terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Brasil tem só um fiscal por 579 km² de área protegida


JC e-mail 4881, de 27 de janeiro de 2014
Brasil tem só um fiscal por 579 km² de área protegida


Falta de agentes facilita desmatamento em unidades de conservação e terras indígenas

A área de 1,8 milhão de km² envolvendo unidades de conservação federais e terras indígenas conta hoje com 3.200 agentes públicos voltados à fiscalização nos três principais órgãos de vigilância e proteção: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Isso significa que cada fiscal é responsável por 579 km² - área equivalente à metade da cidade do Rio de Janeiro.

Mas a situação é ainda mais dramática. O Ibama, por exemplo, é responsável também por fiscalizar o cumprimento do Código Florestal em propriedades privadas, inibir pesca ilegal, combater garimpos clandestinos, entre outras funções. A estratégia tem sido aliar o uso de tecnologia e inteligência. Imagens de satélites indicam os problemas e os órgãos realizam operações conjuntas, com reforço da Polícia Federal e do Exército.

Considerado apenas o desmatamento, as notícias dos últimos dois anos não foram boas. Em 2012, a derrubada de árvores na Mata Atlântica foi a maior desde 2008. O principal destino das toras foi a indústria de carvão. Na Amazônia, após quatro anos em queda, o desmatamento voltou a aumentar para abrir espaço para o gado e a soja. As terras indígenas tampouco estão a salvo, com constante invasão de madeireiros e conflitos com posseiros.

CONTINUA!