sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Estudo liga o uso do pesticida DDT ao mal de Alzheimer


JC e-mail 4884, de 30 de janeiro de 2014
Estudo liga o uso do pesticida DDT ao mal de Alzheimer


Quem se expôs ao agrotóxico corre risco quatro vezes maior de desenvolver a doença


Um pesticida usado para controlar os mosquitos que transmitem a malária pode estar ligado a casos de mal de Alzheimer. Esta associação foi detalhada em novo estudo publicado no periódico "Neurology", ligado à Associação Médica Americana. O trabalho mostrou que a doença é 3,8 vezes mais frequente em pessoas expostas ao DDT (sigla de diclorodifeniltricloroetano). O veneno foi oficialmente banido há décadas, mas continuou a ser usado depois disso.

A pesquisa, desenvolvida por meio de uma parceria entre as universidades de Rutgers (Nova Jersey) e de Emory (Geórgia), nos Estados Unidos, testou níveis da toxina no sangue de 86 idosos com a doença e comparou os resultados com 79 pessoas saudáveis, todas da mesma idade.

Na avaliação do neurologista e diretor do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Henrique Bertolucci, se for confirmada por novos estudos, a descoberta irá representar um grande avanço na identificação de causas ambientais do mal de Alzheimer. O DDT seria uma das causas, mas não a única, da doença, também ligada a fatores genéticos.

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