sábado, 2 de julho de 2011
Sob pressão, BNDES ameaça desistir da fusão Carrefour-Pão de Açúcar
Via Estadão
Por Raquel Landim,Patrícia Cançado
e Alexandre Rodrigues
02.07.2011
Banco estatal pode desistir do negócio se não houver acordo amigável entre varejista brasileira e o sócio Casino; executivos do grupo francês dizem que País pode ser visto como a Venezuela ou a Rússia, que não respeitam contratos
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer deixar claro a todos os envolvidos: está fora do negócio com o Carrefour se não houver acordo entre os sócios Pão de Açúcar e Casino. É uma estratégia de saída do BNDES, que vem sendo duramente criticado por ter se comprometido a analisar um aporte de até R$ 4,5 bilhões na fusão entre a rede do empresário Abílio Diniz e os ativos do Carrefour no Brasil.
O banco divulgou duas notas seguidas à imprensa, na quinta-feira e ontem, informando que "o apoio ao projeto se baseia na premissa do entendimento amigável entre os atores privados". Uma fonte do banco confirmou ao Estado que, se a premissa não for atendida, a operação não terá prosseguimento. Segundo essa fonte, desde o início, o banco já impunha a condição de uma "oferta não hostil" e um "entendimento entre os sócios".
Os dois lados envolvidos na disputa estão fazendo pressão no banco. Ontem, em São Paulo, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reuniu-se com Diniz, que preside o conselho de administração do Pão de Açúcar. Na segunda-feira, será a vez de Coutinho receber o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, que vem de Paris especialmente para o encontro. Coutinho vai ouvir os argumentos dos executivos e expor a posição do banco, mas não atuará como facilitador do acordo. Continua
***
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Os dois lados envolvidos na disputa estão fazendo pressão no banco. Ontem, em São Paulo, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reuniu-se com Diniz, que preside o conselho de administração do Pão de Açúcar. Na segunda-feira, será a vez de Coutinho receber o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, que vem de Paris especialmente para o encontro. Coutinho vai ouvir os argumentos dos executivos e expor a posição do banco, mas não atuará como facilitador do acordo. Continua
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