07.02.2012
O Globo
A presidente Dilma Rousseff, preterindo a sugestão feita pelo PT, escolheu a socióloga mineira Eleonora Menicucci de Oliveira (foto acima), sua ex-companheira de prisão na época da ditadura militar, como nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres.
Ele vai substituir a petista capixaba Iriny Lopes, que deixa o cargo para ser candidata à prefeitura de Vitória. Ao convidar Eleonora, Dilma fez uma opção por um nome representativo e com relações pessoais com ela.
A tendência petista Articulação de Esquerda queria manter na Esplanada o espaço que tinha com Iriny e chegou a indicar a deputada estadual Inês Pandeló, do PT do Rio. A posse de Eleonora está marcada para a sexta-feira.
Dirigente estudantil, presa política, feminista, pesquisadora e socióloga. Eleonora Menicucci foi companheira da presidente Dilma na Torre das Donzelas, nome dado à ala das militantes de esquerda no Presídio Tiradentes, nos anos 70.
Amigas desde o movimento estudantil, nos anos 60 em Belo Horizonte, Dilma e Eleonora foram presas e torturadas nos porões do DOI-Codi, em São Paulo. Se reencontram numa cela, onde Eleonora ficou presa de 1971 a 1973.
- Naquela época, era prioritariamente a luta contra a ditadura. O feminismo veio depois, já na prisão - conta a nova ministra ao GLOBO.
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