10.07.2011
12 de janeiro de 2011. Região Serrana do Rio de Janeiro. Temporal. Cheias. Enxurradas. Deslizamentos. Destruição. Mortes. Muitas mortes: 900 cadáveres.
Transportado pela TV, o maior desastre natural da história do país varou o olho do brasileiro, ateando-lhe solidariedade na alma.
Recém-empossada na Presidência, Dilma Rousseff apressou-se em visitar a região. Mandou liberar R$ 100 milhões para socorrer as vítimas.
As verbas saíram, a toque de caixa, do orçamento do Ministério da Integração Nacional. Seriam gastas no ritmo da urgência, sem a trava das licitações.
Pois bem. O repórter Antônio Weneck revela: na semana da tragédia, houve uma reunião macabra numa sala da prefeitura de Teresópolis.
Levaram os corovelos à mesa empresários e secretários municipais das quatro cidades cortadas pelas águas de janeiro.
Na surdina, ratearam-se os contratos. Injetaram-se propinas nos borderôs. Normalmente de 10%, o “quanto é que eu levo nisso” foi inflado para 50%.
Repetindo: enquanto bombeiros e agentes da Defesa Civil recolhiam mortos e resgatavam sobreviventes, empresários e políticos mastigavam as verbas. Continua
Esquecidos pelo poder público
Sinto-me enojada!!!!
Adelidia Chiarelli