terça-feira, 8 de maio de 2012
Acusação faz cientista refazer mestrado
JC e-mail 4491, de 07 de Maio de 2012.
Acusação faz cientista refazer mestrado
Empresa afirma que imagens usadas em dissertação são fraudulentas. Aluno alterou trabalho quatro anos depois.
Uma acusação de fraude envolvendo uma dissertação de mestrado defendida em 2008 e um artigo científico publicado no ano passado, ambos de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), levou a um desfecho inusitado: o mestrado foi alterado quatro anos após a defesa e republicado.
"Em 30 anos de vida acadêmica, eu nunca tinha visto isso", reconhece o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFPR, Sergio Scheer. Em geral, uma vez que um trabalho de mestrado ou doutorado é aprovado por uma banca de examinadores, o aluno tem, no máximo, algumas semanas para fazer correções finais antes de o trabalho ser "eternizado" na biblioteca da universidade.
Para a UFPR, que concluiu investigação sobre o caso no mês passado, houve apenas uso indevido de imagens. As imagens infravermelhas teriam sido publicadas sem autorização da empresa curitibana Thermotronics. O dono da empresa, no entanto, afirma que as imagens são fraudulentas, já que servem de base para descrever experimentos que não teriam ocorrido da maneira como afirmam os cientistas. Continua