quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mercado aquecido eleva oferta de curso de engenharia à distância

JC e-mail 4191, de 02 de Fevereiro de 2011.
Mercado aquecido eleva oferta de curso de engenharia à distância


Número de matriculados, de 8.596 alunos, quase quintuplicou entre os anos de 2007 e 2009

A falta de engenheiros para tocar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e demais investimentos que vão garantir o crescimento da economia nos próximos anos elevou a oferta de cursos à distância.

De 2007 a 2009, mais do que quadruplicou a quantidade de alunos de engenharia nessa modalidade -de 1.724 para 8.596.

Eles recebem material impresso de apoio, têm aulas por plataformas da internet, participam de fóruns virtuais e podem tirar dúvidas on-line. Periodicamente, têm que comparecer a polos de ensino presencial para atividades práticas e provas.

A formação de engenheiros à distância, no entanto, não é consenso entre profissionais da área, que questionam essa forma de ensino para uma atividade que é essencialmente prática.

Na única universidade autorizada pelo MEC (Ministério da Educação) a ensinar engenharia civil à distância, as aulas práticas acontecem um final de semana por mês.

A favor desses cursos pesam o menor custo, a facilidade e a rapidez. Enquanto numa faculdade privada tradicional de São Paulo o aluno tem que desembolsar R$ 1.400 por mês, a mensalidade do curso de engenharia civil à distância sai por cerca de R$ 600, com desconto para quem paga em dia ou já tem outra graduação.

Para o presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) do Paraná, Álvaro Cabrini, o grande problema que o país vai enfrentar diante da escassez de profissionais de engenharia é justamente a qualidade do ensino.

Crítico da formação em engenharia à distância, diz que "as pessoas estão preocupadas com quantidade e não qualidade". "Talvez seja melhor ficar distante das obras desses engenheiros", afirma. Continua