quinta-feira, 24 de maio de 2012
Apesar de conhecer mais sobre saneamento, pesquisa diz que brasileiro tem preocupações mais urgentes
Via Agência Brasil
Por Camila Maciel
22.05.2012
São Paulo – A percepção do brasileiro sobre o saneamento básico avançou, segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil e Ibope Inteligência apresentada hoje (22), mas os serviços desse setor ainda são pouco valorizados pela população. Para os entrevistados, o tema é o sexto entre os maiores problemas da sociedade, ficando atrás de saúde, segurança, drogas, educação e transporte.
De acordo com a pesquisa, o nível de conhecimento do tema passou de 65% dos entrevistados, em 2009, para 81% este ano.
De acordo com Édison Carlos, presidente executivo do instituto, o crescimento mostra que o tema vem ganhando espaço na sociedade e que os cidadãos estão assumindo uma postura mais crítica. “Fica claro que o cidadão está mais crítico à passividade do poder público. Ele reconhece na prefeitura a responsabilidade de resolver esses problemas e isso já é, por si, um fato muito positivo, ainda mais em um ano eleitoral”, avalia.
Dados de 2009 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, apontam que 44,5% da população estão conectados à rede de esgoto. A percepção da população em relação a esse percentual fica evidente na pesquisa divulgada hoje: 47% dos entrevistados declararam morar próximo de esgotos a céu aberto.
Segundo Carlos, com os investimentos feitos atualmente em saneamento básico, em torno de R$ 8 bilhões por ano, a universalização do serviço só será alcançada em 2050. “O Brasil se orgulha de estar entre as dez maiores economias do mundo, mas precisamos ver esse avanço econômico se transformar em avanço social”, afirmou.
De acordo com o dirigente, “ou a gente resolve o problema do saneamento ou o Brasil não vai progredir nos seus principais índices sociais”.
A população também está dividida quanto à inclusão do saneamento no debate político das eleições municipais desse ano: 51% disseram que sim, mas 39% acreditam que o tema não estará na agenda dos políticos. “Isso mostra que grande percentual dos cidadãos espera que os candidatos se preocupem com esse problema”, avalia Hélio Gastaldi, diretor de Negócios do Ibope Inteligência. Dos entrevistados, 68% reconhecem o governo municipal como responsável pelo problema.
Mesmo considerando o serviço menos prioritário em comparação com outras necessidades, 79% dos participantes reconhecem o tema como muito importante e identificam que os investimentos nessa área resultam em benefícios em outros setores. As melhorias em saúde foram citadas por 73% dos entrevistados. Também foram citados meio ambiente (37%), educação (23%), geração de empregos (20%), habitação (18%), segurança (16%), lazer (10%) e turismo (7%).
O levantamento foi feito com 1.008 pessoas em 22 cidades, todas com população acima de 300 mil habitantes e de todas as regiões do país. O Instituto Trata Brasil é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que incentiva a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
Entre os associados, estão fabricantes de produtos e equipamentos para o setor e concessionárias de serviço de saneamento. A organização conta ainda, entre seus apoiadores, com associações setoriais, agências reguladoras, organismos públicos internacionais, entidades públicas e da sociedade civil, além dos próprios associados.
Edição: Davi Olivei
Por Camila Maciel
22.05.2012
São Paulo – A percepção do brasileiro sobre o saneamento básico avançou, segundo pesquisa do Instituto Trata Brasil e Ibope Inteligência apresentada hoje (22), mas os serviços desse setor ainda são pouco valorizados pela população. Para os entrevistados, o tema é o sexto entre os maiores problemas da sociedade, ficando atrás de saúde, segurança, drogas, educação e transporte.
De acordo com a pesquisa, o nível de conhecimento do tema passou de 65% dos entrevistados, em 2009, para 81% este ano.
De acordo com Édison Carlos, presidente executivo do instituto, o crescimento mostra que o tema vem ganhando espaço na sociedade e que os cidadãos estão assumindo uma postura mais crítica. “Fica claro que o cidadão está mais crítico à passividade do poder público. Ele reconhece na prefeitura a responsabilidade de resolver esses problemas e isso já é, por si, um fato muito positivo, ainda mais em um ano eleitoral”, avalia.
Dados de 2009 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério das Cidades, apontam que 44,5% da população estão conectados à rede de esgoto. A percepção da população em relação a esse percentual fica evidente na pesquisa divulgada hoje: 47% dos entrevistados declararam morar próximo de esgotos a céu aberto.
Segundo Carlos, com os investimentos feitos atualmente em saneamento básico, em torno de R$ 8 bilhões por ano, a universalização do serviço só será alcançada em 2050. “O Brasil se orgulha de estar entre as dez maiores economias do mundo, mas precisamos ver esse avanço econômico se transformar em avanço social”, afirmou.
De acordo com o dirigente, “ou a gente resolve o problema do saneamento ou o Brasil não vai progredir nos seus principais índices sociais”.
A população também está dividida quanto à inclusão do saneamento no debate político das eleições municipais desse ano: 51% disseram que sim, mas 39% acreditam que o tema não estará na agenda dos políticos. “Isso mostra que grande percentual dos cidadãos espera que os candidatos se preocupem com esse problema”, avalia Hélio Gastaldi, diretor de Negócios do Ibope Inteligência. Dos entrevistados, 68% reconhecem o governo municipal como responsável pelo problema.
Mesmo considerando o serviço menos prioritário em comparação com outras necessidades, 79% dos participantes reconhecem o tema como muito importante e identificam que os investimentos nessa área resultam em benefícios em outros setores. As melhorias em saúde foram citadas por 73% dos entrevistados. Também foram citados meio ambiente (37%), educação (23%), geração de empregos (20%), habitação (18%), segurança (16%), lazer (10%) e turismo (7%).
O levantamento foi feito com 1.008 pessoas em 22 cidades, todas com população acima de 300 mil habitantes e de todas as regiões do país. O Instituto Trata Brasil é uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que incentiva a universalização do acesso à coleta e ao tratamento de esgoto.
Entre os associados, estão fabricantes de produtos e equipamentos para o setor e concessionárias de serviço de saneamento. A organização conta ainda, entre seus apoiadores, com associações setoriais, agências reguladoras, organismos públicos internacionais, entidades públicas e da sociedade civil, além dos próprios associados.
Edição: Davi Olivei