domingo, 31 de julho de 2011

Um planeta que parece cada vez mais inquieto

Via Ciência e Cultura/SBPC
Por Leonor Assad
Cienc. Cult. vol.63 no.1 São Paulo jan. 2011

Em agosto de 2010 o vulcão Sinabung, na ilha indonesiana de Sumatra, entrou em erupção e retirou pelo menos 18 mil moradores da região. Um mês depois, no Paquistão, chuvas torrenciais causaram o pior desastre natural da história do país, matando mais de 1.500 pessoas e deixando mais de seis milhões de desabrigados, causando bilhões de dólares de danos à infraestrutura e à agricultura.

Eventos como vulcões e inundações são fenômenos da natureza e são considerados desastres naturais quando atingem um sistema social, causando danos e prejuízos que excedam a capacidade dos afetados de conviver com o impacto. Um desastre natural, além de causar a perda de vidas humanas, traz prejuízos materiais, econômicos e ambientais e provoca graves interrupções do funcionamento de uma comunidade ou de uma sociedade.

São fenômenos que podem ocorrer em qualquer região do nosso planeta variando de intensidade e gravidade, dependendo de elementos próprios da dinâmica da natureza e das intervenções humanas.


PERIGOS IGUAIS, RISCOS DIFERENTES Matthew Kahn, no artigo The death roll from natural disasters: the role of income, geography, and institutions (Universidade Tufts e Universidade Stanford, 2003), analisou grandes desastres naturais ocorridos em 73 países (pobres, médios e ricos), entre 1980 e 2002, e concluiu que os mesmos se distribuíram equitativamente, mas afetaram as populações de forma diferente. Por exemplo, no período estudado, a Índia teve 14 grandes terremotos, nos quais morreram 32.117 pessoas, enquanto que nos Estados Unidos ocorreram 18 grandes terremotos, que causaram 143 mortes. Continua


sábado, 30 de julho de 2011

O lado B de Amy Winehouse

Via Isto É
Por Antonio Carlos Prado
N° Edição: 2177 | 29.Jul.11

Drogas, agressão à pele em forma de enfeite, perda da autoimagem. Os fãs se identificavam com seu comportamento, mas não notaram a gravidade de sua doença psiquiátrica



Não houve glamour na vida e muito menos na morte de Amy Wine­house. Houve doença, uma intrincada enfermidade psiquiátrica denominada Transtorno da Personalidade Borderline – suas portadoras (predomina em mulheres na proporção de gênero de três para um entre a população mundial adulta) são invadidas constantemente por avassaladores sentimentos imaginários de abandono e sofrem terrível desmoronamento do ego, desintegração da identidade e da autoimagem. São impulsivas, mantêm suas relações interpessoais como um elástico que se tensiona ao máximo, as suas emoções e humor são fios desencapados em curto-circuito. Sentem-se esburacadas e autolesionam a pele para aplacar a dor da alma, sempre encharcada pela sensação, quase nunca real, de perda de pessoas que lhes são queridas. Assim, nesse inferno psíquico, viveu Amy Winehouse, falecida em Londres no sábado 23 e cremada na terça-feira segundo os preceitos religiosos judaicos. O funeral ocorreu sem que se soubesse com precisão a causa da morte, e isso só virá a público em algumas semanas, assim que a médica legista Suzanne Greenaway concluir os exames toxicológicos das vísceras retiradas do cadáver da cantora. Seja qual for a causa, no entanto, um fato está dado: mais do que simplesmente morrer, Amy descansou um corpo maltratado, um cérebro embotado e um músculo cardíaco esmagado pelo uso ininterrupto, abusivo e nocivo de vodca e coquetéis de outras drogas que chegaram a cruzar cocaína, heroína, anfetaminas, ecstasy e até quetamina (anestésico de cavalo). Em outras palavras, ainda que a causa mortis não revele overdose, sua precoce partida aos 27 anos foi acelerada pelo Transtorno de Abuso de Substâncias como um transatlântico que se dirige loucamente para espatifá-lo contra um iceberg. Continua




Amy aos 18 anos


Livro com poesias inéditas de Guilherme de Almeida é lançado

Via Ciência e Cultura / SBPC
Cienc. Cult. vol.63 no.2 São Paulo abr. 2011

Talvez seja difícil para a geração atual, cada vez mais mergulhada na transitoriedade e na especialização, entender um intelectual como o paulista Guilherme de Almeida, tradutor, jornalista advogado e poeta. Com esse feixe de talentos, transitou em diversas áreas, sempre com entusiasmo, com paixão. Foi também um dos mentores do movimento modernista brasileiro com uma atuação decisiva na realização da Semana de Arte Moderna, ao lado de nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Menotti del Picchia. Envolveu-se na Revolução Constitucionalista de 1932, o que lhe rendeu a prisão e o exílio em Portugal e ainda lhe deu fama de conservador. Nada mais equivocado. Não seria exagero dizer que Guilherme de Almeida foi o mais moderno dos modernistas. Sempre buscando dialogar com as vanguardas, o "Príncipe dos poetas brasileiros" também passeou por diversas outras áreas: tradução, jornalismo, artes gráficas, teatro, cinema, música e até televisão.

O poeta morreu em 1969 deixando um conjunto de poesias inéditas. Como alguém que se prepara para partir, os poemas foram cuidadosamente datilografados e envolvidos em uma capa feita de cartolina. O esboço de livro chegou às mãos do também poeta Marcelo Tápia em 2009. Ele, como diretor da Casa Guilherme de Almeida, com sede na capital paulista, providenciou a publicação seguindo à risca o formato sugerido pelo autor. O livro Margem foi publicado no final de 2010 pela Editora Annablume com prefácio escrito por Tápia e posfácio do poeta e linguista Carlos Vogt.

Os pequenos poemas soam como constatações. Como um observador que olha ao acaso, da margem de um rio, da margem da vida, Guilherme de Almeida tenta captar o instante, o poema-instante, como lemos na poesia que abre o livro. Chama a atenção a leveza e o frescor do texto. Mesmo com quase 80 anos, o poeta não demonstra nostalgia ou saudade pelo que se foi. Prefere cantar a vida, mesmo quando fala do que já passou: "alva, lívida, ávida ave da vida havida!". Continua


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Apagão em São Paulo

28.07.2011
UOL




Pedido básico:
SOCORROOOOOOOOOO!!!!!



90% dos aprovados em vestibular desistem de vaga na Unesp

Via Estadão
28.07.2011

Universidade chamou 510 estudantes, mas só 50 fizeram matrícula; dos 12 cursos oferecidos, 4 ainda não têm alunos

Dos 510 estudantes aprovados no vestibular de inverno da Unesp, só 50 efetuaram a matrícula. Divulgada nesta quinta-feira, a segunda chamada de classificados no exame convoca 460 candidatos para preencher as vagas remanescentes. Eles devem se matricular na próxima segunda-feira, 1.º de agosto, nas unidades onde funcionam o cursos para os quais foram selecionados.

Este foi o processo seletivo de meio de ano mais concorrido da história da instituição, com 12.375 inscritos - 24,3 candidatos para cada uma das 510 vagas.

A Unesp ofereceu vagas em 12 cursos. Ninguém se matriculou em 4 deles - Agronomia (período integral) nos câmpus de Ilha Solteira e Registro; Zootecnia (integral) em Ilha Solteira; e Geografia (diurno) em Ourinhos.

Dois cursos receberam apenas uma matrícula cada após a divulgação dos aprovados: Engenharia de Produção (noturno) em Bauru, e Zootecnia (diurno) em Dracena.

O bacharelado em Engenharia Mecânica (integral) no câmpus de Ilha Solteira só registrou duas matrículas, assim como o curso de Geografia (noturno) de Ourinhos.

Três estudantes se apresentaram para cursar Engenharia Civil (integral) em Ilha Solteira. Engenharia Elétrica (integral), também em Ilha Solteira, teve quatro alunos matriculados.

Já o curso de Engenharia Ambiental (integral) em Sorocaba conseguiu preencher 20 das 60 vagas oferecidas no vestibular. Continua

POF 2008-2009: mais de 90% da população comem poucas frutas, legumes e verduras

Via IBGE
28.07.2011

O consumo alimentar da população brasileira combina a tradicional dieta à base de arroz e feijão com alimentos com poucos nutrientes e muitas calorias. A ingestão diária de frutas, legumes e verduras está abaixo dos níveis recomendados pelo Ministério da Saúde (400g) para mais de 90% da população. Já as bebidas com adição de açúcar (sucos, refrescos e refrigerantes) têm consumo elevado, especialmente entre os adolescentes, que ingerem o dobro da quantidade registrada para adultos e idosos, além de apresentarem alta frequência de consumo de biscoitos, linguiças, salsichas, mortadelas, sanduíches e salgados e um menor ingestão de feijão, saladas e verduras.
A ingestão de alguns componentes de uma dieta saudável, como arroz, feijão, peixe fresco e farinha de mandioca, diminui à medida que aumenta o rendimento familiar per capita. Já o consumo de pizzas, salgados fritos, doces e refrigerantes se eleva. A ingestão de frutas, verduras e laticínios diet/light também aumenta com a renda.
Na área rural, as médias de consumo individual diário foram maiores para arroz, feijão, peixe fresco, batata-doce, farinha de mandioca e manga, entre outros. Já na área urbana, destacaram-se refrigerantes, pães, cervejas, pizzas e biscoitos recheados.
O consumo médio de calorias fora do domicílio correspondeu a aproximadamente 16% da ingestão calórica total e foi maior nas áreas urbanas, na região Sudeste, entre os homens e para indivíduos na faixa de renda familiar per capita mais elevada.
Entre as prevalências de inadequação de consumo (percentuais de pessoas que ingerem determinado nutriente em níveis abaixo das necessidades diárias ou acima do limite recomendado) destacam-se o excesso de gorduras saturadas e açúcar (82% e 61% da população, respectivamente) e escassez de fibras (68% da população).
Essas e outras informações estão disponíveis no estudo “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil”, realizado em parceria com o Ministério da Saúde, uma publicação da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Para a realização do estudo, foram coletadas informações sobre a ingestão individual de alimentos de todos os moradores com 10 anos ou mais de idade, distribuídos em nos 13.569 domicílios selecionados a partir da amostra original da POF-2008-2009, que contou com 55.970 domicílios. Pela primeira vez, foram levantadas informações sobre a ingestão de alimentos fora do domicílio.
Além destes reSultados, o IBGE publica ainda outros dois produtos a partir dos dados da POF 2008-2009: a “Tabela de Medidas Referidas para os Alimentos Consumidos no Brasil”, publicação que apresenta as diferentes unidades de medidas relatadas pelos informantes para servir os alimentos que consumiram e suas respectivas quantidades em gramas; e as “Tabelas de Composição Nutricional dos Alimentos Consumidos no Brasil”. Estas tabelas foram amplamente utilizadas para a construção dos resultados apresentados. Continua

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Florestas: para salvá-las é preciso conhecer seu valor

Via O ECO
Por Vandré Fonseca
25 de Julho de 2011


Buritis: ONU acredita que uso sustentável de florestas pode ajudar a reduzir a fome no mundo. 
Fotos: Vandré Fonseca

Seria muito mais fácil entender o valor da floresta se nós compreendêssemos o mundo como os Yanomami. Para eles, as árvores mais altas sustentam o firmamento e sem as florestas o céu desabaria sobre o mundo. Mas nossa sociedade não acredita que o céu possa desabar, pelo menos literalmente, e só é capaz de compreender a importância de alguma coisa quando traduzida em cifras. Continua


Epidemia silenciosa

Via Gazeta do Povo
Por BRUNA MAESTRI WALTER
28.07.2011

Envelhecimento da população deve causar aumento nos casos de demência nos próximos 20 anos. Na América Latina, alta pode chegar a 146%

O Brasil deverá presenciar nas próximas décadas uma espécie de epidemia silenciosa, cujos sintomas demoram a ser percebidos e o tratamento gera elevados custos para a saúde pública. Trata-se da demência, uma síndrome que afeta a memória e o comportamento dos pacientes e que acomete principalmente os idosos. A forma mais comum é a doença de Alzheimer.

O envelhecimento da população será o propulsor dessa epidemia. Hoje, a demência atinge cerca de 1 milhão de idosos no Brasil. O país está na região que, segundo previsão da Alzheimer’s Disease International, organização internacional sobre a doença, poderá ter o maior crescimento proporcional de portadores acima de 60 anos nas próximas duas décadas. A América Latina tropical, que abrange Brasil e Paraguai, registrará um aumento estimado de 146% entre 2010 e 2030. A quantidade de pacientes subirá de 1,05 milhão para 2,6 milhões. No mundo, a estimativa é de 85%.

Para a professora do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Márcia Scazufca, que participou de um consenso mundial sobre o crescimento, as projeções são alarmantes. Segundo ela, o Brasil tem uma dificuldade a mais na comparação com países desenvolvidos, onde o aumento da população idosa foi lento. “No Brasil, o número de idosos está crescendo vertiginosamente e fica mais difícil de se preparar”, diz. Continua

União civil de homossexuais contraria 55% dos brasileiros, revela pesquisa

Via Estadão
Por José Roberto de Toledo
28.07.2011

Em levantamento do Ibope com 2 mil brasileiros de todas as regiões, maioria se disse contra decisão do STF que autorizou união estável; homens e pessoas mais velhas e menos escolarizadas são os maiores opositores, assim como evangélicos e protestantes

Uma maioria de 55% dos brasileiros é contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Mas o tema divide a população: 52% das mulheres são a favor e 63% dos homens são contra. As opiniões variam muito em função da religião, idade e escolaridade.

A pesquisa, à qual o Estado teve acesso, foi feita pelo Ibope Inteligência entre 14 e 18 de julho. Foram entrevistados pessoalmente 2 mil brasileiros de todas as regiões, seguindo as cotas de distribuição por idade, sexo e classe de consumo. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. Os resultados podem ser extrapolados para toda a população.

A decisão do STF coincide com o que pensam os brasileiros com menos de 40 anos e contraria os mais velhos. O apoio à união gay varia de 60% entre os jovens de 16 a 24 anos a 27% entre aqueles com 50 anos ou mais.

Não há pesquisas que revelem a tendência histórica, mas se a maioria dos jovens mantiver seus pontos de vista, a opinião da maioria pode mudar no médio prazo. Isso pode ocorrer se aumentar o grau de educação.

A tolerância cresce com a escolaridade. A aceitação da união entre homossexuais é quase a metade entre quem cursou até a 4.ª série do fundamental (32%) em comparação a quem fez faculdade (60%). O mesmo ocorre com as classes de consumo. Nas classes D e E, 62% são contra. A taxa de rejeição cai para 56% na classe C e fica em 51% na soma das classes A e B. Isso se reflete nas diferenças geográficas. Entre os brasileiros do Nordeste e Norte, onde renda e escolaridade são menores, 60% são contra a união. Continua

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Anúncios com fotos retocadas de Julia Roberts são proibidos na Grã-Bretanha

Na BBC Brasil
27.07.2011




AQUI!



Greve de fome de estudantes intensifica manifestações no Chile

Via Estadão
27.07.2011


Um grupo de 34 alunos do ensino médio não come há uma semana; oposição rejeitou convite para encontro com o presidente Sebastián Piñera

Trinta e quatro alunos chilenos do ensino médio, todos menores de idade, fazem greve de fome há uma semana em protesto contra o sistema educacional do país. Segundo a agência de notícias Ansa, o ato intensificou a onda de manifestações estudantis que exigem uma educação estatal gratuita e de qualidade.

O financiamento estudantil está no centro dos protestos dos jovens chilenos porque todo curso universitário no país é pago, mesmo nas instituições públicas. Quem não tem dinheiro é obrigado a pegar empréstimo bancário. E, desde os anos 90, as dívidas de crédito educativo são administradas por bancos, com taxas de mercado.

Toda semana, desde junho, dezenas de milhares de alunos dos ensinos médio e superior saem às ruas da capital, Santiago, para pedir uma ampla reforma. Já enfrentaram várias vezes bombas de gás lacrimogêneo e a ameaça da cavalaria da tropa de choque da polícia, os carabineros. Continua

Tese da USP aponta para possibilidade de comportamento antiético na publicação de artigos científicos brasileiros

JC e-mail 4308, de 26 de Julho de 2011.

Tese da USP aponta para possibilidade de comportamento antiético na publicação de artigos científicos brasileiros


De acordo com o estudo, entre os problemas mais comuns estão a citação de mais livros e artigos na bibliografia além dos realmente usados, o que aumenta a credibilidade do estudo, e a coautoria, que aparece como favor trocado.

Tese de doutorado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) alerta para a possibilidade de problemas de conduta ética na publicação de artigos científicos de pesquisadores brasileiros, tais como coautorias forjadas e citações de fontes não consultadas na bibliografia dos trabalhos acadêmicos.

O autor da tese, Jesusmar Ximenes Andrade, cita entre os problemas mais comuns a citação de mais livros e artigos na bibliografia além dos realmente usados, o que aumenta a credibilidade do estudo, e a coautoria, que aparece como favor trocado. Nesse último caso, os falsos parceiros assinam dois artigos em vez de um e, assim, aumentam sua produtividade, quesito que é avaliado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no processo de classificação dos programas de pós-graduação. Ligada ao Ministério da Educação, a Capes é uma das agências de fomento à pesquisa científica e acadêmica do governo federal.

A suspeita de ocorrências de conduta antiética na produção de artigos científicos veio a partir da aplicação de 85 questionários, respondidos por participantes do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, realizado em 2009, em São Paulo. Segundo a pesquisa, a maioria das pessoas afirmou não conhecer nenhum caso de má conduta, mas elas acreditam que tais práticas sejam comuns.

Andrade estranhou o resultado. "As pessoas conhecem pouco, mas acreditam que ocorrem [problemas antiéticos] mais do que acontecem? Eu presumi que quem estava respondendo sobre as suas crenças também estava respondendo sobre os seus próprios hábitos", disse o autor da tese, que é professor adjunto da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A tese foi defendida em abril, no Departamento de Contabilidade da FEA/USP.

Andrade destaca o fato de os resultados de sua pesquisa dizerem respeito à "má conduta na pesquisa das ciências contábeis", mas avalia que "não encontraríamos resultados muito diferentes se fôssemos para um censo", incluindo todos os campos científicos. Continua


Grupo de cientistas liderado por Miguel Nicolelis sofre cisão

JC e-mail 4308, de 26 de Julho de 2011.

Grupo de cientistas liderado por Miguel Nicolelis sofre cisão


Conflito por acesso a equipamentos está dividindo fundadores do Instituto Internacional de Neurociências.

Um casamento que na década passada prometeu revolucionar a ciência brasileira terminou ontem, com um dos cônjuges literalmente pegando suas coisas e se mudando. Os neurocientistas Sidarta Ribeiro e Miguel Nicolelis, cofundadores do IINN (Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra), estão "divorciados".

Na manhã de ontem, Ribeiro saiu do instituto com um caminhão carregado de equipamentos científicos, como centrífugas e computadores. O material pertence à UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e foi requisitado pela reitora, Ângela Paiva Cruz, para suprir o recém-criado Instituto do Cérebro da universidade, liderado por Ribeiro.

De mudança - Professores da UFRN que compõem a equipe científica do IINN vão deixar o instituto. Dos dez membros da equipe científica listados no site do instituto (natalneuro.org.br), só Nicolelis e o chileno Rômulo Fuentes vão ficar.

Ribeiro pediu à Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia) que transfira para a UFRN aparelhos comprados pelo instituto por R$ 6 milhões, como um microscópio caríssimo, encaixotado há seis meses.

Segundo a Folha apurou, a cisão foi causada por divergências sobre a gestão do instituto, nas mãos de Nicolelis. O professor da Universidade Duke (EUA) preside a Aasdap (Associação Alberto Santos-Dumont), entidade privada que toca o instituto em convênio com a UFRN. Apesar da parceria, ele teria limitado o acesso de alunos e professores da universidade aos equipamentos do IINN, irritando Ribeiro.

A gota d'água aconteceu em junho, quando Ribeiro, escolhido por Nicolelis para ser o primeiro diretor do IINN, em 2005, foi convidado a desocupar sua sala e a deixar de usar a garagem do instituto.

Patrimônio - Procurado pela Folha, Ribeiro não quis comentar a briga, mas disse que quer passar todos os equipamentos do IINN bancados com verba pública à gestão pública. "Os pesquisadores da Aasdap poderão ter acesso a tudo."

A reitora Ângela Paiva confirma que mandou retirar os equipamentos, mas nega a ruptura. "Estamos trabalhando com o Miguel Nicolelis para resolver o conflito."

O pesquisador da UFRN Sérgio Neuenschwander, que acaba de voltar ao Brasil para trabalhar no IINN após 23 anos no Instituto Max Planck, na Alemanha, tem uma visão diferente: "O Nicolelis contribuiu imensamente, mas a gestão dele foi muito destrutiva. Não tem volta." Neuenschwander é um dos proponentes originais do instituto. Em 1995, ele, Ribeiro e Cláudio Mello, hoje na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (EUA), idealizaram uma forma de repatriar neurocientistas brasileiros.

O projeto ganhou forma após Nicolelis assumir sua liderança. Ele bancou a criação da Aasdap com US$ 450 mil do próprio bolso e obteve recursos do Banco Safra estimados em US$ 10 milhões. A gestão público-privada, modelo usado nos EUA, daria mais agilidade à ciência, dizia Nicolelis.

OUTRO LADO - Diretora nega 'racha' entre os pesquisadores
Procurado pela Folha, o neurocientista Miguel Nicolelis não respondeu ao pedido para expor sua visão sobre o "divórcio" entre o instituto que coordena e os cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No entanto, Neiva Paraschiva, diretora-executiva da Aasdap (Associação Alberto Santos-Dumont), órgão presidido por Nicolelis que gere o centro de pesquisas de Natal, nega que haja racha. "Estamos trabalhando para manter e até ampliar a parceria."

Regras - Segundo Paraschiva, os pesquisadores da UFRN estavam descontentes com as regras do instituto para uso de equipamentos e acesso de pessoas e pediram a transferência dos aparelhos. "Tínhamos uma lista de 95 pessoas que podiam frequentar as dependências do instituto e pedíamos que a entrada de pessoas de fora da lista fosse avisada com antecedência", afirma.

Embora concorde que os equipamentos foram obtidos com dinheiro público, ela afirma que "a verba foi conseguida por Nicolelis". Ela atribui a demora na instalação de aparelhos à complexidade deles e à dificuldade de achar mão de obra qualificada na região de Natal.

Paraschiva diz que substitutos para os especialistas que estão encerrando seu vínculo com o instituto estão sendo buscados. "Mas isso não impede que tenhamos parcerias com os antigos colaboradores no futuro."
(Folha de São Paulo)

fonte





Leia também:

Cientistas se afastam de Nicolelis



terça-feira, 26 de julho de 2011

Amy aos 18 anos /// Um jogo de poesia e canto, ainda a ser compreendido







Imagens feitas por um taxista. Áudio em inglês.


Matéria no IG







Via Estadão
Por Francisco Foot Hardman
25.07.2011

Um jogo de poesia e canto, ainda a ser compreendido


No show do Anhembi, em janeiro, seus olhos de menina tímida brilhavam, mas já não escondiam essa "velhice trágica aos 20 anos". Amy, na melhor e mais sublime linhagem do alto romantismo da cultura pop, trouxe para o século 21 a força do canto e da poesia condensadas numa voz que tinha algo do mágico timbre de deusas como Billie Holiday e Janis Joplin. Mas que era unicamente sua, cada vez que iniciava a performance vocal, no que não será jamais igualável. Única, como um sabá na selva do século, do grave ao agudo sem ajuda, judia de North London mas negra no fundo da alma, no black black black mais chorado desde 2006, que nos avisava do desastre sempre próximo, não só de um amor nomeado definitivo porque fugaz, mas da vida como jogo de azar, enquanto em In my Bed - onde mais a verdade pode eclodir como poesia prosaica senão na cama? - anunciava, antiprofeta da eterna rebeldia jovem, da grande recusa, da negação ao unidimensional: "Tudo está caindo devagar / No rio do não retorno".

Recusa que passa por afastar, nesta hora, os monstros da superexposição sensacionalista, os abutres e hienas vorazes da máquina do shw biz e lembrar, como fez Nelson Mota, neste sábado de luto mundial - confluência não arbitrária mas determinada entre os ataques da extrema direita em Oslo-Utoya e o desaparecimento precoce da maior artista musical deste século ("Não posso ajudar, apenas demonstrar meu destino freudiano / (...) História repete-se a si mesma, ela não termina") -, que Amy Winehouse foi uma excelente letrista, compositora de grande parte das faixas originais entre as pouco menos de 50 músicas que perfazem os dois álbuns duplos que lançou, aos 20 e aos 23 anos. Isso tudo se considerarmos a reedição ampliada do seu primeiro álbum, Frank, em 2008. Mas considerando-se a inclusão de diferentes versões de algumas delas, bem como sua interpretação de alguns clássicos do jazz, soul e reggae, chegamos a cerca de 25 composições próprias editadas em vida. Pouco e muitíssimo, o tempo dirá. E depois virão chegando as canções inéditas, da série que trabalhava para o terceiro CD, prometido e postergado desde 2008. Porque isso é fatal como o desejo de qualquer revolução: todo grande poeta musical deixa o desejo de milhões inconcluso.

Essa enorme poeta da canção, garota-mito seguida em coro e baile por multidões no planeta, está ainda por ser devidamente ouvida e compreendida, até por essa identidade primária, sonoro-corporal, com versos às vezes difíceis em seu lirismo nada óbvio, de vocabulário sofisticado, de alguém formada em cultura literária moderna. Isso, apesar dos esforços sérios de críticos e jornalistas ingleses como Paul Flynn e Chas Newkey-Burden, este último autor de uma biografia, concluída há mais de três anos e padecendo, portanto, dos limites inerentes ao gênero e à cronologia - embora super bem intencionada, traço que, por raro, merece ser dito, no mar de pragas emocionais que saturam amyfobicamente as mídias tradicionais e o espaço web.

Amy, sem nunca precisar ir além de seu território preferido de Camden Town, revisitou o melhor do jazz, do soul, do rock e da Black music e os refundiu com a fúria maior da idade heroica e erótica de seus vinte anos. Inventou a sua história como ícone libertária, judia-negra para além de toda fórmula fechada, distraída e atenta a qualquer mistura: "Doce reunião Jamaica e Espanha". Foi-se, negou-se ao "rehab" e à hipocrisia da violência familiar e da indústria cultural.

Não era preciso tanta doação. Nós já aprendemos antes os segredos tristes e alegres da orfandade. Estávamos ali na Bósnia antes que você tropeçasse na Sérvia. Estávamos ali no marco zero das torres gêmeas. E no Afeganistão e no Iraque. E na Palestina. E em Fukushima. E agora na Noruega. E agora você. Oslo-Utoya-London: nada. Não era preciso tanto. Ouço aqui o grito estendido no arco da promessa. Cuja premissa Amy passou, como casa do vinho que nunca faltará: "My tears dry on their own". Lágrimas secam por si mesmas. Resta sua voz, seu jogo de poesia e canto, jogo de azar para sempre.

FRANCISCO FOOT HARDMAN É PROFESSOR DE TEORIA E HISTÓRIA LITERÁRIA NA UNICAMP


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Mapa global da depressão

Via Agência FAPESP
Por Fábio de Castro
26.07.2011


Relatório da OMS sobre depressão
 reúne estudos populacionais em
18 países e indica relação entre o
distúrbio e condições sociais.
 Brasil tem a prevalência mais
alta em 12 meses, com mais de
10% (Foto: Ministério da Saúde)
Agência FAPESP – O episódio depressivo maior (MDE, na sigla em inglês) é uma preocupação considerável para a saúde pública em todas as regiões do mundo e tem ligação com as condições sociais em alguns dos países avaliados.

Essa é a principal conclusão de um estudo que reuniu dados epidemiológicos provenientes de 18 países, incluindo o Brasil. Os resultados foram apresentados no artigo Epidemiologia transnacional do MDE, publicado nesta terça-feira (26/7) na revista de acesso aberto BMC Medicine.

A depressão é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas psicológicos e físicos, associada a altos índices de comorbidades médicas, incapacitação e mortalidade prematura.

Os países foram divididos em dois grupos: alta renda (Bélgica, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos) e baixa e média renda (Brasil – com dados exclusivamente de São Paulo –, Colômbia, Índia, China, Líbano, México, África do Sul e Ucrânia).

De acordo com o relatório, nos dez países de alta renda incluídos na pesquisa, 14,6% das pessoas, em média, já tiveram MDE. Nos 12 meses anteriores, a prevalência foi de 5,5%. Nos oito países de baixa ou média renda considerados no estudo, 11,1% da população teve episódio alguma vez na vida e 5,9% nos 12 meses anteriores. A maior prevalência nos últimos 12 meses foi registrada no Brasil, com 10,4%. A menor foi a do Japão, com 2,2%. Continua


Como nossos filhos

Via Pesquisa Fapesp Online
Por Isis Nóbile Diniz
Edição Impressa 185 - Julho 2011


© DESENHO DE NARA LACERDA FERREIRA, 7 ANOS

A maternidade acentuou a vontade da cardiologista Luciana Savoy Fornari de ingressar profissionalmente no mundo infantil. Ao nascer o primeiro filho, a médica percebeu em casa a transformação que uma criança gera no ambiente familiar. E, pensou, “até que ponto o filho pode influenciar a saúde dos pais?” Ao contrário das questões comuns de como os adultos exercem poder sobre as ações das crianças, a pesquisadora, que faz parte da equipe do cardiologista Bruno Caramelli, do Instituto do Coração (InCor) da Universidade de São Paulo (USP), resolveu estudar o quanto os filhos podem contribuir para uma melhor qualidade de vida do pai e da mãe. Por meio de um programa educacional infantil, o grupo teve uma resposta surpreendentemente afirmativa. Ensinar as crianças sobre os riscos cardiovasculares pode diminuir em cerca de 90% o risco de os pais apresentarem doenças relativas ao coração. Continua

Adolescentes obesas acreditam que ser magro é ser feliz

Via Agência USP de Notícias
Por Victor Francisco Ferreira - victor.francisco.ferreira@usp.br
25.07.2011

Para adolescentes obesas, ser magro é fazer parte da sociedade, ser feliz, bem-sucedido, vencedor. Essa é a conclusão da dissertação de mestrado A representação social de um corpo magro por adolescentes obesas, defendida em maio de 2011 por Dressiane Zanardi Pereira na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, sob orientação de Fernando Lefèvre.
No primeiro semestre de 2010, Dressiane entrevistou individualmente 32 alunas participantes do Programa de Atividades ao Paciente Obeso (Papo), oferecido gratuitamente desde 1996 por uma equipe de profissionais multidisciplinar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O Papo tem por objetivo envolver as adolescentes em práticas de atividade física, alimentação adequada e autoconhecimento, além da diminuição do excesso de peso. As adolescentes passavam por uma seleção antes de serem aceitas no programa. A turma entrevistada pela pesquisadora era composta por garotas entre 13 e 16 anos, com condições sociais e físicas semelhantes. Essa triagem evitaria que alguma delas se sentisse excluída dentro da turma. Continua

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cantoras em hi fi

Via RCB
Apresentado originalmente em 24 de julho de 2011
Apresentação: Roberta Martinelli
Produção e roteiro: Eduardo Weber





AQUI!



SP lança site para alertar sobre a exposição ao vírus HIV

Via Estadão
25.07.2011


Pessoa que tem relação sexual sem camisinha, por exemplo,
é um dos públicos alvo da iniciativa





SÃO PAULO - A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lançou este mês um site específico relacionado à profilaxia pós-exposição (PEP) ao vírus HIV, como forma de prevenção da infecção pelo vírus utilizando-se os medicamentos que fazem parte do coquetel para tratamento da Aids. Continua


25 de julho, Dia internacional da mulher afro-latina-americana e caribenha, em Belém, PA

Via EcoDebate
25.07.2011


“Meu cabelo é bom! Ruim é o racismo!”

O dia será marcado em Belém com várias atividades com direito à manifestação em via pública, cineclube e roda de conversa, com foco na violência doméstica e com o racismo no cotidiano da mulher negra.

Uma vasta programação agitará a capital paraense nesse 25 de julho. Pela manhã, a Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB e o Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense – FMAP lançam a Campanha Nacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres Negras com o foco no racismo. A campanha será lançada em várias capitais brasileiras e em Belém, inicia às 10h30 com um “Cabelaço Feminista”, uma ação de rua com performance no Pátio Belém e concentração em frente ao shopping.

O termo cabelaço não é toa, porque a campanha nacional tem como foco a valorização do cabelo “negro”, “afro”, “crespo”, que é objeto da discriminação, aliás, uma das formas mais cruéis do racismo, sofrida pelas mulheres negras desde a infância. “Meu cabelo é bom! Ruim é o racismo!”, é o lema da campanha. Continua

Manifesto contra redução de Unidades de Conservação no Tapajós


EXTERMINADORES DE SONHOS E VIDAS

MANIFESTO CONTRA A REDUÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS NO TAPAJOS


Não creio que o tempo
Venha comprovar
Nem negar que a História
Possa se acabar
Basta ver que um povo
Derruba um czar
Derruba de novo
Quem pôs no lugar
(Gilberto Gil)


No mundo da opressão, da truculência, do neototalitarismo, do mercado, do consumo, do capital, a irracionalidade é soberana. O fim dos tempos não é força de expressão, é literal. O fim da história deixa de ser teoria liberal para representar o fim da humanidade. São os exterminadores de sonhos e de vidas.

Madeira, Araguaia, Tocantins, Xingu, Teles Pires, Jamanxin, Tapajós, não são mais rios. São fontes energéticas para as grandes empresas, indústrias, mineradoras. São fontes de dinheiro fácil e certo, recursos públicos para empreiteiras. São fontes de poder, conchavos, acordos espúrios que alimentam governos, empresários e políticos corruptos.

O Complexo Hidrelétrico do Tapajós, projeto que engloba a construção de 05 grandes barragens nos rios Tapajós e Jamanxin, Estado do Pará, apresentado pelo governo brasileiro em 2009, entre outros danos alagará mais de 200 mil hectares de florestas preservadas, localizadas em Unidades de Conservação Federais e Terras Indígenas.

Os técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) realizaram análise sobre o projeto apresentado pelo governo, e informaram através do Memorando nº31/2011 que “O projeto apresentado não indica nenhuma medida mitigadora, ou faz referencia sobre quais as providências que serão tomadas em relação à vegetação e a fauna que serão atingidas pelo alagamento”.

A genial saída que o governo encontrou para poder inundar Unidades de Conservação que legalmente não podem ser afetadas, algumas destas criadas há quase 40 anos, é emitir uma Medida Provisória reduzindo o tamanho destas áreas. Assim, como num fantástico passe de Leon Mandrake, o problema desaparece. Cômico ou trágico?

Em nome de um desenvolvimento autofágico o governo brasileiro, desvairadamente, alucinadamente, segue com seu plano de barrar os rios, obstaculizando a vida na Amazônia. Não existem considerações técnica ou parâmetros jurídicos que o faça recuar desta insanidade.

Com tudo isso, nos manifestamos contra a redução no tamanho das Unidades de Conservação no Tapajós, locais que contribuem com a vida e o futuro de ribeirinhos, indígenas, quilombolas, extrativistas, pescadores, povos das zonas rurais e urbanas. Exigimos que o governo brasileiro abandone completamente este projeto de destruição e morte, que apenas beneficiará os donos das grandes industrias, empreiteiras e mineradoras, e incrementará o caos social e ambiental na região.

Acreditamos que a saída para os povos do Tapajós é continuar resistindo. Lutando pela vida dos rios, da floresta, pelas suas próprias vidas, de seus pais, de seus filhos. Mostrando que o fim da história ainda não chegou, pois o fim da história é a felicidade para os seres humanos, e não para o mercado e o lucro econômico.

Itaituba, Santarém e Belém, 15 de julho de 2011

ASSINAM ESTA NOTA:
- Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC)
- Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG)
- Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará (AITESAMPA)
- Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA)
- Associação dos Concursados do Pará (ASCONPA)
- Comissão Pastora da Terra (CPT/PA)
- Conselho Indigenista Missionário Regional Norte II (CIMI)
- Comitê Dorothy
- Companhia Papo Show
- Coletivo de Juventude Romper o Dia
- Central Sindical e Popular CONLUTAS
- Diretório Central dos Estudantes/UFPA
- Diretório Central dos Estudantes/UNAMA
- Diretório Central dos Estudantes/UEPA
- Federação de Órgãos para Assistência social e educacional (FASE – Amazônia)
- Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP)
- Fundação Tocaia (FunTocaia)
- Fórum da Amazônia Oriental (FAOR)
- Fórum Social Pan-amazônico (FSPA)
- Fundo Dema/FASE
- Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB)
- Instituto Amazônia Solidária e Sustentável (IAMAS)
- Instituto Universidade Popular (UNIPOP)
- Instituto Amazônico de Planejamento, Gestão Urbana e Ambiental (IAGUA)
- Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade do Estado do Pará (MMCC-PA)
- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
- Movimento Luta de Classes (MLC)
- Mana-Maní Círculo Aberto de Comunicação, Educação e Cultura
- Movimento Hip-Hop da Floresta (MHF/NRP)
- Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
- Partido Comunista Brasileiro (PCB)
- Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU)
- Rede de Educação Cidadã (RECID)
- Rede de Juventude e Meio Ambiente (REJUMA)
- Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH)
- Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Pará (SINTSEP/PA)
- Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN)
- Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Gestão Ambiental do Estado do Pará (SINDIAMBIENTAL)
- Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Belém e Ananindeua
- Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre – ANEL Santarém
- Rede de Mulheres Empreendedoras Rurais da Amazônia (RMERA)
- Instituto Humanitas
- Movimento Xingu Vivo para Sempre
- Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Altamira Campo e Cidade
- Associação de Agricultores e Agricultoras da Volta Grande do Xingu
- Associação dos agricultores e Ribeirinhos do PDS Itatá
- Mutirão Pela Cidadania
- Movimento Negro da Transamazônica e Xingu
- Intersindical/Brasil
- Movimento Estudantil Contraponto
- MLP/Resistência Urbana
- Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Previdência, Saúde, Trabalho e Assistência Social no Estado do Pará – SINTPREVS-PA
- Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará – SINTEPP
- Mandato da Senadora Marinor Brito (PSOL/PA)
- Mandato do Deputado Estadual Edmilson Rodrigues (PSOL/PA)
- Circulo Palmarino
- Associação dos Sambistas do Pará
- Instituto Madeira Vivo (IMV)
- Pastorais Sociais da Diocese de Santarém e a CPT Santarém
- Terra de Direitos
- APA-TO – Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins
- ABO – Associação Brasileira dos Ogãs
- AOMT BAM – Associação das Organizações das Mulheres Trabalhadoras do Baixo Amazonas
- AART -AP – Associação de Artesãos do Estado do Amapá
- ACANH – Associação de Comunicação Alternativa Novo Horizonte
- ADCP – Associação de Divisão Comunitária e Popular
- AGLTS – Associação de gays, lésbicas e transgêneros de Santana
- AMQCSTA – Associação de Moradores Quilombolas da Comunidade de São Tomé do Aporema
- AMAP – Associação de Mulheres do Abacate da Pedreira
- AMVQC – Associação de Mulheres Mãe Venina do Quilombo do Curiaú
- APREMA – Associação de Proteção ao Riacho Estrela e Meio Ambiente
- AEM – Associação Educacional Mariá
- ASSEMA – Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão
- APACC – Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes
- ACUMNAGRA – Associação Sociocultural de Umbanda e Mina Nagô
- Encanto – Casa Oito de Março – Organização Feminista do Tocantins
- CEDENPA – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará
- CENTRO TIPITI – Centro de Treinamento e Tecnologia Alternativa Tipiti
- CPCVN – Centro Pedagógico e Cultural da Vila Nova
- CPDC – Centro Popular pelo Direito a Cidade
- CJ-PA – Coletivo Jovem de meio Ambiente do Pará
- COMSAÚDE – Comunidade de saúde, desenvolvimento e educação
- CONAM – Confederação Nacional das Associações de Moradores
- COMTRABB – Cooperativa de Mulheres Trabalhadoras da Bacia do Bacanga
- COOPTER – Cooperativa de Trabalho, Assistencia Técnica, Prestação de Serviço e Extensão Rural
- FAMCOS – Federação das Associações de Moradores e Organizações Comunitárias de Santarém
- FECAP – Federação das Entidades Comunitárias do Estado do Amapá
- FECARUMINA – Federação de Cultos Afroreligiosos de Umbanda e Mina Nagô
- FÓRUM CARAJÁS – Fórum Carajás
- Fórum dos Lagos – Fórum de Participação Popular em Defesa dos Lagos Bolonha e Água Preta e da APA/Belém
- FMS BR-163 – Fórum dos Movimentos Sociais da Br 163 Pa
- GHATA – Grupo das Homossexuais Thildes do Amapá
- GMB – Grupo de Mulheres Brasileiras
- ISAHC – Instituto de Desenvolvimento Social e Apoio aos Direitos Humanos Caratateua
- IMENA – Instituto de Mulheres Negras do Amapá
- EcoVida – Instituto ECOVIDA
- ISSAR – Instituto Saber ser Amazônia Ribeirinha
- ITV – Instituto Trabalho Vivo
- SNDdeN – Irmãs de Notre Dame de Namur
- MMM – AP – Marcha Mundial das Mulheres
- MSTU – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Urbano
- MMIB – Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém
- MOEMA – Movimento de Mulheres Empreendedoras da Amazônia
- MOPROM – Movimento de Promoção da Mulher
- MRE – Movimento República de Emaús
- Mulheres de Axé – Mulheres de Axé
- SINDOMESTICA – Sindicato das Empregadas Domésticas do Estado do Amapá
- STTR/STM – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém
- SINDNAPI – AP – Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical
- STTR MA – Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais
- SDDH – Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos
- UFCG – União Folclórica de Campina Grande
- CPT Santarém
- Diretório Acadêmico Honestino Guimarães – Fundação Santo André (S.P)
- Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade da BR 163 e Transamazônica
- Movimento Tapajós Vivo
- Aliança em Defesa dos Rios da Amazônia
- Rede Emancipa – Movimentos Social de Cursinhos Populares
- Juntos! Juventude em luta

Colaboração de Dion Monteiro para o EcoDebate, 25/07/2011

Um concurso de Miss Brasil bem infantil

Via Estadão
Por Paulo Sampaio
25.07.2011


Qualquer uma pode ser candidata, mas tem de pagar a inscrição e trazer dezenas de lembrancinhas para todas as concorrentes e jurados

O elevador do Hotel Parnaso tem capacidade para seis pessoas, mas, no momento, sobe com 5 e uma mala das grandes - quase do tamanho de uma participante do concurso Miss Brasil Infantil, cuja 13.ª edição foi disputada no sábado, em um auditório de Balneário Camboriú, litoral norte de Santa Catarina. O Centro de Convenções Itália, onde as garotas concorreram, fica a menos de 100 metros.

A mala é da maranhense Jarcilene Bogéa, de 37 anos, mãe da candidata Bruna, de 7. Ela conta que leva ali dentro mais de 100 lembrancinhas. Lembrancinhas? "Sim, as candidatas têm de trazer algo típico de sua terra para dar a cada uma das concorrentes e também aos jurados", explica.

Durante pelo menos dois dias, Jarcilene foi vista entre o hotel e o auditório, pelas calçadas, carregando estoicamente o malão vermelho. Graças ao patrocínio do pai de Bruna, Sérgio Bogéa, que é prefeito pelo PMDB de Primeira Cruz, na região de Lençóis Maranhenses, a menina teve a companhia também de sua cabeleireira, do estilista, da prima e da tia - a irmã de Jarcilene, Jardilene. Continua

Mansões são construídas em áreas do Incra que seriam destinadas a famílias carentes

Fantástico
24.07.2011






texto



Falta de reagentes faz governo limitar exame de carga viral em paciente com Aids

Via Estadão
24.07.2011


Secretarias estaduais de Saúde devem priorizar testes em gestantes e crianças de até 4 anos

Agência Brasil

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde decidiu limitar os exames de carga viral em pessoas com Aids por causa da falta de reagentes usados no teste que checa a quantidade do vírus HIV no sangue e acompanha a eficácia do tratamento.

O baixo estoque de reagentes é resultado da paralisação de uma licitação feita pelo ministério para comprar testes mais modernos e rápidos. O processo foi contestado várias vezes por empresas participantes.

Em nota técnica, o ministério orienta as secretarias estaduais de Saúde a dar prioridade aos testes em gestantes e crianças de até 4 anos infectadas. De acordo com o diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, o infectologista Dirceu Greco, os dois grupos são considerados prioritários porque a carga viral interfere no parto e no tratamento precoce das crianças.

No caso dos pacientes em tratamento, com carga viral estável ou com exame marcado, a recomendação é colher e congelar as amostras de sangue para que sejam testadas quando o fornecimento estiver normalizado. A previsão de Greco é que os exames atrasem em um ou dois meses. Segundo ele, isso não deve atrapalhar o tratamento, mas é um transtorno para os pacientes. Continua


domingo, 24 de julho de 2011

Do Moinho para África // África, uma Grande Familia

Para a Dodô com toda
minha admiração,
carinho e respeito.
Viva Recife, Viva o Paturi,
Viva o Rose Rouge!!!!!!!



Da viagem à Africa do Sul para uma visita a lugares sagrados e um contato com o trabalho espiritual de Leslie Temple Thurston, surgiu a idéia de um documentário de re-conexão com as origens africanas.


Filmado na chapada dos veadeiros, no povoado do moinho, a historia dos descendentes de africanos, indios e portugueses, no interior de Goias. (Aldeia Maiana)



Do Moinho para África












África, uma Grande Familia









A patrulha do amor

Via Época
21.07.2011
Por RUTH DE AQUINO


Era uma festa de interior paulista em São João da Boa Vista. O pai, de 42 anos, abraçou o filho, de 18. Eles se veem uma vez por mês. “A gente fica no maior chamego, é a saudade”, disse o pai. Um grupo de seis homens se aproximou e perguntou se eles eram gays. O pai ainda respondeu que não. Foi desacordado por um soco no queixo. Sua orelha direita foi decepada por um dos agressores. Era um serralheiro de 25 anos que odeia homossexuais.

O serralheiro, preso dias depois, foi solto logo. E provavelmente só se arrepende pelo erro de avaliação: se pai e filho fossem um casal, teriam merecido o castigo. Ele é um entusiasta da tese defendida pelo deputado federal Bolsonaro: pais devem dar palmadas em filhos com “desvios” para “curar a doença” que está destruindo a família brasileira.

Essa legião homofóbica é muito maior do que se pensa em nosso país. Ela começa a sair do armário. Os novos direitos iguais dos gays cumprem uma função importante: mostram quem é quem. Preconceitos ficavam escondidos pela legislação discriminatória. Agora, emergem com fúria viril e religiosa. Agressões como essa e tantas outras terão de ser punidas exemplarmente, até que a sociedade se civilize e se modernize. O racismo é crime? A homofobia também precisa ser crime.

“Estava eu, meu filho, minha namorada e a namorada dele. Elas foram no banheiro. Aí eu peguei e abracei ele”, contou o pai, vendedor autônomo que vive numa chácara em Vargem Grande do Sul, cidade vizinha. O filho mora com a mãe em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. “Passou um grupo, perguntou se nós éramos gays, eu falei ‘lógico que não, ele é meu filho’. Ainda falaram: ‘Agora que liberou, vocês têm que dar beijinho’. Houve um empurra-empurra, eles foram embora, mas voltaram. Não sei se eu tomei um soco, apaguei. Quando levantei, senti. A minha orelha já estava no chão, um pedaço.” Uma mulher pegou o pedaço da orelha e colocou em um copo com gelo. No hospital, os médicos disseram que a orelha foi decepada por algum objeto cortante e muito bem afiado. “Não se pode nem mais abraçar um filho”, disse o autônomo.

Esse episódio dantesco numa festa agropecuária não choca apenas pelo ódio aos gays. Parece cada vez mais difícil ser pai amoroso quando, por todo lado, espreita a malícia alheia. Há dois anos, em setembro de 2009, um turista italiano foi preso por acariciar e beijar com “selinhos” a filha de 8 anos numa piscina pública em Fortaleza. Um casal de Brasília chamou a polícia. Estavam indignados com o “gringo pedófilo”. Ele branco, ela mais escura. A menina era filha do italiano com uma brasileira. A mulher também estava na piscina e protestou quando levaram o marido.

Pode-se entender o engano inicial numa região como o Nordeste, onde a prostituição infantil e o turismo sexual são uma tragédia quase oficial. Mas, mesmo depois de esclarecer que o italiano era pai da menina e estava com a mulher, como explicar sua detenção por dez dias de férias? Foi liberado sem pedido de desculpas. Daqui a pouco, um pai não poderá mais ajeitar o biquinizinho da filha, levar a menina ao banheiro, colocar no colo, abraçar e beijar.

Essa polícia do comportamento afetivo é dura, humilhante e cultural. Persegue sobretudo os homens. Em vários países, beijos entre heterossexuais não põem em dúvida sua masculinidade. São expressões de carinho. No Brasil, é mais complicado. Escrevi uma vez sobre o simbolismo de homens fantasiados de mulher no Carnaval. “O homem se veste de mulher porque quer ser mais afetivo de maneira escancarada, sair beijando todos, de qualquer sexo. Homem afetivo, nos outros dias do ano, é coisa de gay”, diz o psicoterapeuta Sócrates Nolasco. “É um momento do ano em que ele não precisa afirmar sua masculinidade. Mulher pode ser afetiva, carinhosa, extrovertida, e nem por isso será tachada de piranha.”

Deve ser cansativo e frustrante tentar se enquadrar o tempo todo no que a sociedade espera do macho. As novas gerações de homens deveriam fazer uma revolução.


fonte


Redes sociais para fiscalizar trabalho de parlamentares

Via blog do Noblat
24.07.2011

Adauri Antunes Barbosa, O Globo

Uma rede social que inclui compulsoriamente informações sobre as atividades de senadores, deputados e até vereadores pode mudar a maneira de o eleitor encarar o candidato que elegeu, conforme proposta do professor Luli Radfahrer, da Escola de Comunicação e Arte (ECA), da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo ele, a ideia é fazer com que todas as atividades dos parlamentares sejam postadas nesse sistema e automaticamente repassadas para as redes sociais já conhecidas, como Facebook, Orkut e Twitter.

- Esse seria um sistema supersimples, que poderia ser desenvolvido sem qualquer dificuldade com software livre, ou seja, com custo zero. O custo seria, digamos, da mão de obra. Aí você pode seguir o seu deputado, entre seus amigos, em qualquer rede social da qual você já faz parte e vai ficar sabendo tudo que ele está fazendo - explicou Luli, que trabalha com internet desde 1994 e é PhD em Comunicação Digital pela ECA-USP.

sábado, 23 de julho de 2011

Morre Amy Winehouse

Ki pena!!!
Como canta!!!!








AQUI!     AQUI!



Amy Winehouse - Músicas (I)

Amy Winehouse - Músicas (II)



Corpo Artificial

Na Isto É
Por Cilene Pereira e Rachel Costa :





AQUI!



Tiroteio deixou 80 mortos em ilha na Noruega, diz polícia

Via Estadão
BBC-Brasil
23.07.2011


Suposto atirador é norueguês, tem 32 anos e nenhum elo aparente com grupos islâmicos, segundo autoridades. Atentado a bomba em Oslo deixou mais sete mortos.


O número de mortos em um tiroteio em uma ilha norueguesa subiu para 80 na noite desta sexta-feira, 22, informou a polícia do país. O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, classificou o episódio como a "pior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial". Stoltenberg fez a declaração em um pronunciamento à população na manhã deste sábado, 23, após a polícia ter indicado que 80 pessoas morreram na ilha.

O ataque na ilha ocorreu por volta das 10h30 de Brasília, duas horas depois do atentado com um carro-bomba no complexo governamental de Oslo, que deixou sete mortos e 15 feridos.

A tragédia ocorreu quando, segundo relatos, um homem vestido de policial chegou à ilha de Utoeya, perto de Oslo, e começou a atirar contra jovens que participavam de um acampamento do Partido Trabalhista (do governo) no local. Havia cerca de 600 jovens no encontro; inicialmente, relatos deram conta de que o episódio resultara em cerca de dez mortes.

Mas um porta-voz da polícia norueguesa, Anders Frydenberg, confirmou por telefone à BBC que muitos outros corpos foram encontrados. É o pior ataque ocorrido na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial. Continua


***


Leia Também:
Noruega: suposto atirador se diz 'conservador e cristão'






sexta-feira, 22 de julho de 2011

Torturada por un poema

No El Mundo:





AQUI!



Conselho de Medicina rejeita cirurgia polêmica de redução do estômago

Via Estadão
Por Fernanda Bassette
22.07.2011

Instância máxima do CFM decide contra a inclusão da técnica na lista de procedimentos regulamentados pelo órgão; cirurgia, que promete curar diabete, foi aplicada no apresentador Fausto Silva com sucesso, mas há pacientes com sequelas graves

Em decisão consensual, o pleno do Conselho Federal de Medicina (CFM) - instância máxima da entidade - rejeitou incluir na lista dos procedimentos regulamentados pelo órgão a cirurgia de redução de estômago criada pelo médico Áureo Ludovico de Paula. Considerada experimental, a técnica promete curar a diabete.

A cirurgia - chamada gastrectomia vertical com interposição de íleo - ficou conhecida em 2009 depois que o apresentador Fausto Silva declarou em seu programa que havia se submetido a uma operação de redução de estômago para perder peso e curar a diabete. À época, foi divulgado que a técnica não era regulamentada e, por isso, não poderia ter sido realizada.

A decisão põe um ponto final na discussão em torno do assunto, pelo menos até que sejam apresentados estudos que comprovem sua eficácia e segurança. Por enquanto, a técnica está proibida (mais informações nesta página). "Consideramos que a gastrectomia vertical com interposição de íleo precisa de mais estudos para ser autorizada", disse Roberto d"Ávila, presidente do CFM. Segundo o Ministério Público Federal, ao menos dez pacientes submetidos à técnica tiveram sequelas graves. Continua

Recém-concluídos, portos de R$ 44 mi são reformados

Via blog do Josias de Souza
22.07.2011





Nem só de propinas e superfaturamentos é feito o descalabro do Ministério dos Transportes. Há também a má qualidade das obras "executadas".

Depois de “inagurados”, cinco portos fluviais, quatro deles concluídos no ano passado, tiveram de ser refeitos ou reformados. Continua


Nota da assessoria de Cabral sobre aluguel de jatinhos

Via blog do Noblat
22.07.2011


Recebi a seguinte nota da assessoria do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ):

"Diferentemente do que informa a reportagem “Cabral aumenta em 131% gasto com jatinhos”, publicada pelo Estado de São Paulo (21/07), o valor pago pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro à Líder Táxi Aéreo pelo aluguel de aviões, entre 16/07/07 e 15/07/11, foi de R$ 7.307.421,57.

O Governo do Estado reitera que, nas prorrogações anuais do contrato, permitidas por lei, os reajustes se referem à correção monetária pelo IGP-M.

As prorrogações do contrato com a Líder Táxi Aéreo foram feitas de acordo com o que permite a Lei 8666 – que estabelece que uma licitação pode ser renovada por até 5 anos. A mais recente prorrogação do contrato foi publicada na página 54 do Diário Oficial do último dia 15/07.

Em relação ao fato de o Secretário-Chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, ter representado a Líder Táxi Aéreo em uma causa na Justiça quando ainda era sócio de escritório de advocacia, cumpre informar que tal atuação ocorreu em ação de 1999, oito anos antes, portanto, de integrar o Governo do Estado. Desde que passou a integrar o Governo, o secretário deixou de ser sócio do escritório e se afastou completamente de qualquer atividade nele."

Leia também Cabral abre concorrência para comprar novo helicóptero

fonte

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Não deixe de ler:
- Na cidade de SP, os negociante$ do PR ‘foram à feira’
- #indignados
- atentado em Oslo


Diretor afastado da Valec é suspeito de usar informação privilegiada para comprar fazendas

Jornal Nacional
21.07.2011






Prefeito de Martinópolis (SP) proíbe funcionários de protestar contra atraso de salários

Jornal Nacional
21.07.2011







quinta-feira, 21 de julho de 2011

Turismo repassa R$ 52 mi a ONG dirigida por suspeito

Via blog do Josias de Souza
21.07.2011

Dilma Rousseff ainda nem terminou de limpar o setor dos Transportes e o noticiário já traz novos focos de sujeira.

O repórter Jailton de Carvalho descobriu sob o tapete do Ministério do Turismo um lote de três convênios esquisitos.

Resultaram no repasse de R$ 52 milhões a uma ONG chamada IBH (Instituto Brasileiro de Hospedagem).

Coisa destinada ao financiamento de cursos à distância para preparar mão de obra para a Copa de 2014 –mensageiros, recepcionistas e gerentes de hotel.

Preside o IBH César Gonçalves, um empresário que responde a duas ações do Ministério Público por suposta improbidade administrativa.

Gonçalves dirigiu a estatal de turismo do governo do DF, a Brasíliatur. Deixou o posto, há três anos, sob denúncias de desvios. Daí as ações.

Nessa época, governava o DF José Roberto Arruda –aquele que renunciou depois que o mensalão do DEM carbonizou o que lhe restava de prestígio e de mandato.

Dos três convênios que abriram o caixa do Turismo à ONG, dois foram firmados sob Lula (R$ 9,9 milhões e R$ 16,8 milhões). O outro, sob Dilma (R$ 25,5 milhões). Continua


Busca por 'alívio imediato' causa endividamento, diz psicanalista

Via G1
Por Daniel Buarque
20.07.2011


Dívidas são fonte de estresse muito séria, dizem pesquisadoras.
Neuroeconomia explica que compra é disputa entre razão e emoção.

Existem razões psicológicas e até neurológicas que ajudam a explicar o aumento do endividamento da população brasileira. Para pesquisadores da psicologia econômica e da neuroeconomia, o endividamento está ligado especialmente à falta de autocontrole no consumo e à busca por uma compensação, um alívio para impulsos.

Segundo a psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira, esse comportamento está ligado à dinâmica psíquica das pessoas. “Somos movidos por impulsos que buscam um alívio imediato. A gente sempre se encontra em uma situação de falta e nunca estará plenamente satisfeito, mas fica muito fácil cair na ilusão de que comprar determinados produtos fará a gente chegar a um estágio de satisfação total, de plenitude”, disse ao G1 a psicanalista e doutora em psicologia econômica pela PUC-SP, autora dos primeiros livros sobre o tema no Brasil.

“É uma ilusão, mas a gente gosta de se iludir. A vida é dura, então acabamos buscando conforto em algumas ilusões, e esta é uma delas.” Segundo ela, as pessoas que ficam com dívidas demais normalmente se deixam influenciar pelas circunstâncias externas. “No lugar de ela tomar decisões por conta própria, ela fica muito influenciada pelos outros, pelo que vê ao redor dela”, disse. Continua

Cabral aumenta em 131% gasto com jatinhos

Via Estadão
Por Alfredo Junqueira e Bruno Boghossian / RIO
21.07.2011

O governo do Estado do Rio aumentou seus gastos com o aluguel de jatos executivos em 131% durante a administração Sérgio Cabral (PMDB). O governador, que admitiu recentemente ter utilizado aeronave emprestada pelo empresário Eike Batista para compromissos particulares e profissionais, destinou R$ 10,25 milhões para a Líder Táxi Aéreo entre os dias 16 de julho de 2007 e 15 de julho deste ano. Nos quatro anos da gestão de Rosinha Garotinho, antecessora de Cabral, a mesma empresa recebeu R$ 4,43 milhões.

Vencedora de licitação promovida pelo atual governo, a Líder foi contratada por R$ 2,31 milhões e recebeu outros R$ 7,93 milhões em três aditivos nos anos seguintes. Durante o governo de Rosinha, a Líder assinou um termo inicial de R$ 606,3 mil e firmou seis aditivos que somaram R$ 3,82 milhões. Os dados são do Sistema de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem).

Na última sexta-feira, o governo do Rio prorrogou mais uma vez o contrato com a Líder. O valor do aditivo ficou em R$ 2,95 milhões, a primeira prorrogação no segundo mandato de Cabral.

As licitações, contratações e prorrogações da Líder são responsabilidade da Secretaria de Estado da Casa Civil do governo do Rio. Seu titular, Regis Fichtner, braço direito de Cabral, era sócio do escritório de direito Andrade & Fichtner Advogados até dezembro de 2006. A banca representa a empresa de táxi aéreo em 13 ações que tramitam na Justiça. Regis atuou em processos como advogado da Líder, mas foi substituído por seus sócios quando foi para o governo.

Atualmente, as aeronaves da Líder são utilizadas pelo governador, seus secretários de Estado e principais assessores. Apesar da administração estadual ter um contrato fixo com a empresa, Cabral admitiu ter utilizado o jato de Eike Batista para viajar à Dinamarca, em 2009, para defender a candidatura do Rio à sede da Olimpíada de 2016, e para passear no litoral da Bahia, no mês passado, a fim de participar dos festejos de aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta Construções. Continua


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O Rio está minado!

Via Band News/UOL
20.07.2011








quarta-feira, 20 de julho de 2011

Belo Monte traz 'pesadelo' logístico para empresas

Via amazonia.org.br
18.07.2011

Local: São Paulo - SP
Fonte: Valor Econômico
Link: http://www.valoronline.com.br/


André Borges

Uma das maiores obras de engenharia em curso no mundo, a usina hidrelétrica de Belo Monte terá de ser construída no meio da selva a partir do nada e criar até mesmo a infraestrutura que torne possível sua existência - um pesadelo logístico de R$ 26 bilhões

Peças de até 300 toneladas terão de vir pelo rio Xingu para um porto ainda inexistente. O atual vive do tráfego de pequenas embarcações para transporte de passageiros e serve para pouca coisa. Um ambiente de trabalho para 22 mil pessoas vai requerer um aeroporto de porte compatível e o de Altamira, feito apenas para aviões pequenos, dará lugar a outro em que pousem Boeings. Não é uma tarefa fácil. A Infraero chegou a lançar o edital para a reforma, mas com a dificuldade de abastecimento e de acesso à região, nenhuma empreiteira se candidatou.

A péssima Transamazônica, a BR-320, que se torna ainda pior no Pará, onde será erguida a hidrelétrica, precisará de 700 km asfaltados para a construção da usina. Para movimentação de obras, homens e material, mais 400 km de estradas terão de ser abertas.

Se esses desafios fossem pouco, a natureza coloca vários outros, alguns intransponíveis. Nos próximos meses começam a desembarcar unidades da série de 700 máquinas para as obras - de caminhões a retroescavadeiras, um total de R$ 4,5 bilhões em equipamentos - que virão principalmente pelo rio Xingu. A oscilação de vazão entre períodos de cheia e de baixa do rio é grande e muda o calendário dos trabalhos. "Quando se fala de janela hidrológica, não é brincadeira. Nessa região você trabalha seis, sete meses por ano. O resto do tempo é procurar um jeito de trabalhar", diz Luiz Fernando Rufato, diretor de construção do consórcio Norte Energia, responsável pelas obras.

Canteiros pioneiros, com tendas e ar-condicionado, começaram a ser erguidos no meio da mata. Funcionários passarão seis meses nessas bases provisórias, para construir os três canteiros definitivos e quatro refeitórios que, juntos, produzirão até 70 mil refeições por dia. Neles, haverá quartos com camas individuais, casa lotérica, caixa bancário, templo religioso, centros de lazer, lan house e lanchonete para vender, inclusive, cerveja. Para reduzir a chance de conflitos, como os que ocorreram nas obras do rio Madeira, a contratação da mão de obra local terá prioridade. Treze mil trabalhadores já se inscreveram, e só 287 são forasteiros.

Crises políticas são inimigas imprevisíveis de Belo Monte. A suspensão temporária das licitações feitas pelo Dnit, do Ministério dos Transportes, poderá afetar a pavimentação da Transamazônica.

Energia: Infraestrutura precária exige plano detalhado para não atrasar obra

Bastaria camuflar máquinas e homens para que os primeiros movimentos que começam a se espalhar no entorno de Altamira (Pará) se confundissem com uma complexa operação do Exército. Não é nada disso. Mas o engenheiro Luiz Fernando Rufato prefere lançar mão de expedientes militares para definir o clima que passou a tomar conta das margens do rio Xingu. "Começamos uma campanha de guerra. Estamos longe de tudo e temos prazo para garantir o trânsito livre na região. Nosso desafio se chama logística, e nós começamos a enfrentá-lo", diz.

Rufato é diretor de construção do consórcio Norte Energia, grupo de empresas responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte. Há dez dias, as primeiras máquinas que abrirão caminho até os pontos onde serão instalados os canteiros de obra desembarcaram no município de Vitória do Xingu. São as primeiras ações práticas depois que o Ibama liberou a licença de instalação da obra e virou a página de 35 anos de alterações de projeto, protestos e críticas sem fim.

Os primeiros funcionários já estão em treinamento, aprendendo em videogames como operar caminhões, retroescavadeiras. Hoje são algumas centenas de homens trabalhando em um pequeno centro de treinamento, em Altamira. Em três anos, haverá 22 mil pessoas distribuídas em três canteiros de obra, no meio da mata da Volta Grande do Xingu, a cerca de 80 quilômetros dali.Os canteiros pioneiros, montados com tendas e ar condicionado, começaram a ser erguidos no meio da mata. Funcionários passarão seis meses nessas bases provisórias, para construir os três canteiros definitivos e quatro refeitórios que, juntos, terão capacidade de produzir 70 mil refeições por dia.

A complexidade logística de Belo Monte, empreendimento orçado em R$ 26 bilhões, vai exigir todo o tipo de obra viária para que, durante seus nove anos de construção, o empreendimento transcorra como planejado. Para tanto, o aeroporto de Altamira terá de ser ampliado e a rodovia Transamazônica, finalmente pavimentada. Outros 400 quilômetros de estrada serão abertos. No rio Xingu, o consórcio vai construir um novo porto, para apoiar a chegada de máquinas pesadas, parte delas vindas de outros países.

Para reduzir dificuldades, o consórcio construtor tem priorizado a contratação de quem vive na região. Mais de 13 mil pessoas se cadastraram para trabalhar na obra. Dessas, só 287 não são da região. "O ideal seria contratar as 22 mil pessoas nos municípios próximos da obra, mas não será possível. Por isso, vamos treinar e contratar todos que conseguirmos", diz Rufato.

Na cabeça dos gestores de Belo Monte está a preocupação de evitar os problemas que macularam as obras das usinas do Madeira, em Rondônia, além de dar uma resposta positiva à enxurrada de críticas que prevê o caos social, com a chegada de milhares de pessoas a uma região que é carente de todo o tipo de serviço básico. Nos canteiros, estão previstos quartos com camas individuais, e não beliche. Os locais terão casa lotérica, caixa bancário, templo religioso, centros de lazer, lan house e lanchonete vendendo de tudo, inclusive, cerveja. "E com álcool", completa Rufato. "Se você não consegue controlar algo, não adianta proibir. Mas quem quiser, vai ter de pagar um preço alto."


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Belo monte de asneiras, por Kurt Trennepohl

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A falta dos grandes predadores

Via Agência FAPESP
19.07.2011

Agência FAPESP – O acentuado declínio nas populações dos grandes predadores não é apenas uma notícia triste para quem admira animais como leões, tigres, lobos e tubarões. De acordo com estudo publicado na revista Science, a perda de espécies no topo da cadeia alimentar pode representar um dos maiores impactos da ação humana nos ecossistemas terrestres.

Segundo James Estes, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade da Califórnia, e colegas, a diminuição é muito maior do que se estimava e afeta muitos outros processos ecológicos em um efeito que os cientistas chamam de cascata trófica, no qual a perda no topo da cadeia alimentar impacta enormemente muitas outras espécies de animais e de plantas.

Os autores do estudo afirmam que o resultado desse declínio é tão intenso que tem afetado os mais variados aspectos do ecossistema global, como o clima, a perda de hábitats, poluição, sequestro de carbono, espécies invasoras e até mesmo a propagação de doenças.

O estudo aponta que a perda desses grandes animais é a força motriz por trás da sexta extinção em massa na história do planeta. “Temos agora evidências extensivas de que os grandes predadores são altamente importantes na função da natureza, dos oceanos mais profundos às montanhas mais altas, dos trópicos ao Ártico”, disse William Ripple, da Universidade Estadual do Oregon, autor do estudo.

“De modo geral, o colapso dos ecossistemas atingiu um ponto em que isso não afeta apenas animais como lobos, o desflorestamento, o solo e a água. Esses predadores, em última análise, protegem os homens. Isso não é apenas algo sobre eles, mas sobre nós”, disse. Continua