segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rafinha Bastos, o novo rei da baixaria

Veja São Paulo
Mauricio Xavier [Com reportagem de Flora Monteiro, Nathalia Zaccaro e Pedro Henrique Araújo]
05/10/2011

Com ofensas e piadas grotescas, humorista lidera a turma cada vez mais numerosa de comediantes fora do tom

Não é fácil ser engraçado. Mais difícil ainda é não sair do trilho ao caminhar por algumas fronteiras tênues desse universo. Para fazer rir, é preciso ir além do que prega o senso comum. Em vários momentos, desafiar a patrulha politicamente correta. Afinal, humor a favor tem tanta graça como dançar com a irmã. Um passo em falso, no entanto, pode tirar o comediante do campo da irreverência e da ousadia e pôr tudo a perder. Quando a piada se sustenta sobre preconceitos ou grosserias gratuitas, o resultado é sempre constrangedor e ofensivo.

Dentro da nova geração do humor brasileiro, boa parte dela formada por talentos surgidos nos palcos paulistanos ou nos programas de TV produzidos por aqui, muitos parecem não ter aprendido ainda a lição mais básica do seu ofício. Para essa turma, é engraçado fazer troça de autistas, de vítimas do holocausto ou das minorias, para citar apenas alguns exemplos recentes. Nessa lamentável competição da comédia de baixaria, quem vem se destacando é Rafinha Bastos. Continua

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