02.02.2012
O Museu de Arte Contemporânea da USP começa a se instalar no prédio projetado por Oscar Niemeyer no Ibirapuera. Exposição “O tridimensional no acervo do MAC: uma antologia” abre a programação do cinquentenário
O Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP inicia o ano com boas novas. Desde o último sábado (dia 28) está começando a recepcionar a cidade em sua sede própria, no Parque do Ibirapuera. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura, entregou à Universidade de São Paulo o conjunto arquitetônico composto por dois edifícios projetados por Oscar Niemeyer. Ocupado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) até 2009, o conjunto foi devidamente reformado. Outros dois prédios também foram construídos especialmente para abrigar o MAC.
Para o secretário estadual da Cultura, Andrea Matarazzo, a inauguração da nova sede do Museu de Arte Contemporânea é também uma homenagem à memória de seu tio-avô Francisco Matarazzo Sobrinho. “O MAC foi criado a partir da doação de parte da coleção de Ciccilo, como era conhecido. Sinto-me honrado por estar participando desta inauguração em um momento em que a cidade completa 458 anos”, diz. “É um presente para os paulistanos e os brasileiros em geral ver o acervo de arte contemporânea mais importante da América Latina numa sede compatível com a sua importância.”
A mudança, segundo o diretor do museu, Tadeu Chiarelli, será pontual, mas irá se estender paulatinamente no decorrer de 2012 com uma sequência de exposições e atividades que reverenciam os 50 anos de fundação do MAC, que serão completados em abril de 2013. A exposição “O tridimensional no acervo do MAC: uma antologia” abre essa programação, reunindo no térreo do edifício 17 obras produzidas entre 1947 e 1997. Embora concisa, a mostra ganha amplitude com o cenário de fundo iluminado por duas referências da escultura moderna e da paisagem de São Paulo: o “Monumento às Bandeiras”, de Victor Brecheret, e o “Mausoléu aos Heróis de 1932”, de Galileo Emendabili.
Nessa integração, o MAC conversa, como sempre, com os paulistanos – e expõe um período complexo da história da arte contemporânea a partir do final da Segunda Guerra Mundial. “A exposição traz desde ‘O Implacável’, de Maria Martins em 1947, até ‘A Negra’, de Carmela Gross, em 1997”, explica Chiarelli, também responsável pela curadoria. Continua