sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Un estudio afirma que los antioxidantes pueden empeorar el cáncer en ratones
Via SINC
29.01.2014
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29.01.2014
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'Túnel da Ciência' está em São Paulo
Via G1
29.01.2014
Mais informações no site: http://www.tuneldaciencia.com.br/
29.01.2014
Ciência é o tema central de exposição interativa em São Paulo
Foto: Eduardo Carvalho/G1 |
São Paulo sedia a partir desta quinta-feira (30) a exposição "Túnel da Ciência", idealizada pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, que traz ao público descobertas científicas que mudaram a humanidade, além de atividades tecnológicas interativas.
São mais de 28 toneladas de equipamentos que vêm ao Brasil pela primeira vez com o objetivo de expadir a divulgação científica. O "Túnel" está em sua terceira versão, após passar por 20 países e receber mais de 9 milhões de visitantes desde 2000.
O evento integra as comemorações do ano "Alemanha + Brasil 2013-2014", que prossegue até maio e tem o objetivo se divulgar a imagem alemã nas áreas de economia e cultura. CONTINUA!
Mais informações no site: http://www.tuneldaciencia.com.br/
Pedofilia: abusos na infância podem criar agressor na vida adulta
Via Portal Terra
Por Thais Sabino
30.01.2014
Vítimas sentem nojo de si mesmas, vergonha, culpa e podem desenvolver transtornos sexuais,depressão grave e tendência suicida
Mesmo após diversos escândalos, somente no começo deste mês, no Comitê da ONU para os Direitos das Crianças, representantes do Vaticano se pronunciaram sobre casos de pedofilia na Igreja Católica. De acordo com o porta-voz da Santa Sé Federico Lombardi, 400 religiosos foram expulsos do sacerdócio entre 2012 e 2013, mas ainda existem cerca de 4 mil casos em investigação. E fora da Igreja, o quadro geral é também preocupante: em 2013, mais de 3,1 mil casos foram denunciados.
No Brasil, há apenas uma delegacia dedicada ao crime. O número de abusos sexuais infantis no País, no entanto, vai além do registrado por conta da omissão da denúncia, segundo especialistas entrevistados pelo Terra, e o crime pode criar um círculo vicioso, já que entre as consequências da pedofilia na vida adulta estão transtornos sexuais, depressão e até a repetição do assédio em outras crianças.
Maura de Oliveira foi vítima de pedofilia e passou 10 anos sofrendo violência sexual, dos seis aos 16 anos, na casa da família adotiva onde vivia. De acordo com ela, só no Rio de Janeiro, três crianças a cada 10 minutos são vítimas de abuso sexual. “Eu fui criança de rua até os seis anos no Rio de Janeiro. Nunca sofri violência nas ruas, mesmo tendo que comer lixo para sobreviver, mas nessa casa passei a ser abusada pelo patriarca da família, um comerciante que tinha cerca de 60 anos”, relatou. Segundo ela, em 90% dos casos, o pedófilo é conhecido da criança e dos parentes, o que torna ainda mais difícil a denúncia. Com a criminalização da pedofilia – a pena vai de oito a 15 anos de prisão – “os próprios familiares impedem a vítima de denunciar”, disse a ginecologista e coordenadora do Grupo de Apoio à Vítima de Violência Sexual (GAVVIS) Valéria Batista.
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Por Thais Sabino
30.01.2014
Vítimas sentem nojo de si mesmas, vergonha, culpa e podem desenvolver transtornos sexuais,depressão grave e tendência suicida
Mesmo após diversos escândalos, somente no começo deste mês, no Comitê da ONU para os Direitos das Crianças, representantes do Vaticano se pronunciaram sobre casos de pedofilia na Igreja Católica. De acordo com o porta-voz da Santa Sé Federico Lombardi, 400 religiosos foram expulsos do sacerdócio entre 2012 e 2013, mas ainda existem cerca de 4 mil casos em investigação. E fora da Igreja, o quadro geral é também preocupante: em 2013, mais de 3,1 mil casos foram denunciados.
No Brasil, há apenas uma delegacia dedicada ao crime. O número de abusos sexuais infantis no País, no entanto, vai além do registrado por conta da omissão da denúncia, segundo especialistas entrevistados pelo Terra, e o crime pode criar um círculo vicioso, já que entre as consequências da pedofilia na vida adulta estão transtornos sexuais, depressão e até a repetição do assédio em outras crianças.
Maura de Oliveira foi vítima de pedofilia e passou 10 anos sofrendo violência sexual, dos seis aos 16 anos, na casa da família adotiva onde vivia. De acordo com ela, só no Rio de Janeiro, três crianças a cada 10 minutos são vítimas de abuso sexual. “Eu fui criança de rua até os seis anos no Rio de Janeiro. Nunca sofri violência nas ruas, mesmo tendo que comer lixo para sobreviver, mas nessa casa passei a ser abusada pelo patriarca da família, um comerciante que tinha cerca de 60 anos”, relatou. Segundo ela, em 90% dos casos, o pedófilo é conhecido da criança e dos parentes, o que torna ainda mais difícil a denúncia. Com a criminalização da pedofilia – a pena vai de oito a 15 anos de prisão – “os próprios familiares impedem a vítima de denunciar”, disse a ginecologista e coordenadora do Grupo de Apoio à Vítima de Violência Sexual (GAVVIS) Valéria Batista.
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Estudo liga o uso do pesticida DDT ao mal de Alzheimer
JC e-mail 4884, de 30 de janeiro de 2014
Estudo liga o uso do pesticida DDT ao mal de Alzheimer
Quem se expôs ao agrotóxico corre risco quatro vezes maior de desenvolver a doença
Um pesticida usado para controlar os mosquitos que transmitem a malária pode estar ligado a casos de mal de Alzheimer. Esta associação foi detalhada em novo estudo publicado no periódico "Neurology", ligado à Associação Médica Americana. O trabalho mostrou que a doença é 3,8 vezes mais frequente em pessoas expostas ao DDT (sigla de diclorodifeniltricloroetano). O veneno foi oficialmente banido há décadas, mas continuou a ser usado depois disso.
A pesquisa, desenvolvida por meio de uma parceria entre as universidades de Rutgers (Nova Jersey) e de Emory (Geórgia), nos Estados Unidos, testou níveis da toxina no sangue de 86 idosos com a doença e comparou os resultados com 79 pessoas saudáveis, todas da mesma idade.
Na avaliação do neurologista e diretor do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Henrique Bertolucci, se for confirmada por novos estudos, a descoberta irá representar um grande avanço na identificação de causas ambientais do mal de Alzheimer. O DDT seria uma das causas, mas não a única, da doença, também ligada a fatores genéticos.
CONTINUA!
A herança genética dos neandertais nos homens modernos
JC e-mail 4884, de 30 de janeiro de 2014
A herança genética dos neandertais nos homens modernos
Estudos mostram variedade da presença do DNA destes hominídeos antigos em pessoas de hoje e como ela afeta nossa saúde, aparência e vida
Quando os humanos modernos (Homo sapiens) saíram da África, entre 125 mil e 60 mil anos atrás, eles já encontraram a Europa e a Ásia ocupadas por outra espécie de hominídeos. Eram os neandertais (Homo neanderthalensis), com os quais conviveram durante milênios até que eles foram extintos, há cerca de 30 mil anos. Neste longo período de convivência, no entanto, as duas espécies se cruzaram e estudos recentes mostraram que europeus, asiáticos, oceânicos e americanos atuais têm por volta de 2% de DNA neandertal, praticamente ausente nas populações da África subsaariana, que nunca encontraram com eles.
Agora, duas novas pesquisas revelam pela primeira vez a variedade desta herança genética neandertal, assim como a forma como ela afeta a saúde, a aparência e a vida dos humanos de hoje. A primeira, publicada online ontem pela revista "Science", indica que embora cada indivíduo no planeta sem herança africana tenha cerca de 2% de DNA neandertal, em conjunto a Humanidade guarda pelo menos 20% do genoma completo destes hominídeos antigos.
- Os seus 2% de DNA neandertal podem ser totalmente diferentes dos meus 2% e estar em lugares diferentes do genoma - explica Joshua Akey, geneticista da Universidade de Washington em Seattle e um dos autores do estudo na "Science", em que procurou por mutações incomuns nos genes de 379 europeus e 286 asiáticos que acabaram se mostrando estarem em locais com DNA de origem neandertal. - Com isso, pudemos recuperar uma parcela substancial do genoma neandertal.
MEC autoriza aumento de vagas de Medicina em 11 instituições
JC e-mail 4884, de 30 de janeiro de 2014
MEC autoriza aumento de vagas de Medicina em 11 instituições
Ao todo, são nove faculdades particulares e duas universidades federais
Cerca de duas semanas depois de descredenciar a Universidade Gama Filho e UniverCidade, o Ministério da Educação autorizou o aumento no número de vagas em Medicina em vestibulares de 11 instituições de ensino superior, nenhuma delas com campus no estado do Rio. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30).
Desse grupo, apenas duas são instituições públicas: a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Federal do Amapá (Unifap). Além delas, foram beneficiados o Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA), a Universidade Anhembi Morumbi, Universidade Positivo, Universidade de Santo Amaro (UNISA), Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo, Centro Universitário de Belo Horizonte, Universidade Metropolitana e Universidade Anhanguera (UNIDERP). Mensalidades cobradas por essas faculdades podem ultrapassar os R$ 4 mil.
Além dos cursos de Medicina, o MEC também publicou no Diário Oficial portarias autorizando aumento de vagas em mais seis cursos de graduação, nenhum sediado em território fluminense. São eles:
Enfermagem - Faculdade Integrada Tiradentes
Design de Moda - Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Alvares Penteado
Psicologia - Faculdades Integradas Pitágoras
Administração - Faculdade Inedi
Pedagogia - Faculdade São Braz
Gastronomia - Faculdade de Tecnologia em Hotelaria, Gastronomia e Turismo de São Paulo
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Os rios brasileiros fotografados por astronautas
Via O ECO
Por Paulo André Vieira
03.12.2012
Por Paulo André Vieira
03.12.2012
AQUI!
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Nueva aplicación detecta la adicción al smartphone
Via Tendencias 21
Por Carlos Gómez Abajo
29.01.2014
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Por Carlos Gómez Abajo
29.01.2014
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Poluição em Nova Délhi já é a maior do mundo
JC e-mail 4883, de 29 de janeiro de 2014
Poluição em Nova Délhi já é a maior do mundo
Medida de material particulado fino prejudicial à saúde na cidade indiana foi maior que o dobro da média em Pequim. Partículas em suspensão com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro penetram profundamente nos pulmões
Em meados de janeiro a poluição do ar em Pequim, na China, era tão grande que o governo emitiu alertas de saúde e fechou as quatro maiores vias expressas, levando a população em pânico a comprar filtros de ar e vestir máscaras. Mas em Nova Délhi, na Índia, onde a poluição criou o que foi considerado por algumas medições o ar mais perigoso, havia poucos sinais de alarme.
Apesar da reputação generalizada de Pequim de ter o ar mais poluído que qualquer outra grande cidade do mundo, a medição diária em ambas as cidades sugere que o ar de Nova Délhi é mais carregado de pequenas partículas de poluição, e mais frequentemente, do que de Pequim.
A Embaixada dos Estados Unidos em Pequim enviou avisos em meados de janeiro, quando uma medida de material particulado fino prejudicial (poeira, fumaça e todo tipo de material suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho) conhecido como PM2.5 ficou acima de 500 nos trechos superiores da escala de medição, pela primeira vez este ano. Isto se refere a partículas em suspensão com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro que, acredita-se, representa o maior risco para a saúde, pois penetra profundamente nos pulmões.
Mas para as três primeiras semanas deste ano, a média de leitura de pico diário de partículas finas em Nova Délhi pelo Punjabi Bagh, um monitor cujas leituras são muitas vezes inferiores aos de outras cidades e monitores independentes, foi 473, mais que o dobro da média de 227 em Pequim. Na noite de 15 de janeiro, a poluição passou dos 500 em Pequim pela primeira vez. Em Nova Délhi, apenas uma vez em três semanas o valor de pico diário de partículas finas ficou abaixo de 300, um nível de mais de 12 vezes o limite de exposição recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
- Isto sempre me confundiu, o fato de o foco ter sido sempre a China e não a Índia - disse Angel Hsu, diretor do programa de medição de performance ambiental no Centro de Direito e Política Ambiental de Yale. - A China se deu conta de que não pode se esconder atrás de sua opacidade de costume, enquanto a Índia não recebe pressão para liberar dados melhores. Então, simplesmente não há bons dados públicos sobre a Índia, como há para a China.
Especialistas há muito tempo sabem que o ar da Índia está entre os piores do mundo. Uma análise recente feita pelos pesquisadores de Yale descobriu que sete dos dez países com a pior poluição do ar estavam no Sul da Ásia. E as evidências mostram que os indianos pagam um preço alto pela poluição. Um recente estudo mostrou que a população da Índia tem os pulmões mais fracos do mundo, com muito menos capacidade que os chineses, por exemplo. Os pesquisadores estão começando a suspeitar que a mistura incomum de ar poluído, condições sanitárias precárias e água contaminada faz da Índia o país com as condições mais perigosas para os pulmões.
A Índia tem o mais alto índice de mortalidade do mundo por causa de doenças crônicas respiratórias, e tem mais mortes por asma do que qualquer outra nação, de acordo com a OMS. Um estudo mostrou qye metade das visitas ao médico na Índia têm como motivo problemas respiratórios, diz Sundeep Salvi, diretor da Fundação de Pesquisas Chest, em Pune.
Clean Air Ásia, um grupo de advocacia, descobriu que uma outra medida comum de poluição conhecida como PM10, para detecção de partículas menores de 10 micrômetros de diâmetro, foi de em média 117 em Pequim, em um período de seis meses em 2011. Em Nova Délhi , o Centro de Ciência e Meio Ambiente utilizou dados do governo e descobriu que uma medida média de PM10 em 2011 foi de 281, quase duas vezes e meia superior. A poluição por partículas finas tem sido fortemente associada com morte prematura, ataques cardíacos, derrames e insuficiência cardíaca. Em outubro, a OMS declarou que também causam câncer de pulmão.
(Sami Siva do New York Times/O Globo)
Autor denuncia plágio
JC e-mail 4883, de 29 de janeiro de 2014
Autor denuncia plágio
Wladimir Guglinski diz em artigo, publicado no Observatório da Imprensa, que a revista Nature publicou em meados de 2012 conteúdo proposto em seu livro "Teoria Quântica Anel"
Durante décadas, até 2012, os físicos nucleares acreditavam que os núcleos atômicos tivessem formato esférico. Núcleos com número Z= ímpar de protons (ou N=ímpar de nêutrons) poderiam ter um formato ligeiramente achatado. Mas núcleos com Z=par e N=par deveriam ter, obrigatoriamente, formatos perfeitamente esféricos.
Os físicos nucleares chegaram a essa conclusão por dois motivos:
1 - Experiências que medem um fenômeno nuclear, chamado momento quadrupolar elétrico, indicam se um núcleo é esférico, ou não. Se a medida do momento quadrupolar elétrico de um núcleo for zero, então a sua forma é esférica (e isso é uma consequência dos princípios da Física nuclear vigente).
As experiências demonstraram que núcleos com Z=par e N=par tem momento quadrupolarzero e, portanto, segundo a Física nuclear, tais núcleos tinham que ter formato esférico.
2 - Não havia, segundo a Física nuclear, nenhum agente que pudesse deformar tais núcleos com Z=par e N=par, de forma a que eles perdessem a sua forma esférica.
Modelo estava certo
Em 2006, o Bauu Institute Press publicou o livro Quantum RingTheory, de Wladimir Guglinski, no qual é proposto um novo modelo nuclear, cuja agregação ocorre através de princípios diferentes daqueles que são considerados na Física nuclear vigente -http://www.bauuinstitute.com/index.php?option=com_content&view=article&id=22:quantum-ring-theory-foundations-for-cold-fusion&catid=8:publishing&Itemid=103.
Segundo o modelo nuclear da QRT, núcleos com Z=par e N=par não têm formato esférico. Portanto, segundo a QRT de Guglinski, o modelo nuclear da Física nuclear estaria errado. Na página 136 do livro é explicado por que tais núcleos com Z=par e N=par, apesar de apresentarem momento quadrupolar ZERO, não têm formato esférico.
Obviamente, o artigo de Guglinski, no qual ele propõe seu novo modelo nuclear, jamais poderia ser publicado em uma revista peerreview de Física nuclear, pois um revisor não poderia aprovar a publicação de um artigo que propunha um modelo nuclear incompatível com os resultados das medidas do momento quadrupolar elétrico. Por esse motivo, Guglinski publicou sua teoria na forma livro, em 2006.
Em 19 de julho de 2012 a revista Nature, a mais conceituada revista científica do mundo, publicou o artigo "HowAtomicNuclei Cluster", o qual expõe os resultados de experiências que provam estar errado o modelo nuclear considerado, até então, correto. Os resultados experimentais demonstraram que núcleos com Z=par e N=par, como 4Be8, 8O16, 10Ne20 não têm formato esférico. Portanto, o modelo nuclear proposto na QuantumRingTheory estava certo e os modelos nucleares da Física Nuclear vigente estão errados.
Revista ignora direito de resposta
Mas os autores do artigo publicado na Nature teriam que justificar esse comportamento estranho desses núcleos com Z=par e N=par. Afinal, como eles apresentam momento quadrupolarelétrico nulo, então como podem eles não ter formato esférico? Bem, a explicação dos autores do artigo da Nature foi a mesma explicação proposta na página 136 do livro Quantum RingTheory, publicado seis anos antes. Portanto a revista Nature publicou um artigo com um evidente plágio, o que é considerado inadmissível em se tratando de uma revista com a sua reputação.
Guglinski notificou o editor-chefe da Nature, Philip Campbell, do plágio e solicitou que na próxima edição da revista fosse publicada uma nota, esclarecendo:
a) que a forma não-esférica de núcleos com Z=par e N=par já tinha sido prevista por uma teoria publicada em 2006;
b) que nesta teoria a explicação (para justificar por que tais núcleos apresentam momento quadrupolar nulo) era a mesma explicação proposta no artigo publicado pelaNature em julho de 2012.
O editor-chefe da Nature se recusou a publicar a nota esclarecedora.
O plágio é descrito neste link da Zpenergy: plagiarism in thejournalNature -http://www.zpenergy.com/modules.php?name=News&file=article&sid=3402
Wladimir Guglinski é engenheiro, Juiz de Fora, MG
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Uma nova teoria física da vida
Via Observatório da Imprensa
Por Natalie Wolchover em 28/01/2014 na edição 783
Reproduzido da revista eletrônica Quanta Magazine, 22/1/2014, tradução de Felipe A.P.L. Costa; intertítulos do OI
Por Natalie Wolchover em 28/01/2014 na edição 783
Reproduzido da revista eletrônica Quanta Magazine, 22/1/2014, tradução de Felipe A.P.L. Costa; intertítulos do OI
Por que existe vida?
As hipóteses correntes dão crédito a um caldo primordial, a relâmpagos e a um tremendo golpe de sorte. No entanto, se uma nova e provocativa teoria estiver correta, sorte pode ter pouco a ver com o caso. Em vez disso, de acordo com o físico que está propondo a ideia, a origem e evolução da vida derivam de leis fundamentais da natureza e “deveriam ser tão triviais como pedras rolando ladeira abaixo”.
Do ponto de vista da física, há uma diferença fundamental entre coisas vivas e amontoados inanimados de átomos de carbono: os primeiros tendem a ser muito melhores na captura de energia do seu ambiente e em dissipá-la como calor. Jeremy England, um professor assistente de 31 anos de idade do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, chegou a uma fórmula matemática que explicaria essa capacidade. A fórmula, fundamentada na física convencional, indica que quando um grupo de átomos é impulsionado por uma fonte externa de energia (como o Sol ou um combustível químico), estando imerso em um banho de calor (como o oceano ou a atmosfera), ele muitas vezes reestruturará gradualmente a si mesmo de modo a dissipar cada vez mais energia. Isso poderia significar que, sob determinadas circunstâncias, a matéria inevitavelmente adquire os atributos físicos característicos associados com a vida.
“Você começa com um amontoado aleatório de átomos e, se o iluminar durante o tempo necessário, não deveria ser tão surpreendente que você obtenha uma planta”, disse England.
A teoria de England visa ressaltar, e não substituir, a teoria da evolução por seleção natural de Darwin, que oferece uma descrição convincente da vida no nível dos genes e das populações. “Eu certamente não estou dizendo que as ideias darwinianas estejam erradas”, explicou ele. “Ao contrário, estou apenas dizendo que, de uma perspectiva da física, você pode tratar a evolução darwiniana como um caso especial de um fenômeno mais geral”.
Veja a matéria completa!'Sociedade precisa discutir comércio de dados pessoais na web'
Via blog do Noblat
29.01.2014
29.01.2014
Daniel Mello, Agência Brasil
O comércio envolvendo dados pessoais dos usuários da internet precisa ser discutido amplamente pela sociedade, na opinião do professor adjunto da Universidade Federal do ABC e ativista Sérgio Amadeu. Ele chama atenção para o fenômeno que chama de “economia da intrusão”, onde grandes empresas lucram recolhendo e vendendo informações pessoais.
“Você tem uma economia de corporações que usam o rastro digital, entram na máquina das pessoas. Acompanham as pessoas na sua navegação, no seu cotidiano digital para formar esses perfis”, explicou Amadeu após participar de debate hoje (28) na Campus Party, importante evento de tecnologia que ocorre durante esta semana na capital paulista.
Segundo Amadeu, redes sociais, aplicativos para celular e até softwares de bancos recolhem informações dos usuários, mesmo quando o usuário está desconectado do serviço. “Você tem softwares que entram no sistema operacional e, depois que você saiu do site do banco, acompanham a sua navegação”, exemplifica. “Dados da nossa intimidade, da nossa vida cotidiana, que não são de interesse do Estado, da lei ou da Justiça, interessam só a nós”, detalha sobre o tipo de informação que é armazenada.
A Caatinga pede Socorro, artigo de Davi Calado
Via EcoDebate
28.01.2014
CONTINUA!
28.01.2014
A Caatinga pede Socorro.
Extração Ilegal de madeira deste Bioma, usado como Matriz Energética…
[EcoDebate] Diariamente dezenas de caminhões abarrotados de Madeira extraída irregularmente da Caatinga, cortam a principal via de ligação do estado de Pernambuco (BR 232). Semanalmente são centenas de caminhões empilhados de madeiras da vegetação nativa como: Melanoxylon brauna (Braúna), Poincianella bracteosa(Catingueira), Zizyphus Joazeiro (Juazeiro ou juá), Caesalpinea ferrea (Jucazeiro), Anadenanthera colubrina (Angico), Spondiastuberosaarruda (Umbuzeiro), Platycyamus regnellii (Pereiro), Lithraea molleoides (Aroeira Branca), Casearia Cambessedesia(Marmeleiro), Mimosa tenuiflora (Jurema preta), Anadenanthera Macrocarpa (Angico Vermelho) entre outras. Que estão sendo impiedosamente desmatadas e praticamente extintas em várias regiões do Semiárido Brasileiro, especialmente na divisa do sertão Pernambucano e Paraibano com o Agreste destes mesmos estados.
A região do agreste por ser um Ecótono (área de transição) entre a Mata Atlântica e a Caatinga, possui uma das maiores densidades demográficas do mundo neste tipo de clima. Devido a essa densidade os recursos naturais vêm sendo exauridos sem qualquer controle desde o século XVI. Os poucos fragmentos vegetais que ainda restam, estão sendo usados como Matriz Energética para várias atividades desenvolvidas nesta região, exterminando com essa prática, não só a Flora como também a Fauna e os demais recursos que dependem deste ciclo para sobreviver.
CONTINUA!
Tecnologia Terminator, de restrição de uso, compromete segurança alimentar, alertam técnicos
Via EcoDebate
Por Mariana Branco, da Agência Brasil
27.01.2014
Além da possibilidade da contaminação genética de lavouras não transgênicas, a tecnologia terminator, de restrição de uso, pode comprometer a segurança alimentar, alertam especialistas contrários à adoção dessa prática. Especialistas e representantes da sociedade civil temem que a permissão para aplicar tal tecnologia em sementes usadas na produção de fármacos seja o passo inicial para esterilização de sementes destinadas à alimentação.
Se isso ocorresse, os agricultores ficariam impossibilitados de reutilizar sementes da colheita anterior e dependentes das grandes empresas do setor. Para a engenheira agrônoma Maria José Guazelli, da organização não governamental (ONG) Centro Ecológico, o Projeto de Lei 268/2007 – que não é o único sobre o assunto, mas tem a tramitação mais adiantada no Congresso Nacional – busca contornar a moratória internacional, ao propor a autorização do mecanismo apenas para um tipo de semente.
“A moratória deixa de ser total. Primeiro é [o uso da tecnologia] não alimentar e depois vai debilitando a moratória”, avalia a agrônoma. Para ela, o argumento da assessoria do deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR), autor do projeto de lei, de que a própria moratória recomenda que sejam realizados estudos sobre a tecnologia, não se sustenta. “Isso [que a proposta de lei autoriza] não é estudar, e sim pôr em prática. Já tentaram derrubar a moratória em 2006 e agora estão tentando novamente”, diz Maria José, referindo-se à 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Biodiversidade, em que um grupo de países pediu a discussão do uso da tecnologia com avaliação caso a caso.
A nutricionista Daniela Frozi, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) e da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), também acredita que a aprovação do projeto no Brasil abriria um precedente. “Avançamos [ao ter uma lei que proíbe] e agora estamos retrocedendo. [A tecnologia] já foi rejeitada em várias partes do mundo, tem uma moratória, documentação em diferentes fóruns”, enumera.
Daniela ressalta que faltam estudos que atestem a segurança dessa e de outras técnicas de manipulação genética de alimentos e plantas, inclusive para a saúde humana. “Não há estudos conclusivos, nem para o bem, nem para o mal.” No caso específico das sementes terminator, a nutricionista acredita que há uma questão ética envolvida. “A semente é um bem comum. É como se estivéssemos falando do ar. Não procede do ponto de vista de qualquer tipo de senso criar uma semente que não é capaz de se reproduzir”, defende.
O próprio Consea, colegiado composto de membros do governo e da sociedade civil, que assessora a Presidência da República e tem papel apenas consultivo, já emitiu mais de um documento com posicionamento contrário à tecnologia de restrição de uso. No mais recente, de 2013, o Consea pede o arquivamento do Projeto de Lei 5.575/2009, do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também permite o uso do procedimento de manipulação genética, argumentando que “a tecnologia visa a reforçar a privatização das sementes, fortalecendo a capacidade de cobrança de royalties”.
O pesquisador Francisco Aragão, responsável pelo laboratório do Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia , da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), afirma que a construção de uma semente terminator, para ser usada na agricultura, não seria viável. “Da maneira como ainda existe, ela pode ser feita, mas não é um mecanismo muito prático. Exige que se produzam as sementes, que são mergulhadas em solução de tetraciclina, e isso reduz a germinação, dificulta o uso no plantio. Está no papel, é possível ser feita, mas não é viável para a agricultura”, destaca Aragão. Por esse motivo, ele acredita que a produção seria improvável.
Além da suposta dificuldade, buscando acalmar os ânimos, a Monsanto, uma das multinacionais que detêm patente da tecnologia, mantém um comunicado em seu site no qual garante que não comercializará sementes estéreis de culturas alimentícias. Segundo a empresa, o compromisso foi assumido em 1999. “Permanecemos firmes em nosso compromisso. Não temos nenhum plano ou pesquisa que o viole”, diz o texto, ressaltando que a restrição de uso tem aspectos “positivos e negativos”.
Para Maria José Guazelli, no entanto, esse posicionamento não traz tranquilidade. “A Monsanto reafirma que não vai usar [a tecnologia] para alimentos, mas não afirma que não vai usá-la”, pondera a agrônoma.
Reportagem de Mariana Branco, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 27/01/2014
Por Mariana Branco, da Agência Brasil
27.01.2014
Além da possibilidade da contaminação genética de lavouras não transgênicas, a tecnologia terminator, de restrição de uso, pode comprometer a segurança alimentar, alertam especialistas contrários à adoção dessa prática. Especialistas e representantes da sociedade civil temem que a permissão para aplicar tal tecnologia em sementes usadas na produção de fármacos seja o passo inicial para esterilização de sementes destinadas à alimentação.
Se isso ocorresse, os agricultores ficariam impossibilitados de reutilizar sementes da colheita anterior e dependentes das grandes empresas do setor. Para a engenheira agrônoma Maria José Guazelli, da organização não governamental (ONG) Centro Ecológico, o Projeto de Lei 268/2007 – que não é o único sobre o assunto, mas tem a tramitação mais adiantada no Congresso Nacional – busca contornar a moratória internacional, ao propor a autorização do mecanismo apenas para um tipo de semente.
“A moratória deixa de ser total. Primeiro é [o uso da tecnologia] não alimentar e depois vai debilitando a moratória”, avalia a agrônoma. Para ela, o argumento da assessoria do deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR), autor do projeto de lei, de que a própria moratória recomenda que sejam realizados estudos sobre a tecnologia, não se sustenta. “Isso [que a proposta de lei autoriza] não é estudar, e sim pôr em prática. Já tentaram derrubar a moratória em 2006 e agora estão tentando novamente”, diz Maria José, referindo-se à 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Biodiversidade, em que um grupo de países pediu a discussão do uso da tecnologia com avaliação caso a caso.
A nutricionista Daniela Frozi, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) e da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), também acredita que a aprovação do projeto no Brasil abriria um precedente. “Avançamos [ao ter uma lei que proíbe] e agora estamos retrocedendo. [A tecnologia] já foi rejeitada em várias partes do mundo, tem uma moratória, documentação em diferentes fóruns”, enumera.
Daniela ressalta que faltam estudos que atestem a segurança dessa e de outras técnicas de manipulação genética de alimentos e plantas, inclusive para a saúde humana. “Não há estudos conclusivos, nem para o bem, nem para o mal.” No caso específico das sementes terminator, a nutricionista acredita que há uma questão ética envolvida. “A semente é um bem comum. É como se estivéssemos falando do ar. Não procede do ponto de vista de qualquer tipo de senso criar uma semente que não é capaz de se reproduzir”, defende.
O próprio Consea, colegiado composto de membros do governo e da sociedade civil, que assessora a Presidência da República e tem papel apenas consultivo, já emitiu mais de um documento com posicionamento contrário à tecnologia de restrição de uso. No mais recente, de 2013, o Consea pede o arquivamento do Projeto de Lei 5.575/2009, do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também permite o uso do procedimento de manipulação genética, argumentando que “a tecnologia visa a reforçar a privatização das sementes, fortalecendo a capacidade de cobrança de royalties”.
O pesquisador Francisco Aragão, responsável pelo laboratório do Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia , da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), afirma que a construção de uma semente terminator, para ser usada na agricultura, não seria viável. “Da maneira como ainda existe, ela pode ser feita, mas não é um mecanismo muito prático. Exige que se produzam as sementes, que são mergulhadas em solução de tetraciclina, e isso reduz a germinação, dificulta o uso no plantio. Está no papel, é possível ser feita, mas não é viável para a agricultura”, destaca Aragão. Por esse motivo, ele acredita que a produção seria improvável.
Além da suposta dificuldade, buscando acalmar os ânimos, a Monsanto, uma das multinacionais que detêm patente da tecnologia, mantém um comunicado em seu site no qual garante que não comercializará sementes estéreis de culturas alimentícias. Segundo a empresa, o compromisso foi assumido em 1999. “Permanecemos firmes em nosso compromisso. Não temos nenhum plano ou pesquisa que o viole”, diz o texto, ressaltando que a restrição de uso tem aspectos “positivos e negativos”.
Para Maria José Guazelli, no entanto, esse posicionamento não traz tranquilidade. “A Monsanto reafirma que não vai usar [a tecnologia] para alimentos, mas não afirma que não vai usá-la”, pondera a agrônoma.
Reportagem de Mariana Branco, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 27/01/2014
Projeto sobre tecnologia que pode tornar sementes estéreis avança na Câmara
JC e-mail 4882, de 28 de janeiro de 2014
Projeto sobre tecnologia que pode tornar sementes estéreis avança na Câmara
O PL 268/2007 abre uma brecha na redação da Lei de Biossegurança
Poucos brasileiros sabem, mas as discussões estão avançadas na Câmara dos Deputados que seja aprovado projeto que libera uma tecnologia genética polêmica - a tecnologia de restrição de uso, que, entre outras aplicações, pode ser usada para criar sementes estéreis a partir da segunda geração, popularmente apelidadas de sementesterminator.
O Projeto de Lei (PL) 268/2007, do deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR), abre uma brecha na redação da Lei de Biossegurança para que seja permitida a comercialização de sementes produzidas com a tecnologia, no caso de plantas biorreatoras, usadas para produzir substâncias de uso industrial ou terapêutico.
A proposta já passou pelas comissões de Agricultura e Meio Ambiente, sendo aprovada na primeira e rejeitada na segunda. Atualmente, está na Comissão de Constituição e Justiça, (CCJ) onde recebeu parecer favorável do relator e quase foi votada em outubro do ano passado. A votação não ocorreu porque organizações da sociedade civil e movimentos sociais entregaram à presidência da CCJ um abaixo-assinado com 30 mil assinaturas pedindo a retirada de pauta do projeto.
No site da Câmara dos Deputados, a última movimentação relativa à proposta é um requerimento de audiência pública sobre o assunto, feito pelo deputado Alessandro Molon (PT-RJ), no início de dezembro.
Até o momento, nenhum organismo do tipo foi desenvolvido em campo aberto, embora acredite-se que as empresas façam pesquisas em ambientes controlados. Uma moratória internacional, apoiada pelo Brasil, barra a produção em campo e a comercialização desde 2000. Um dos riscos da liberação é a contaminação das espécies não modificadas geneticamente pelas lavouras de transgênicos. A engenheira agrônoma Maria José Guazelli, da organização não governamental (ONG) Centro Ecológico, explica que espécies não transgênicas poderiam assimilar características como a esterilidade.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
A palavra é rolezinho, por Carla Rodrigues
Via Contemporânea
Por Carla Rodrigues
Por Carla Rodrigues
O Brasil tem 495 shopping-centers, nos quais estão distribuídas 87.867 lojas e 2.100 cinemas. O comércio de shopping faturou R$ 120 bilhões em 2012, segundo os dados mais recentes da Associação Brasileira de Shoppings Centers, mais que o dobro dos R$ 50 bilhões faturados em 2006. A expansão acelerada nos últimos anos também se deu em número de empreendimentos construídos –só em 2012 foram inaugurados 73 novos shoppings – e na expansão dos já existentes. No Rio de Janeiro, o maior em área é o Norte Shopping, que já teve quatro expansões para chegar aos seus 245 mil metros quadrados de área construída e 10 salas de cinema, por onde circulam mensalmente 3,5 milhões de pessoas. Muitas das quais vão ao shopping aos domingo apenas para dar um “rolezinho”. Aqui sigo o argumento de que “não há uma grande diferença do rolezinho organizado e ritualizado das idas aos shoppings mais ordinárias”, defendido pela antropóloga Rosana Pinheiro-Machado.
Os números impressionantes mostram como estes junkspaces – para usar a expressão do arquiteto holandês Rem Koolhaas em belo ensaio na revista serrote (número 9,sumário aqui, texto não está on-line) – tomaram conta da vida cotidiana. Por junkspace ele entende “a soma total de nossa arquitetura atual (…), resultado do encontro entre a escada rolante e o aparelho de ar condicionado”. Entre os diversos tipos de junkspace identificados por Koolhaas, o shopping center é o que considero mais emblemático, sobretudo considerando seu alcance hoje no Brasil e suas dimensões econômicas e sociais.
O impressionante crescimento dos shoppings no Brasil é um dos efeitos mais visíveis de uma política econômica que estimula consumo com incentivos fiscais à indústria e crédito farto, e dá a isso o nome de inclusão social. Não por acaso, o maior shopping do Rio de Janeiro é na Zona Norte, na confluência de bairros de classe média em ascensão econômica via consumo. Mas a expansão dos junkspaces se dá também em espaços tidos como nobres, como o Shopping Leblon, lugar que pretende substituir o agradável flanar pelas ruas do bairro pelos corredores protegidos e orientados para o consumo.
Ao mesmo tempo,conforme o consumo cresce e expande a nossa conta de junkspace, diminui a nossa capacidade de produzir espaços públicos de qualidade. Se as manifestações de junho surgiram a partir da demanda de mobilidade urbana, foi para mostrar como a urbe é território de uns poucos, demarcada por transportes ruins e caros, limitada por fronteiras invisíveis que definem quem pode ou não pode circular no espaço urbano. Nesse sentido, também na serrote, edição 15, ensaio do arquiteto Francesco Perrota-Bosch sobre o vão livre do Masp contribui para pensar o problema da falta de democratização do espaço urbano.
Os shoppings-centers cresceram nos últimos anos tanto em direção à classe média em busca de inclusão via consumo quanto em direção à classe alta em busca de distinção social via consumo. Tornaram-se espaços de privilégio a partir da oferta de ambientes refrigerados, sob o conforto de escadas rolantes, que substituíram a suposta dureza das ruas. Espaços privados que simulam o espaço público, são compostos por ruas, praças, estacionamentos, mimetizando a vida urbana, mas ao mesmo tempo conferindo à experiência a ideia de uma urbe protegida, seja das intempéries – onde levar as crianças em tarde de chuva, senão ao shopping? – seja da violência, supondo que o junkspace está permanentemente protegido por seguranças privados, estes também uma cópia mal acabada do policiamento de rua.
Passear no shopping, por tudo isso, tornou-se parte de uma rotina da vida econômica que pode ser gerida dentro destes espaços: há de lavanderias a restaurantes, de caixa eletrônico a lojas de eletrodomésticos, de cinema a farmácia. Há espaços de lazer que incentivam a ida ao shopping apenas para um passeio – ou um“rolezinho” –, indicação de que o clichê “templo de consumo” não dá conta do que significa o shopping center na vida contemporânea. Comprar é apenas uma das muitas atividades que o shopping oferece. Estar no shopping não é só sinônimo de consumir, mas é indicação de inclusão em um espaço privilegiado –condicionado, protegido – em relação ao espaço público.
Dar um“rolezinho” no shopping é atividade intrínseca ao shopping como lugar,atividade estimulada pela própria razão de ser dos shoppings, cujas praças de alimentação abrem antes e fecham depois das lojas apontando na direção de que passear é parte importante do negócio de vender. Por isso, me interessei pelo tema do rolezinho a partir da decisão de alguns shoppings – como o Leblon, no Rio de Janeiro, no último domingo, mas também o JK, em São Paulo, em pleno sábado – de fecharem as portas para impedir o “rolezinho”.
Significa para mim que o shopping abre mão de sua razão de ser – ser espaço privado, junkspace que almeja substituir o espaço público – em nome de ser “apenas” espaço privado, no qual fica definido pelo dono quem pode ou não pode entrar, quando,e em que condições. Quando fecha as portas e proíbe o “rolezinho”, o shopping escancara como o racismo brasileiro está inscrito na sociedade por leisnão escritas, quando os shoppings fecham suas portas para proibir o”rolezinho” também nos mostram a diferença entre consumo e inclusão social. Se estas forem as consequências do rolezinho, para mim já está de ótimo tamanho: caracterizar o shopping como espaço privado, marcá-lo como junkspace, diferenciá-lo da rua, esta sim espaço público por excelência; fecharas portas do que se abriu escancaradamente nos últimos anos em função do crescimento do consumo, que se disfarça como lugar ideal de interação social,e do que se assume como lugar de privilégio simbólico.
Especialistas defendem desenvolvimento de universidades de classe mundial
Via Agência FAPESP
Por Karina Toledo
24.01.2014
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Por Karina Toledo
24.01.2014
Agência FAPESP – Ao mesmo tempo em que a excelência de ensino deve ser a meta de todas as universidades brasileiras, algumas poucas instituições do país teriam hoje condições de dar um salto de qualidade e tornarem-se de classe mundial em pesquisa científica. Para que isso ocorra, as universidades vocacionadas precisam receber investimentos diferenciados para desenvolver planos institucionais ousados, afirmaram especialistas durante a abertura do simpósio Excellence in Higher Education.
O evento, que teve início nesta quinta-feira (23/01), é uma iniciativa da FAPESP em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e tem como objetivo debater os determinantes da excelência no ensino superior no Brasil e formular recomendações que poderão embasar políticas públicas.
A diferenciação no sistema de ensino, reconhecendo as instituições com vocação para desenvolver pesquisa de nível internacional, tem sido apontada pela ABC há pelo menos uma década, quando foi publicado o documento “Subsídios para a Reforma do Ensino Superior”, lembrou Hernan Chaimovich, vice-presidente da ABC e assessor especial da Diretoria Científica da FAPESP.
“Diferenciar não quer dizer que uma parte do sistema é melhor ou pior que outra. Mas um sistema em que todas as partes são iguais em geral não funciona. Um sistema se caracteriza pela excelência de todas as suas partes, embora cada uma tenha função distinta da outra”, avaliou Chaimovich.
Para a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, o peso da ciência que cada universidade produz é um fator relevante e, portanto, o investimento não pode ser o mesmo para todas as instituições.
“A ciência, para ser de ponta, precisa de um investimento superior ao que está sendo feito no país. A sociedade precisa decidir em quais áreas devem ser feitos investimentos pesados e quais instituições têm perfil para trilhar esse caminho da internacionalização. Cada uma deve ter um perfil e uma área de excelência. Somente assim o Brasil vai se tornar capaz de pautar a ciência internacional e não apenas ser pautado”, opinou.
Cursos de nível internacional
Na avaliação do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, um dos possíveis critérios de seleção das instituições vocacionadas a atingir o status de classe mundial é o percentual de cursos de pós-graduação com conceitos 6 ou 7 – considerados de excelência em nível internacional – na Avaliação Trienal dos Programas de Pós-Graduação.
“Temos a USP [Universidade de São Paulo] na frente, com 89 cursos [com conceitos 6 e 7], seguida pelo grupo formado pela UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais], Unicamp [Universidade Estadual de Campinas] e UFRGS [Universidade Federal do Rio Grande do Sul], que tem em torno de 30. Todas essas têm uma proporção de 40% dos cursos com conceito 6 e 7. Depois despenca. Se considerarmos apenas o conceito 7, a situação é ainda mais dramática”, afirmou.
Área equivalente ao Brasil pode estar degradada até 2050
JC e-mail 4881, de 27 de janeiro de 2014
Área equivalente ao Brasil pode estar degradada até 2050
Em relatório, Pnuma alerta para consequências da produção de alimentos; agronegócio e aumento da concentração no mercado de sementes e grãos preocupam
O mundo pode perder 849 milhões de hectares - uma área equivalente ao Brasil - até 2050, se os padrões utilizados atualmente para o uso da terra forem mantidos. O alerta é do novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), lançado nesta sexta-feira durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça. De acordo com o documento, a necessidade de aumentar a produção de alimentos, devido ao crescimento da população, e a criação de um mercado global do agronegócio impulsionam a degradação do solo.
O estudo, chamado "Avaliação global de uso da terra: equilíbrio entre o consumo e a produção sustentável", foi produzido pelo Painel Internacional de Recursos (IRP, na sigla em inglês) e ressalta a importância do consumo responsável e de técnicas sustentáveis de plantio para frear a ocupação nociva do solo.
A agricultura ocupa atualmente 30% da terra em todo o mundo, e é a causa do desgaste e da perda da biodiversidade em 23% dos solos globais. Somente entre 1961 e 2007, as terras cultivadas sofreram expansão de 11%. Segundo o relatório, a tendência é que o índice continue a subir.
Além disso, a migração de populações rurais para cidades deve expandir as áreas urbanas em 15 bilhões de hectares até 2050, o equivalente a 5% das terras do planeta.
"As conclusões do IRP mostram um declínio acentuado nos ecossistemas terrestres nas últimas décadas. Florestas e outros biomas foram convertidos em terras para cultivo a um custo que não é sustentável", afirmou o subsecretário Geral da ONU e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner. "Como a terra é um recurso limitado, precisamos nos tornar mais eficientes na forma de produzir e consumir. As recomendações do relatório devem alertar líderes e contribuir para as discussões sobre o uso sustentável de recursos, incluindo novas metas para o desenvolvimento sustentável pós-2015".
Agronegócio impulsiona degradação
O relatório aborda o papel do agronegócio no aumento da degradação das terras, por impulsionar a concentração do mercado e o uso de pesticidas e fertilizantes. De acordo com o documento, em 2005, dez corporações controlavam metade das vendas de sementes no mundo, as cinco maiores companhias de comércio de grãos ocupavam 75% do mercado e os dez maiores produtores de pesticidas forneciam 84% dos produtos do setor.
Produzido por 27 cientistas, 33 representantes de governos e outros grupos, o estudo aponta que mais da metade de todos os fertilizantes sintéticos de nitrogênio produzidos na História foram utilizados nos últimos 25 anos.
No entanto, o relatório afirma que ainda é possível reverter a situação. O Pnuma afirma que cerca de 319 milhões de hectares poderiam ser preservados até 2050 com as seguintes medidas: investimentos para a recuperação de solos degradados; melhorias nas técnicas de plantio; intensificação de práticas sustentáveis; monitoramento do uso de terra; redução do desperdício; e diminuição do subsídio em plantações utilizadas para a produção de combustíveis.
(O Globo)
Matéria do Zero Hora sobre o assunto:
Com 30% das terras do mundo, agricultura pode degradar área equivalente à do Brasil até 2050
Brasil tem só um fiscal por 579 km² de área protegida
JC e-mail 4881, de 27 de janeiro de 2014
Brasil tem só um fiscal por 579 km² de área protegida
Falta de agentes facilita desmatamento em unidades de conservação e terras indígenas
A área de 1,8 milhão de km² envolvendo unidades de conservação federais e terras indígenas conta hoje com 3.200 agentes públicos voltados à fiscalização nos três principais órgãos de vigilância e proteção: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Isso significa que cada fiscal é responsável por 579 km² - área equivalente à metade da cidade do Rio de Janeiro.
Mas a situação é ainda mais dramática. O Ibama, por exemplo, é responsável também por fiscalizar o cumprimento do Código Florestal em propriedades privadas, inibir pesca ilegal, combater garimpos clandestinos, entre outras funções. A estratégia tem sido aliar o uso de tecnologia e inteligência. Imagens de satélites indicam os problemas e os órgãos realizam operações conjuntas, com reforço da Polícia Federal e do Exército.
Considerado apenas o desmatamento, as notícias dos últimos dois anos não foram boas. Em 2012, a derrubada de árvores na Mata Atlântica foi a maior desde 2008. O principal destino das toras foi a indústria de carvão. Na Amazônia, após quatro anos em queda, o desmatamento voltou a aumentar para abrir espaço para o gado e a soja. As terras indígenas tampouco estão a salvo, com constante invasão de madeireiros e conflitos com posseiros.
CONTINUA!
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
O ensino de medicina
JC e-mail 4881, de 27 de janeiro de 2014
O ensino de medicina
Editorial do Estadão publicado no sábado (25)
Dos 2.843 médicos recém-formados que se submeteram ao exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para obter registro profissional, em novembro do ano passado, 1.684 - o equivalente a 59% do total - acertaram menos de 72 das 120 questões de múltipla escolha.
O resultado seria preocupante caso os médicos reprovados ficassem proibidos de praticar a medicina, a exemplo do que ocorre com os candidatos reprovados nos exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No entanto, como todos os participantes da prova de habilitação do Cremesp obtêm o registro profissional independentemente de seu desempenho, muitos não se preocupam em responder corretamente as questões da prova, que é obrigatória. Alguns chegam até a sabotá-la, dando respostas erradas a perguntas elementares e corriqueiras.
Por isso, os resultados do exame do Cremesp estão longe de refletir a realidade do ensino médico no Estado de São Paulo. Em outras palavras, o Cremesp defende que os formandos reprovados retornem às faculdades de medicina, mas é o exame de habilitação profissional aplicado pela entidade que sofre de problemas estruturais.
Originariamente, a prova foi concebida para avaliar se os recém-formados que pretendem trabalhar no Estado de São Paulo sabem o mínimo necessário para exercer a profissão. "A meta é proteger a sociedade", afirma Reinaldo Ayer, membro do Cremesp e um dos coordenadores do exame. Segundo a entidade, o exame é de nível médio, abrangendo as principais áreas da medicina, e as perguntas, além de terem amparo na literatura científica, são extraídas de provas equivalentes realizadas por entidades médicas de outros países.
Aplicados entre 2005 e 2011, os sete primeiros exames de habilitação do Cremesp foram facultativos - ou seja, os candidatos se submeteram a eles de forma voluntária. A partir de 2012, contudo, as provas passaram a ser obrigatórias, sem que os eventuais resultados negativos inviabilizassem o exercício da medicina. Desde então, a prova - que não tem o endosso do Conselho Federal de Medicina - padece de credibilidade e tem sido criticada por vários Conselhos Regionais de Medicina.
"O exame deixa muito a desejar. Ele não diz absolutamente nada. Se for aprovado ou reprovado, o profissional recebe a carteira profissional. O exame não implica qualquer bloqueio", afirma Antonio Carlos Lopes, diretor da Escola de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), uma das mais conceituadas do País. "A prova não avalia o recém-formado em sua totalidade. Sabemos das limitações de testes de múltipla escolha", observa o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio-Libanês e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP. "As respostas não devem ser sempre um rotundo sim nem um rotundo não. Uma prova de conhecimento como a do Cremesp é um indicador ainda restrito, o que mostra o quanto temos de investir em avaliação. Tenho enfatizado a construção de uma cultura em que a avaliação não aconteça só no fim do período, mas também no dia a dia das atividades educacionais. Uma avaliação que seja construtiva e que possa ser ajustada com relação a determinados objetivos. É importante fazer avaliações e correções ainda durante a formação do profissional", diz a presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Jadete Barbosa Lampert, depois de lembrar que as avaliações do Ministério da Educação, em vez de "pontuar devidamente a atividade de ensino e a capacitação", valorizam mais a pesquisa e a titulação.
O modelo de avaliação adotado pelo Cremesp obviamente precisa ser reformulado. A qualidade dos cursos de medicina tem de ser zelada por corporações médicas e órgãos governamentais - e isso exige mais do que testes de múltipla escolha. O controle de qualidade deve ser feito durante todo o curso, nas salas de aula, nas residências médicas e nos hospitais universitários.
(O Estado de S.Paulo)
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