança radical na sua postura histórica de respeito aos tratados internacionais de Direitos Humanos. É uma postura que se assemelha às dos governos antidemocráticos de Trinidad e Tobago (1998) e de Alberto Fugimori, (1999), no Peru, que ameaçaram sair do sistema interamericano quando viram seus interesses prejudicados. Fugir do diálogo é lastimável e preocupante para toda a democracia brasileira”, declarou a ativista. Continua

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Empresa que importou lixo hospitalar é multada em R$ 6 milhões pelo Ibama

Via Estadãso
Por Agência Brasil
24.10.2011


BRASÍLIA - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou em R$ 6 milhões a Império do Forro de Bolso, empresa têxtil pernambucana responsável por importar toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos. A companhia dona do navio que trouxe os dois contêineres apreendidos no Porto de Suape nos dias 11 e 13 de outubro, a companhia marítima Hamburg Süd será multada em R$ 2 milhões. Continua

domingo, 23 de outubro de 2011

Malandro...

78 RPM
Apresentado originalmente na RCB em 11 de setembro de 2011
Apresentação: Roberta Martinelli
Produção e roteiro: Eduardo Weber




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Rio: população serrana teme falta de recursos para prevenir desastres

Via blog do Noblat
Fábio Vasconcellos, O Globo

Se num passado recente a ausência de ações preventivas do poder público tornou ainda mais dramática a maior tragédia natural do país, com a morte de mais de 900 pessoas durante as chuvas na Região Serrana, agora é a burocracia, somada ao baixo volume de recursos, que deixa a população em alerta.

Anunciados logo após a enxurrada de janeiro, os novos radares meteorológicos, que poderiam prever chuvas com até duas horas de antecedência, só entrarão em operação em 2012, após o período dos temporais. Enquanto os equipamentos não vêm, os moradores de áreas de risco terão que contar com outras medidas de prevenção para evitar maiores danos durante as chuvas.

Criada também com a finalidade de desenvolver ações para se antecipar aos desastres naturais, a Secretaria estadual de Defesa Civil reservou recursos no orçamento de 2012 para este propósito.

Mas, pelos números, não há o que comemorar. O órgão pretende aplicar R$ 57,6 milhões em projetos de ampliação de sua capacidade de atendimento. Deste total, apenas R$ 980 mil, ou seja, 1,7%, serão destinados ao programa "prevenção de desastres". O restante do orçamento da Defesa Civil vai para pagamento de pessoal, manutenção do Corpo de Bombeiros e compra de carros e equipamentos.

A maior parte dos recursos vem do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom), formado pela cobrança da taxa de incêndio.

Leia mais em Burocracia e poucos recursos para prevenir desastres preocupam população serrana

INSS acionará motoristas por acidentes com vítimas

Via blog do Josias de Souza
23.10.2011


O INSS decidiu processar judicialmente os motoristas responsáveis por acidentes de trânsito cujas vítimas são assistidas pela Previdência Social.

O objetivo do INSS é obrigar os motoristas relapsos a devolver à Previdência as verbas que bancam pensões por morte, aposentadorias por invalidez e o auxílio acidente.

A iniciativa é inédita. Presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, Mauro Luciano Hauschild (foto), diz que as primeiras ações serão ajuizadas já nesta semana.

Mauro Hauschild afirma que serão processadas “pessoas que dirigem embriagadas, em altíssima velocidade, com seus carros importados, de cifras milionárias.”

Gente que, nas suas palavras, dirige automóveis “sem compromisso e sem responsabilidade.”

Motoristas que “acabam por matar trabalhadores nas estradas e paradas de ônibus.”

O mandachuva do INSS anunciou a novidade num seminário sobre prevenção de acidentes de trabalho promovido pelo TST. Continua

sábado, 22 de outubro de 2011

Teorias da corrupção

Via Tome Ciência/JC e-mail



Bloco 1



Bloco 2



Bloco 3



Bloco 4




Painel do clima da ONU errou ao prever degelo no Ártico

JC e-mail 4369, de 21 de Outubro de 2011.
Painel do clima da ONU errou ao prever degelo no Ártico


Um novo estudo de cientistas dos EUA e da França sugere que o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, errou feio em suas previsões sobre o degelo do Ártico. No caso, errou para baixo: o derretimento observado é quatro vezes maior do que apontam os modelos.

O grupo de pesquisadores liderados por Pierre Rampal, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), publicou seus dados na edição desta semana do periódigo "Journal of Geophysical Research". Eles uniram dados de modelagem com observações de satélites, navios e até submarinos para estimar que o mar congelado que recobre o oceano Ártico está afinando a uma taxa de 16% por década. Os modelos que alimentaram o relatório do IPCC, publicado em 2007, estimam essa taxa em 4%.

Segundo Rampal e seus colegas, os modelos climáticos computacionais que estimaram um polo Norte sem gelo no verão em 2100 estão atrasados 40 anos em relação às observações. Da mesma forma, o papel da chamada "amplificação ártica" --como é conhecido o efeito de aumento da temperatura devido à perda do gelo marinho e à maior absorção de radiação solar pelo oceano-- provavelmente foi subestimado. Continua

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

35ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA

Sã0 Paulo International Film Festival




PROGRAMAÇÃO



RODOS PARA DRENAR ÁGUA

Via blog do Altino Machado
Foto: Gazeta.Net
21.10.2011


Aeroporto de Rio Branco tem duas pistas para pouso e decolagem, diz Agência Nacional de Aviação Civil

O inverno amazônico começou e tem servido para expor a precariedade da pista do aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco (AC), inaugurado há 12 anos e que custou US$ 70 milhões.

Quando chove na capital do Acre, os aviões ficam sobrevoando a cidade enquanto funcionários da Infraero, munidos de rodos, ocupam a pista para remover o acúmulo de água. O principal ponto de represamento é o pátio de embarque e desembarque de passageiros.

Quando a chuva é intensa durante a aproximação do aviões para pouso, os pilotos são obrigados a mudar o destino e aterrissam nos aeroportos de Cruzeiro do Sul (AC), Porto Velho (RO) e Manaus (AM).

Os problemas se intensificaram após uma reforma da pista e do pátio, iniciada em junho do ano passado, e que continua sendo executada pelo 7º Batalhão de Engenharia de Construção por R$ 28 milhões.

A situação tem causado transtornos às companhias aéreas e aos passageiros com destino ao Acre. Desde o ano passado, por causa das obras da reforma da pista, a Gol e a TAM passaram a operar no Estado com aviões de menor capacidade para transporte de passageiros.

A TAM, que operava com Airbus A320, passou a operar com Airbus A319. Podia transportar até 174 passageiros, mas agora transporta apenas 144. A Gol teve que trocar seu Boeing 737-800 pelo 737-700. Transporta agora apenas 108 passageiros. Ficou mais difícil encontrar vaga para sair ou entrar no Acre.

As duas companhias aéreas tiveram que adequar o peso de suas aeronaves porque os primeiros 600 metros da pista da cabeceira foram interditados para que possa receber “manutenção definitiva”. A pista mede 2,1 mil metros de extensão e tem 45 metros de largura. Um avião da TAM não conseguiu decolar porque atolou no pátio de estacionamento. Continua

Vida pedestre

Via Época
Por RUTH DE AQUINO
14/10/2011

A morte sobe à calçada em carros potentes e desgovernados, dirigidos por irresponsáveis

Rosany Calazans foi casada com Rudolf Lessak por duas décadas. Ela tem 49 anos e acorda tarde, às 9 horas. Ele tinha 80 anos, acordava às 6 horas da manhã, era faixa preta de judô, fazia trilha e natação, tinha 1,92 metro de altura e 90 quilos. Ele está no passado porque se foi abruptamente deste mundo quando caminhava na calçada com a mulher, no Itanhangá, perto do condomínio Floresta, um lugar muito verde no Rio de Janeiro, para onde o casal se mudara havia nove anos em busca de sossego.

Uma picape Nissan Frontier 4x4 subiu a calçada e capotou, arremessando Rudolf a quase 10 metros de distância. Ele morreu na hora. Seu corpo salvou sua mulher. Rosany caiu sem respirar direito, mas as dores físicas já passaram. A dor da alma é que não passa. O carro, quase um trator, de 2 toneladas, atingiu seu marido pelas costas, virou de lado e encalhou fumegante. A avenida é uma reta. A velocidade máxima permitida, 40 quilômetros por hora.

Juliana Vilela, de 26 anos, morena bonita de cabelos compridos, dirigia o Nissan Frontier de R$ 80 mil que pertence ao pai, militar da Marinha. Ela não tem carteira de habilitação. Eram 8h30 de uma manhã ensolarada no domingo passado, Juliana estava vestida com minissaia curta preta, blusa escura e salto alto. Saiu do carro sem ferimento. Telefonava freneticamente no celular, não para chamar os bombeiros ou a ambulância, mas para avisar mãe, irmão, amigos. Perguntou a testemunhas: “Morreu alguém?” Quando confirmaram, Juliana jogou o sapato no carro e saiu correndo descalça para o condomínio em que mora com os pais.

“Ela está fugindo”, Rosany escutou. E correu atrás da atropeladora. Juliana entrou no prédio e voltou ao local do acidente de figurino matinal: shortinho, camisa listrada e chinelo baixo. Só sete horas depois, na 32ª DP, da Taquara, Juliana se submeteu a “um exame clínico para constatação de embriaguez”. Não passa de um teste de reflexos e equilíbrio. Ela fez o “quatro”, abaixou, levantou. Deu negativo. É brincadeira. Só no Brasil. Não é preciso ser médico para saber que esse exame não prova nada após sete horas. Já para o delegado que preside o inquérito, Mauricio Mendonça, “depende do organismo de cada pessoa”. Ah, sim. Como anda mesmo a Lei Seca no Rio? Continua

Loja vendia lixo hospitalar de Apucarana e outros 43 hospitais

Via Gazeta do Povo
Por Amanda de Santa
21.10.2011


Lixo hospitalar do Hospital da Providência, de Apucarana, Norte do Paraná, foi encontrado à venda em uma loja de Ilhéus, na Bahia. O hospital paranaense está num lista junto com outras 44 instituições de saúde cujos nomes apareceram em materiais encontrados na loja. A informação foi confirmada ao JL na manhã desta sexta-feira (21) pela Delegacia de Furtos e Roubos de Ilhéus (BA), que investiga o caso.

A Andrea Oliveira dos Santos informou que grande parte do material apreendido estava com manchas de sangue e medicamentos. “Durante a perícia foram separadas algumas peças para análise da matéria orgânica presente nas roupas”, disse. Ela contou que o dono da loja onde o material foi encontrado vendia os produtos há mais de dez anos. Ele foi indiciado e deveria prestar depoimento na tarde desta sexta-feira. Andrea afirmou que o proprietário alega que comprou o material como sendo novo. “Mas além das peças estarem manchadas, em jalecos e camisas tinham etiquetas com nome da pessoa que usava.” Continua


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ATUALIZAÇÃO


Comerciantes defendem venda de retalhos
de lençóis encomendados por unidades de saúde



Jornal Nacional - 21.10.2011



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) convoca governo brasileiro a responder sobre não-cumprimento de medidas cautelares no caso Belo Monte

Publicado em 19 de outubro de 2011
Por Xingu Vivo

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou o governo brasileiro para que se explique sobre a não adoção de medidas de proteção dos direitos indígenas das populações ameaçadas pelo projeto de Belo Monte, como foi solicitado cautelarmente pela instituição.
No próximo dia 26 de outubro, representantes do governo brasileiro deverão comparecer a uma audiência fechada, presidida por um Comissionado da CIDH, em Washington. Na reunião, que contará com a presença de lideranças das comunidades afetadas em Altamira e advogados das entidades de direitos humanos que as representam, serão reapresentadas as denúncias da não realização da consulta livre, prévia e informada (oitivas indígenas) pelo Congresso Nacional anteriormente ao licenciamento da usina, além de relatos sobre o aumento dos problemas que atingem as populações do Xingu em função das obras da usina.

“A situação das populações indígenas da região de Altamira está cada vez pior. A saúde está um caos, a mortalidade infantil está aumentando, os casos de malária triplicando. Mesmo as medidas emergenciais que deveriam ser cumpridas pela Norte Energia, simplesmente não estão sendo garantidas – como prevê o acordo da empresa com a Funai. Até as aldeias que acabaram silenciando sobre Belo Monte agora estão enfurecidas com esta situação”, explica a liderança indígena do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS), Sheyla Juruna. Ela e a coordenadora do movimento, Antonia Melo, participarão da reunião na CIDH.. Continua

PARQUE GOSPEL DO ACRE

Via blog do Altino Machado
17.10.2011

Governador Tião Viana anuncia construção com verba pública

O governador do Acre, Tião Viana (PT), vai destinar verbas públicas do Estado e da União para construção do primeiro Parque Gospel do país, em Rio Branco.

O Parque Gospel, que ocupará uma área de 6 hectares, terá ginásio, campo de futebol, quadras polivalentes, centro de formação, restaurante, piscina e trilhas para caminhada na floresta.

Idealizado pelo deputado Henrique Afonso (PV-AC), o primeiro Parque Gospel brasileiro será construído dentro de uma área que foi desapropriada pelo governo estadual para construção de 10 mil casas populares para famílias com renda mensal de até três salários mínimos.

A área receberá 55 mil habitantes, ou seja, a mesma população de Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Estado.

Como o projeto urbanístico do conjunto habitacional contempla espaços institucionais, o deputado Henrique Afonso solicitou ao governador Tião Viana que disponibilizasse a área de 6 hectares para construção do parque.

Viana se prontificou a ceder o terreno e a ajudar na elaboração do projeto do Parque Gospel. O deputado pretende destinar R$ 5 milhões por ano em emendas ao Orçamento da União para a obra.

Na quinta-feira (13), o governador petista, durante reunião com membros da Associação dos Ministros do Evangelho no Acre (Ameacre), anunciou a disposição de tocar a construção do Parque Gospel.

- Nós não sabemos ainda o valor global da obra. O ginásio que será construído, com capacidade para 3 ou 4 mil pessoas, vai custar de R$ 15 a R$ 20 milhões. Portanto, apenas o ginásio vai consumir o valor total das emendas do deputado - assinala o arquiteto Wolvenar Camargo Filho, secretário estadual de Obras.

Pastores evangélicos ficaram exultantes com a magnitude do projeto do Parque Gospel apresentado pelo governo estadual. Continua

Peritos começam a analisar lixo de hospitais americanos que foi apreendido em Pernambuco

Jornal Nacional
19.10.2011




texto


***


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Lixo de hospitais de São Paulo, do Rio, de Pernambuco e do Paraná
está sendo vendido no interior da Bahia


Lençol usado de hospital brasileiro também é vendido
em lojas de tecidos em Teresina, no Piauí


Comentário básico:

Estou estarrecida, arrasada, com isso tudo!
Os responsáveis por tamanha afronta, tamanha barbárie, têm de pegar anos e anos de cadeia!
Vejam o que li numa outra matéria, Lixo hospitalar trazido dos EUA é vendido até pela internet , da Folha.com: Em seu site, desativado após interdição de duas lojas, a empresa anunciava a venda "em até 18 vezes no cartão". A Império também anunciava no site da Associação Latinoamericana de Integração, entidade formada por 12 países.

Adelidia Chiarelli

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Radiação vaza em indústria nuclear no Rio

JC e-mail 4367, de 19 de Outubro de 2011.
Radiação vaza em indústria nuclear no Rio


Ocorreram três vazamentos dentro da Fábrica de Combustível Nuclear, pertencente ao governo federal, em Resende (RJ). Dois deles, envolvendo substâncias químicas. Outro, urânio enriquecido altamente radioativo. A empresa admite "falhas", mas descarta danos a funcionários e ao meio ambiente

Produto radioativo vaza em indústria nuclear de Resende (RJ). A empresa, pertencente ao governo federal, confirma o caso, reconhece "falhas" em equipamentos, mas descarta danos aos funcionários e ao meio ambiente

Engenheiros e técnicos de segurança do trabalho detectaram três vazamentos dentro da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende (RJ), dois deles envolvendo substâncias químicas e um de urânio enriquecido (UO2), elemento altamente radioativo. A constatação dos vazamentos foi comunicada pelos engenheiros e técnicos a seus superiores por e-mails internos. O Correio teve acesso a cópias desses e-mails.

O pó de urânio vazou de um equipamento chamado homogeneizador e caiu no piso da sala. O episódio foi registrado em 14 de julho de 2009. Em janeiro de 2010, o alarme de atenção da fábrica foi acionado em razão do vazamento de gás liquefeito usado no forno que queima os excessos de gases resultantes da produção de pastilhas de urânio. E, em julho deste ano, um engenheiro suspeitou do vazamento de amônia e comunicou o ocorrido aos gerentes.

Os três casos não representaram riscos aos trabalhadores, ao meio ambiente e ao funcionamento da fábrica, garantem a diretoria da fábrica - pertencente ao governo federal - e a presidência da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão responsável pela fiscalização de atividades radioativas no Brasil. "O urânio ficou numa sala confinada, hermeticamente fechada, não foi para o meio ambiente", diz o diretor de Produção de Combustível Nuclear da FCN, Samuel Fayad Filho. Ele reconhece "falhas" nos equipamentos e diz que "todos os procedimentos foram tomados" em relação aos problemas detectados. "Não há vazamento de material radioativo em Resende", assegura.

O Correio consultou especialistas para saber o que significam as informações que circularam internamente na FCN. Para o engenheiro nuclear Aquilino Senra, "é evidente que houve uma falha". "Não era para o pó de UO2 sair dessa prensa", diz o engenheiro nuclear, vice-diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "É uma anormalidade clara o vazamento de UO2 da prensa e a presença da substância no solo."

Em relação ao vazamento de gás liquefeito, Aquilino afirma que "gás vazado não é boa coisa". "Detectores existem para isso, mas o ponto é por que o gás vazou." O Correio ouviu também um técnico ligado à Presidência da República, sob a condição de anonimato: "Não me parece um problema grave, pois a Presidência não foi avisada", diz.

Funções - A FCN é um conjunto de fábricas responsáveis pela montagem do elemento combustível, pela fabricação do pó e da pastilha de urânio e por uma pequena parte do enriquecimento de urânio. O mineral é extraído em Caetité (BA). O processo de enriquecimento é feito quase todo fora do país, mas parte dele já ocorre na FCN. Cabe à fábrica, além dessa pequena fatia do enriquecimento, produzir as pastilhas que serão utilizadas na geração de energia nuclear pelas usinas Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis (RJ).

Hoje, a FCN é responsável pelo enriquecimento de 10% do urânio necessário para Angra 1 e de 5% para Angra 2, segundo Samuel Fayad. A FCN faz parte da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), subordinada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT).

O episódio do vazamento de pó de urânio foi relatado por um técnico de segurança do trabalho às coordenações superiores. A Cnen confirmou ao Correio o alerta. "O fato é irrelevante em termos de segurança. O referido pó foi identificado em área controlada, dentro de ambiente com contenção para material radioativo, não afetando trabalhadores da unidade ou o meio ambiente", sustenta o órgão, por meio da assessoria de imprensa.

Crise - O setor de geração de energia nuclear vive um conflito e uma crise dentro do governo federal. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Angelo Padilha, assumiu o cargo em 7 de julho, depois de o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, demitir Odair Dias Gonçalves. Odair perdeu o cargo após revelações de que a usina Angra 2 operou por 10 anos sem licença definitiva e de que o Brasil passou a importar urânio em razão de licenças travadas. Até agora, a Agência Reguladora de Energia Nuclear é apenas um projeto, em razão de conflitos dentro do setor. A agência vai retirar da Cnen - principal acionista das Indústrias Nucleares do Brasil - a função de regulação e fiscalização.

(Correio Braziliense)

fonte

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Caos e medo em Caetité: a violação dos direitos humanos. Entrevista com Marijane Lisboa

Caos e medo em Caetité: a violação dos direitos humanos. Entrevista com Marijane Lisboa

IHU On-line/Via EcoDebate
19.10.2011

A Unidade de Concentrado de Urânio das Indústrias Nucleares do Brasil – URA-INB, “que minera e transforma urânio mineral em licor de urânio e este em concentrado de urânio, a principal matéria-prima do combustível nuclear”, entrou em funcionamento há uma década no município de Caetité, na Bahia e desde então aumentam as denúncias de crimes ambientais e violação dos direitos humanos. Nesses dez anos de atuação, “registraram-se muitos acidentes, objeto de autuações e multas dos órgãos federais e estaduais”, diz Marijane Lisboa, autora do relatório sobre o vazamento de urânio na cidade baiana. Entre os desastres ambientais, a pesquisadora menciona que já “transbordaram cinco milhões de litros de licor de urânio das bacias de sedimentação para o meio ambiente. (…) Entre janeiro e junho de 2004, a bacia de barramento de ‘finos’ transbordou sete vezes, liberando efluentes líquidos no Riacho da Vaca. O último vazamento de substância oleosa (solvente com urânio) custou à INB uma multa de um milhão de reais, em setembro de 2010”.

Ao visitar as comunidades que residem proximamente à mina de urânio, Marijane Lisboa ouviu diversas queixas em relação à falta de informações sobre os impactos ambientais e sociais. “Essas populações temem estarem sendo envenenadas devido à proximidade da mina e se alarmam com a grande frequência de mortes por câncer na região. (…) Todas as comunidades se queixaram de uma súbita falta de água, que inviabiliza suas atividades agrícolas e domésticas, como lavar roupa e cozinhar. Eles relacionam essa diminuição súbita da água com a abertura da mina dez anos atrás, pois foi aí quando começou o problema. Quando a INB se implantou no local, ela assinou contratos com vários agricultores para perfurar poços em suas propriedades e dividir o uso da água. Desde então muitos desses poços estão secos”, relata.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail para a IHU On-Line, Marijane Lisboa enfatiza que ainda não há uma solução segura para as milhares de toneladas de rejeitos radioativos gerados em todo o mundo. “Todas as usinas nucleares podem falhar e há um número enorme de acidentes menores, que não chegam às páginas dos jornais, mas que mostram os riscos intrínsecos à geração de energia nuclear. Em resumo, a energia nuclear é perigosa, cara e pouco eficiente e provavelmente só foi desenvolvida no mundo porque servia de biombo aos programas militares paralelos”.

Marijane Lisboa é uma das fundadoras do Greenpeace Brasil, onde coordenou campanhas nas áreas de transgênicos, resíduos sólidos e poluição do ar, e é ex-secretária de Qualidade Ambiental de Assentamentos Humanos – SQA do Ministério do Meio Ambiente. É graduada em Sociologia, pela Freie Universität Berlin, e doutora na mesma área pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, instituição na qual leciona. É membro do Conselho Deliberativo da Associação de Agricultura Orgânica – AAO, da Rede Brasil Ecológico Livre de Transgênicos e Agrotóxicos e da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Autora do livro Ética e cidadania planetárias na era tecnológica (Civilização Brasileira), também realiza consultorias para órgãos europeus e traduções de literatura científica e ficção alemã para o português.

Confira a entrevista.

Caminhoneiro é preso após ser reconhecido por pais de primeira vítima fatal///Leis podem mudar para motoristas embriagados que provocam acidentes

Jornal Nacional
18.10.2011





Leis podem mudar para motoristas embriagados que provocam acidentes





Sugestão básica:

CADEIA PARA TODOS!!!!!


Adelidia Chiarelli


CPI que investiga o Ecad determina a quebra do sigilo fiscal da entidade

Via Agência Brasil
Por Mariana Jungmann
18.10.2011

Brasília - A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga as atividades do Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) aprovou hoje (18) a quebra do sigilo fiscal da entidade e de três diretores. Para o presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a quebra do sigilo foi necessária para que os membros da comissão tivessem acesso a informações que não vinham sendo fornecidas pelos dirigentes do Ecad.

“A informação sobre os salários, uma informação elementar, não custava ter sido prestada para a CPI. Alguns relatórios que nós solicitamos também não foram entregues à comissão. Então não nos restaram alternativas a não ser utilizar dos meios que a CPI dispõe para chegar à verdade dos fatos”, disse Randolfe.

O Ecad nega que esteja dificultando o acesso da CPI a qualquer informação. O diretor de Relações Institucionais da entidade, Márcio Duval, acompanhou a reunião e garantiu que os diretores do Ecad têm se esforçado para atender a todas as solicitações dos senadores. “Desde o início está sendo solicitada uma série de documentos e essa documentação está sendo compilada. Isso leva tempo, foi solicitada documentação de dez anos”, alegou.

O valor dos rendimentos dos dirigentes do Ecad foi um dos principais motivos para a quebra do sigilo. Perguntado em diversas reuniões sobre o valor de seus rendimentos, nenhum dos representantes do escritório de arrecadação quis informar. Segundo Duval, eles não quiseram se expor em uma audiência pública e não receberam nenhum pedido formal por escrito a fim de prestar essa informação em particular para a CPI.

Edição: Aécio Amado

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Vigilância sanitária volta a encontrar roupas de cama feitas com lixo hospitalar

Jornal Nacional
18.10.2011





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Peças feitas com lixo podem ter sido vendidas em SP


Acusador afirma que entregou ‘gravação’ para revista

Via Josias de Souza
19.10.2011

Reunido a portas fechadas com lideranças da oposição, o PM João Dias forneceu detalhes sobre o esquema de cobrança propinas da pasta dos Esportes. Informou que o balcão funcionava no prédio do próprio ministério, forneceu nomes de empresas e de pessoas, esmiuçou reuniões e disse ter gravado uma delas.
Mais: João Dias declarou a senadores e deputados oposicionistas que já entregou a gravação à revista ‘Veja’. Disse que será veiculada no próximo fim de semana. Segundo João Dias, soam no áudio as vozes de assessores do Ministério dos Esportes que se reuniram com ele a pedido do ministro Orlando Silva.

A conversa é de abril de 2008, época em que Orlando já ocupava a poltrona de ministro. Serviu para alinhavar um acordo nada republicano. Combinou-se que João Dias não denunciaria a engrenagem de cobrança de propinas. Algo que ameaçava fazer. Continua


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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cientistas sobem o tom contra novo Código Florestal

JC e-mail 4365, de 17 de Outubro de 2011.
Cientistas sobem o tom contra novo Código Florestal


Documento entregue a senadores afirma que dilema entre produção agrícola e preservação é "falácia".

Em sua manifestação mais dura sobre a reforma do Código Florestal, as principais sociedades científicas brasileiras adjetivam partes do texto em análise como "injustificado" e "inconstitucional". A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) entregaram na semana passada a senadores propostas para embasar as mudanças na lei. Para elas, a ciência não foi levada em conta no relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), aprovado em maio no plenário da Câmara.

Entre as 18 assinaturas do documento há pesos-pesados como a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, Carlos Nobre, secretário de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Tatiana Sá, ex-diretora-executiva da Embrapa. Para eles, o maior entrave à expansão da agricultura não é a legislação ambiental, mas "a falta de adequação" da política agrícola do País.

Para os cientistas, um aumento marginal na produtividade pecuária - com medidas simples, como erguer cercas e fazer o manejo de pastos - liberaria 60 milhões de hectares para a agricultura. "Continua no Senado essa falácia de que não há espaço para preservar e produzir alimentos", disse Luiz Martinelli, da USP de Piracicaba. "Como é que eu vou dizer para a Europa não subsidiar sua agricultura quando a gente queima tudo sem nenhuma eficiência? É um tiro no pé."

As entidades também pedem que as APPs (áreas de preservação permanente), como margens de rios, sejam restauradas na íntegra, posição mais "ambientalista" que a do governo, que aceitou flexibilizar sua recomposição. Os cientistas exigem, ainda, que o Senado elimine do texto a menção à "área rural consolidada", que permite regularizar atividades agropecuárias em APPs desmatadas até 22 de julho de 2008. Segundo eles, a Constituição diz que "não há direito adquirido na área ambiental".

"Nosso livro anterior dava dados, mas não fazia afirmações tão contundentes", disse Carneiro da Cunha, aludindo a documento divulgado no semestre passado.

Expoente da antropologia, Carneiro da Cunha afirma que os senadores precisarão tratar um tema espinhoso sem acordo: a isenção de reserva legal para propriedades de até quatro módulos fiscais (medida equivalente a até 400 hectares na Amazônia).

"Quatro módulos não é o mesmo que agricultura familiar. É uma pegadinha." Ela diz esperar que o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do código em três comissões, seja "persuadido por argumentos convincentes".

(Folha de São Paulo)

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Nota: Adiamento de decisão sobre ilegalidade de Belo Monte é temeridade

Publicado em 17 de outubro de 2011
Por Xingu Vivo

Por volta das cinco da tarde desta segunda, 17, a desembargadora Selene Almeida, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) em Brasilia, proferiu sua tão esperada decisão no julgamento da Ação Civil Pública (ACP) que questiona a liberação de Belo Monte sem a consulta prévia, livre e informada aos povos indígenas, como previsto pela Constituição: “Considero inválido o decreto 788 [do Congresso Nacional, que autorizou a usina sem a realização das oitivas] e o licenciamento ambiental de Belo Monte”.

O voto da Dra. Selene não apenas reafirmou o posicionamento já adotado pelo TRF1 na primeira avaliação da matéria, em 2006, como responde às obrigações do país frente a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e aos questionamentos da Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre falhas no processo de licenciamento da usina.

De nada adiantou, no entanto, o bom senso e a lucidez da desembargadora, que por mais de uma hora explicitou os impactos de Belo Monte sobre as populações do Xingu. O desembargador Fagundes de Deus pediu vistas do processo, o que pode adiar o julgamento indefinidamente.

Perguntamos então ao Dr. Fagundes: o que mais precisa ser “visto”, o que não foi entendido, em um processo que tramita desde 2006 na Justiça? Quais as deficiências que lhe dificultam a compreensão de uma realidade tão cristalinamente exposta pela colega Selene Almeida? O que o motiva a adiar uma decisão que nada mais é que a garantia do respeito à Constituição?

A cada dia que passa, Belo Monte vai se espalhando feito bicho peçonhento. Crescem a violência nas áreas urbanas, as doenças entre populações indígenas e o desmatamento em toda a região. Belo Monte está fazendo de Altamira um caos tão insuportável, que as próprias autoridades municipais e lideranças empresariais, ate então apoiadoras da obra, agora pedem a revisão de seu licenciamento.

Adiar o julgamento desta e das demais 11 ACPs contra Belo Monte é se esquivar da obrigação de fazer justiça. É permitir que a hedionda política do “fato consumado” substitua o cumprimento das leis brasileiras e de tratados internacionais assinados pelo país. Será esta a intenção? Esperar que nosso dinheiro, oferecido a Belo Monte pelo BNDES, construa esta obra ilegal para depois argumentar que não há volta?

Afirmamos aqui nossa admiração pela excelência da análise da desembargadora Dra. Selene Almeida, nosso profundo respeito pelas instituições do Judiciário e nossa confiança, ainda viva, em sua independência. Mas a não-decisão do judiciário acerca das ações referentes a Belo Monte pode condenar o Xingu à morte. Declaramos que não vamos descansar, não vamos nos calar, nem vamos esquecer. Jamais. Exigimos justiça, porque nós e as futuras gerações dependemos dela para sobreviver.

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Documentário inédito sobre desastre nuclear de Fukushima é destaque da 17ª edição da Mostra VerCiência

Via Agência Brasil
Por Marli Moreira
18.10.2011

São Paulo - A televisão estatal japonesa NHK é a grande homenageada da Mostra VerCiência 2011, que começa hoje (18) e vai até o dia 23 deste mês, com eventos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília e Salvador, além de uma seleção especial de programas em outras cidades. A mostra integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e tem o objetivo de divulgar a cultura científica, com a apresentação de 80 programas de dez países: Brasil, Japão, Argentina, Chile, México, Colômbia, Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.

Como homenageada especial, a NHK traz para o Brasil o documentário-reportagem Fukushima: Mapeando a Radiação, concluído no começo deste mês e que mostra a atuação de dois cientistas após o desastre da Usina Nuclear de Fukushima. O acidente foi provocado pelo terremoto seguido de um tsunami, em 11 de março deste ano.

A primeira exibição fora do Japão ocorrerá às 15h de hoje (18), na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), com a presença do chefe da equipe de Programas de Ciência e Meio Ambiente da NHK, Toshihiro Matsumoto.

Mesmo sem ter autorização para entrar na usina, os cientistas Shinzo Kimura e Masaharu Okano, que já tinham estudado a radiação na cidade de Chernobil na Ucrânia, conseguiram retirar amostras de solo e fazer medições em um trecho de 3 mil quilômetros.

“Eles se rebelaram contra o silêncio que havia sido imposto aos pesquisadores por alguns órgãos oficiais do Japão e com a equipe da NHK foram fazer medições em campo ao redor da usina. Graças ao trabalho deles, muitas pessoas foram avisadas dos riscos de contrair doenças e deixaram suas casas”, explicou um dos curadores da mostra, o jornalista Sérgio Brandão.

Na avaliação de Brandão, também cabe à televisão estatal japonesa outro destaque: um documentário de 90 minutos sob o título Mistério dos Números Primos. “É uma parte da matemática que desafia os matemáticos e os filósofos desde a Grécia antiga e com esse programa, a NHK ganhou um prêmio que é uma espécie de Oscar japonês”, disse.

Na mostra deste ano foram selecionados seis grandes temas: mudanças climáticas; desastres naturais e prevenção de riscos; Ano Internacional da Química; mulheres na ciência; evolução e biodiversidade e aventura da ciência. A introdução do tema Mulheres na Ciência tem o objetivo de homenagear a polaca Marrie Curie (1867 a 1934), ganhadora do Prêmio Nobel de Física, em 1903 e do Prêmio Nobel de Química, em 1911.

A programação e os locais das apresentações poderão ser acessados por meio do endereço eletrônico www.verciencia.com.br.

Edição: Lílian Beraldo

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Assembleia Legislativa de Santa Catarina investiga fraude em aposentadorias por invalidez



Fantástico - 16.10.2011


texto


Funkeiros, usem fone de ouvido, pede campanha em trens do Rio

Via Estadão/Radar Pop
15.10.2011




Uma campanha no Rio quer acabar com a música alta no transporte coletivo. Sabe aqueles passageiros que ligam o celular no último volume sem se importar se os outros querem ouvir? Então, a concessionária Supervia, que administra trens metropolitanos, já começou a espalhar cartazes pedindo: usem fones de ouvido.
A campanha não cita gênero musical, porém, segundo o jornal O Globo, um dos principais públicos-alvo seria o de funkeiros, geralmente associados ao ato de escutar som alto nos coletivos.
“Respeito, Gentileza e Educação são bons e todo mundo gosta. Por isso, a SuperVia promove, a partir da próxima semana, uma campanha educacional com o objetivo de alertar os passageiros sobre algumas regras da boa convivência nos trens e nas estações”, publicou a empresa em seu blog, também pedindo que os passageiros respeitem os assentos preferenciais para idosos e gestantes.
A foto acima está circulando no Facebook e é de um dos cartazes já afixados na linha do trem. Foi tirada pelo internauta Marcelo Marinho.
Você acha que a campanha deveria ser estendida para ônibus e metrô? E em todo o Brasil?

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Respostinha básica:

A campanha deveria ser estendida também, além de ônibus e metrô, para condomínios, apartamentos e etc! E em todo Brasil, é claro!
Não à poluição sonora!

Adelidia Chiarelli


TRF1 vai julgar ação que questiona falta de consulta a indígenas sobre Belo Monte

Via Agência Brasil
Por Luana Lourenço
16.10.2011

Brasília - O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) vai julgar esta semana uma das 12 ações que tramitam na Justiça contra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). O tribunal vai analisar amanhã (17) uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que questiona o decreto legislativo que autorizou a construção da usina sem a realização de consulta prévia aos povos indígenas da região.

O direito à consulta prévia é garantido pela Constituição Federal e também está previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 2003.

A ação do MPF, movida em 2006, recebeu liminar favorável no mesmo ano, confirmada pelo TRF-1, mas no julgamento do mérito, foi derrubada. O MPF recorreu e agora o TRF volta a avaliar o processo. Se o tribunal mantiver o entendimento manifestado no julgamento da liminar, as obras da hidrelétrica serão paralisadas até a realização das oitivas indígenas.

Para o MPF, a decisão poderá influenciar outros projetos de hidrelétricas na Amazônia. Se a decisão for favorável ao cumprimento da consulta prévia aos povos diretamente afetados pelos empreendimentos, outras usinas projetadas para a região terão que incluir as oitivas indígenas no processo de planejamento. Além de Belo Monte, há usinas planejadas para os rios Tapajós, Teles Pires, Tocantins eAraguaia entre outros.

Grupos ambientalistas prometem acompanhar o julgamento em Brasília e estão mobilizando manifestações nacionais para cobrar uma decisão favorável do TRF-1.

Edição: Rivadavia Severo

fonte

domingo, 16 de outubro de 2011

Eliane Brum fala sobre participação em livro de Médicos Sem Fronteiras

Via Médicos Sem Fronteiras, no Youtube
11.10.2011:





"Eliane Brum é autora de um dos capítulos do livro Dignità (Dignidade), que está sendo lançado na Itália em comemoração aos 40 anos de Médicos Sem Fronteiras. O livro é resultado de um projeto no qual nove escritores de diferentes nacionalidades, entre eles o Nobel Mario Vargas Llosa, foram convidados a conhecer de perto contextos em que a organização trabalha e escrever uma história. Neste vídeo, Eliane conta como recebeu o convite e fala sobre sua experiência convivendo com pessoas afetadas pela doença de Chagas."


Leia:
- A negligência que mata
- Se acaba el tratamiento para el mal de Chagas

Visite:
- Médicos Sem Fronteiras


Doença de Chagas

Via FIOCRUZ - Ministério da Saúde:






Visite o site!



O leitor, onde está o leitor?

Via Estadão
Por AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA
14.10.2011

Os editores brasileiros revelam que estão publicando livros "demais". Isto é uma verdade ou um mal- entendido? Luiz Schwarcz, da Companhia das Letras disse a este caderno que publica 280 títulos por ano e que "não dá para crescer mais com obras de mercado, até porque o mercado está muito competitivo. (…). Há editoras que hoje não conseguem entrar em redes de livrarias com um exemplar de algum título. Há uma superprodução. De livros, escritores, editores, um número de editoras grande surgindo".

Sergio Machado, do Grupo Editorial Record, informou, também aqui, que em 2010 o Brasil editou 55 mil títulos, numa média de 210 obras por dia. Só a própria editora Record, comentou, coloca no mercado 80 títulos por mês. Seu proprietário revelou que tem 2 milhões de livros em galpões que lhe custam uma despesa alta.

Eis uma crise paradoxal. De excesso e de carência. Excesso de livros ou carência de leitores? Assim como um copo com metade de água pode ser visto como um espaço metade cheio ou metade vazio, permitam-me examinar a questão por outro ângulo, fazendo uma correção: o Brasil não produz livros "demais", o Brasil produz leitores de menos. Há que "produzir" o leitor. E não estou falando de alfabetização. Essa cadeia do livro não existe sem o destinatário: o leitor. Não há excesso de livros, há falta de bibliotecas, de livrarias e de leitores. Há, por outro lado, centenas de iniciativas governamentais e particulares tentando corrigir isto. Todos, não só os editores, temos que modificar o conceito de livro, livraria, biblioteca, leitor e leitura, pois na verdade todo esse sistema em torno do livro está em crise (ou "metamorphose").

Mas que crise é essa? Vejamos.

Crise, leitura e o pré-sal. Falar de leitura é uma auspiciosa novidade. Na década de 20 do século passado, Monteiro Lobato fundou uma editora brasileira e a literatura infantil. Com Borba de Morais e Mário de Andrade, na década de 30 redescobriu-se a biblioteca pública. Na mesma época o governo federal criou o Instituto Nacional do Livro pensando em editar uma enciclopédia e livros. Nos anos 50, Paulo Freire reinventou a alfabetização fazendo um plantador de cana aprender a ler em 45 dias.

Mas o conceito de leitura sempre esteve oculto, era o não-dito.

Leitura não se limita à "alfabetização". Leitura não se limita à escola: trata-se de formar uma sociedade leitora, para o País enfrentar os desafios do século 21. Só em 1992 é que através do Proler pensou-se em implementar uma Política Nacional de Leitura. E desde 2006 que o PNLL (Plano Nacional do Livro e da Leitura) insiste numa política de leitura que atravesse todos os ministérios e seja uma determinação da Presidência da República. A rigor se poderia dizer: leitura é uma questão de segurança nacional.

Considerada a leitura como algo além da escola, algo além da alfabetização, algo que vai lidar com o "analfabetismo funcional" e com o "analfabetismo tecnológico", haverá (como já começa a haver) programas de leitura em hospitais, quartéis, fábricas, sindicatos, empresas, tribos indígenas, igrejas, condomínios, acampamentos agrários, comunidades quilombolas, favelas, programas para aposentados e programa para cegos, surdos, mudos e outros deficientes físicos, etc. Continua




E por falar em leitura, visite:

- BRASILIANA USP
- DOMÍNIO PÚBLICO
- TEXTOS DE FILOSOFIA
- TEXTOS DE PSICOLOGIA


sábado, 15 de outubro de 2011

O Protesto Planetário de 15 de Outubro








FOTOS E ARTIGOS


Milhares ao redor do mundo protestam contra sistema financeiro


Mia Couto: 'É preciso sair à rua, é preciso revoltarmo-nos'








Protestos contra a crise financeira acontecem em mais de 80 países


Jornal Nacional - 15.10.2011



Manifestação em Roma acaba com 70 feridos


Jornal Nacional - 15.10.2011



Hey You

Pink Floyd: The Wall





Hey You



CARTA DO ACRE

Via blog do Altimo Machado
11.10.2011


Entidades criticam “governo da floresta” por mercantilização da natureza





Um grupo de 30 organizações sociais de defesa ambiental e dos direitos humanos na Amazônia divulgou nesta terça-feira (11), em Rio Branco (AC), uma carta em que criticam duramente a política do "governo da floresta", como é conhecida a administração estadual.

- Talvez em nenhum outro momento os pecuaristas e madeireiros tenham encontrado cenário mais favorável - assinalam.
Trata-se da crítica pública mais contundente do movimento social aos petistas que comandam há quase 13 anos a agenda política do sociambientalismo no Estado.

Dentre os signatários da carta, a Comissão Pastoral da Terra e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, que destacam a "manipulação da figura de Chico Mendes" no Acre.

Leia o documento:

"CARTA DO ACRE

Estivemos reunidos em Rio Branco - AC, entre os dias 3 a 7 de outubro de 2011 na Oficina Serviços Ambientais, REDD e Fundos Verdes do BNDES: Salvação da Amazônia ou Armadilha do Capitalismo Verde?

Estávamos presentes, organizações socioambientais, de trabalhadoras e trabalhadores da agricultura familiar, organizações de Resex e Assentamentos Extrativistas, de direitos humanos (nacionais e internacionais), organizações indígenas, organizações de mulheres, pastorais sociais, professores, estudantes e pessoas da sociedade civil comprometidas com a luta “dos de baixo”.

Percebemos a formação de um consenso em torno da ideia de que, desde 1999, com a eleição do governo da Frente Popular do Acre (FPA), foram tomadas iniciativas para a implantação de um “novo modelo” de desenvolvimento. Desde então, tal modelo é celebrado como primor de harmonia entre desenvolvimento econômico e conservação da floresta, de seus bens naturais e do modo de vida de seus habitantes. Com forte apoio dos meios de comunicação , de sindicatos, de ONGs promotoras do capitalismo verde na região amazônica, de bancos multilaterais, de oligarquias locais, de organizações internacionais, ele é apresentado como “modelo exitoso” a ser seguido por outras regiões do Brasil e do mundo.

Nesses dias, tivemos oportunidade de conhecer, em campo, algumas iniciativas tidas como referência no Acre. Vimos de perto os impactos sociais e ambientais do “desenvolvimento sustentável” em curso no estado. Visitamos o Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes, Fábrica de Preservativos NATEX e o Seringal São Bernardo (Projeto de Manejo Florestal Sustentável das Fazendas Ranchão I e II). As visitas nos colocaram diante de um cenário bastante distinto daquilo que é propagandeado nacional e internacionalmente.

No Seringal São Bernardo, pudemos constatar que o atendimento dos interesses das madeireiras se faz em detrimento dos interesses das populações locais e da conservação da natureza. Mesmo as questionáveis regras dos planos de manejo são desrespeitadas e, segundo dizem os moradores, com conivência de gestores estatais. No caso do Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes Cachoeira (em Xapuri), constatamos que os moradores continuam subjugados ao domínio monopolista, atualmente vendem a madeira para a empresa “Laminados Triunfo” a R$ 90,00 o m3, quando a mesma quantidade de madeira chega a valer até R$ 1.200,00 na cidade. Por isso, endossamos a reivindicação de diversas comunidades pela suspensão dos famigerados projetos de manejo. Solicitamos a apuração de todas as irregularidades e exigimos a punição dos culpados pela destruição criminosa dos bens naturais.

Os dias em que tivemos reunidos foram dedicados ainda ao estudo sobre Serviços Ambientais, REDD e Fundos Verdes do BNDES. Compreendemos o papel dos Bancos (Banco Mundial, FMI, BID e BNDES), ONG´s comprometidas com o capitalismo verde, tais como WWF, TNC e CI; bem como o papel de outras instituições como ITTO, FSC e USAID, setores da sociedade civil e Governos Estadual e Federal que têm se aliado ao capital internacional na intenção de mercantilizar o patrimônio natural da Amazônia.

Ressaltamos que, além de desprovida de amparo constitucional, a Lei N° 2.308, de 22 de outubro de 2010, que regulamenta o Sistema Estadual de Incentivo a Serviços Ambientais foi criada sem o devido debate com os setores da sociedade diretamente impactados por ela, isto é, os homens e mulheres dos campos e floresta. Reproduzindo servilmente os argumentos dos países centrais, os gestores estatais locais a apresentam como uma forma eficaz de contribuir com o equilíbrio do clima, proteger a floresta e melhorar a qualidade de vida daqueles que nela habitam.

Deve-se dizer, entretanto, que a referida lei gera “ativos ambientais” para negociar os bens naturais no mercado de "serviços ambientais", como o mercado de carbono . Trata-se de um desdobramento da atual fase do capitalismo cujos defensores, no intuito de assegurar sua reprodução ampliada, lançam mão do discurso ambiental para mercantilizar a vida, privatizar a natureza e espoliar as populações do campo e da cidade. Pela lei, a beleza natural, a polinização de insetos, a regulação de chuvas, a cultura, os valores espirituais, os saberes tradicionais, a água, plantas e até o próprio imaginário popular, tudo passa a ser mercadoria. A atual proposta de modificação do Código Florestal complementa esta nova estratégia de acumulação do capital, ao autorizar a negociação das florestas no mercado financeiro, com a emissão de "papéis verdes", a chamada Certidão de Cotas de Reserva Ambiental (CCRA). Desse modo, tudo é colocado no âmbito do mercado para ser gerido por bancos e empresas privadas.

Embora apresentada como solução para o aquecimento global e para as mudanças climáticas, a proposta do REDD permite aos países centrais do capitalismo manterem seus padrões de produção, consumo e, portanto, também de poluição. Eles continuarão consumindo energia de fontes que produzem mais e mais emissões de carbono. Historicamente responsáveis pela criação do problema, agora propõe m a “solução” que mais atende a seus interesses. Possibilitando a compra do “direito de poluir”, mecanismos como o REDD forçam as denominadas “populações tradicionais”is (ribeirinhos, indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco, seringueiros etc.) a renunciarem a autonomia na gestão de seus territórios.

Com isso, embaralham-se os papeis. O capitalismo, civilização mais predadora da história da humanidade, não representaria nenhum problema. Ao contrário, seria a solução. Os destruidores seriam agora os grandes defensores da natureza. E aqueles que historicamente garantiram a conservação natural são, agora, encarados como predadores e por isso mesmo são criminalizados. Não surpreende, portanto, que recentemente o Estado tenha tornado mais ostensiva a repressão, a perseguição e até expulsão das populações locais de seus territórios. Tudo para assegurar a livre expansão do mercado dos bens naturais.

Com o indisfarçável apoio estatal, por esse e outros projetos o capital hoje promove e conjuga duas formas de re-territorialização na região amazônica. De um lado, expulsa povos e comunidades do território (como é o caso dos grandes projetos como as hidrelétricas), privando-os das condições de sobrevivência. De outro, tira a relativa autonomia daqueles que permanecem em seus territórios, como é o caso das áreas de conservação ambiental. Tais populações até podem permanecer na terra, mas já não podem utilizá-la segundo seu modo de vida.Sua sobrevivência não seria mais garantida pelo roçado de subsistência - convertido em ameaça ao bom funcionamento do clima do planeta -, mas por “bolsas verdes”, que, além de insuficientes, são pagas para a manutenção da civilização do petróleo.

Cientes dos riscos que tais projetos trazem, rechaçamos o acordo de REDD entre Califórnia, Chiapas, Acre que já tem causado sérios problemas a comunidades indígenas e tradicionais, como na região de Amador Hernández, em Chiapas, México. Por isso nos solidarizamos com as populações pobres da Califórnia e Chiapas que já têm sofrido com as consequências. Solidarizamo-nos também com os povos indígenas do TIPNIS, na Bolívia, sob ameaça de terem seu território violado pela estrada que liga Cochabamba a Beni financiada pelo BNDES.

Estamos num estado que, nos anos de 1970-80, foi palco de lutas históricas contra a expansão predatória do capital e pela defesa dos territórios ocupados por povos indígenas e populações camponesas da floresta. Lutas que inspiraram muitas outras no Brasil e no mundo. Convertido, porém, a partir do final da década de 1990, em laboratório do BID e do Banco Mundial para experimentos de mercantilização e privatização da natureza, o Acre é hoje um estado “intoxicado” pelo  discurso verde e vitimado pela prática do “capitalismo verde”. Dentre os mecanismos utilizados a fim de legitimar essa ordem de coisas, ganha destaque a manipulação da figura de Chico Mendes. A crer no que nos apresentam, deveríamos considerá-lo o patrono do capitalismo verde. Em nome do seringueiro, defende-se a exploração de petróleo, o monocultivo da cana-de-açúcar, a exploração madeireira em larga escala e a venda do ar que se respira.

Ante tal quadro, cumpre perguntar o que mais não caberia nesse modelo de “desenvolvimento sustentável”. Talvez em nenhum outro momento os pecuaristas e madeireiros tenham encontrado cenário mais favorável. É por essa razão que cremos necessário e urgente combatê-lo posto que, sob aparência de algo novo e virtuoso, ele reproduz as velhas e perversas estratégias de dominação e exploração do homem e da natureza.

Por fim deixamos aqui nossa reivindicação pelo atendimento das seguintes demandas: reforma agrária, homologação de terras indígenas, investimentos em agroecologia e economia solidária, autonomia de gestão dos territórios, saúde e educação para todos, democratização dos meios de comunicação. Em defesa da Amazônia, da vida, da integridade dos povos e de seus territórios e contra o REDD e a mercantilização da natureza. Estamos em luta.


Rio Branco, Acre, 11 de outubro de 2011

Assinam esta carta:

Assentamento de Produção Agro-Extrativista Limoeiro-Floresta

Pública do Antimary (APAEPL)

Amazonlink

Cáritas - Manaus

Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre (CDDHEP/AC)

Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da Bahia (CEPEDES)

Comissão Pastoral da Terra – CPT Acre

Conselho Indigenista Missionário – CIMI Regional Amazônia Ocidental

Conselho de Missão entre Índios – COMIN Assessoria Acre e Sul do Amazonas

Coordenação da União dos Povos Indígenas de Rondônia, Sul do Amazonas e Noroeste do Mato Grosso - CUNPIR

FERN

Fórum da Amazônia Ocidental (FAOC)

Global Justice Ecology Project

Grupo de Estudo sobre Fronteira e Identidade - Universidade Federal do Acre

Instituto Madeira Vivo (IMV-Rondônia)

Instituto Mais Democracia

Movimento Anticapitalista Amazônico - MACA

Movimento de Mulheres Camponesas (MMC - Roraima)

Nós Existimos - Roraima

Núcleo Amigos da Terra Brasil

Núcleo de Pesquisa Estado, Sociedade e Desenvolvimento na Amazônia Ocidental -Universidade Federal do Acre.

Oposição Sindical do STTR de Brasiléia

Rede Acreana de Mulheres e Homens

Rede Alerta Contra o Deserto Verde

Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bujarí (STTR - Bujarí)

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri (STTR- Xapuri)

Terra de Direitos

União de Mulheres Indígenas da Amazonia Brasileira

World Rainforest Movement (WRM)"