quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma nova teoria física da vida

Via Observatório da Imprensa
Por Natalie Wolchover em 28/01/2014 na edição 783
Reproduzido da revista eletrônica Quanta Magazine, 22/1/2014, tradução de Felipe A.P.L. Costa; intertítulos do OI

Por que existe vida?
As hipóteses correntes dão crédito a um caldo primordial, a relâmpagos e a um tremendo golpe de sorte. No entanto, se uma nova e provocativa teoria estiver correta, sorte pode ter pouco a ver com o caso. Em vez disso, de acordo com o físico que está propondo a ideia, a origem e evolução da vida derivam de leis fundamentais da natureza e “deveriam ser tão triviais como pedras rolando ladeira abaixo”.
Do ponto de vista da física, há uma diferença fundamental entre coisas vivas e amontoados inanimados de átomos de carbono: os primeiros tendem a ser muito melhores na captura de energia do seu ambiente e em dissipá-la como calor. Jeremy England, um professor assistente de 31 anos de idade do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, chegou a uma fórmula matemática que explicaria essa capacidade. A fórmula, fundamentada na física convencional, indica que quando um grupo de átomos é impulsionado por uma fonte externa de energia (como o Sol ou um combustível químico), estando imerso em um banho de calor (como o oceano ou a atmosfera), ele muitas vezes reestruturará gradualmente a si mesmo de modo a dissipar cada vez mais energia. Isso poderia significar que, sob determinadas circunstâncias, a matéria inevitavelmente adquire os atributos físicos característicos associados com a vida.
 “Você começa com um amontoado aleatório de átomos e, se o iluminar durante o tempo necessário, não deveria ser tão surpreendente que você obtenha uma planta”, disse England.
A teoria de England visa ressaltar, e não substituir, a teoria da evolução por seleção natural de Darwin, que oferece uma descrição convincente da vida no nível dos genes e das populações. “Eu certamente não estou dizendo que as ideias darwinianas estejam erradas”, explicou ele. “Ao contrário, estou apenas dizendo que, de uma perspectiva da física, você pode tratar a evolução darwiniana como um caso especial de um fenômeno mais geral”.
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