quarta-feira, 9 de maio de 2012
Países com poucos recursos naturais investem mais em educação
Via Jornal Nacional
08.05.2012
Estudo internacional encontrou uma relação entre os níveis de investimento nesse setor e os recursos naturais de que os países dispõem.
Os investimentos em educação de qualidade em países como o Japão e a Coreia do Sul são maciços já há muitos anos. Por isso, o sistema educacional deles se encontra num patamar muito superior ao do Brasil.
Estudo internacional encontrou uma relação entre os níveis de investimento nesse setor e os recursos naturais de que os países dispõem.
Terra fértil, rios fartos, minérios, petróleo. Quanto mais riquezas naturais têm um país, maior o potencial de crescimento, certo? Nem sempre é assim.
Um levantamento feito pela Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, mostra que na maioria das vezes o que acontece é exatamente o oposto. É o caso de Taiwan, diz Andreas Schleicher, chefe da área de rankings de educação da OCDE no mundo e responsável pelo estudo. Esse país, diz ele, tem que importar até areia, mas apostou na educação para crescer.
“Eles sabem que o único caminho para gerar riqueza é investir nas pessoas. Você não tem como extrair do solo, mas pode extrair da inteligência. E esse padrão se repete em vários outros países que não têm muitos recursos naturais, mas têm programas fortes de educação”, explica Andreas.
O estudo usou como base os dados do programa internacional de avaliação de alunos, o Pisa, que a cada três anos testa a compreensão de leitura e os conhecimentos de matemática e ciências de jovens em 65 países, incluindo o Brasil.
A OCDE examinou a relação entre as notas desses alunos e a importância dos recursos naturais na renda de cada nação e descobriu que aquelas com poucas riquezas foram as que mais investiram em educação.
É o caso de Cingapura, Japão, Finlândia, Liechenstein e Coreia do Sul, que tiveram as melhores notas no Pisa. Nos últimos lugares ficaram países como Arábia Saudita, Catar e Azerbaijão, onde boa parte da renda vem do petróleo.
O Brasil melhorou muito o desempenho na última década. Ainda assim, continuamos entre os últimos. Em 2009, entre 65 países ocupamos a 53º terceira colocação no ranking mundial.
“O Brasil tem evoluído rapidamente, mas é preciso investir mais, ter mais ambição em relação ao sucesso de seus alunos. A renda vinda dos recursos naturais não pode ser gasta em consumo, ela tem que ser investida no futuro, na educação das crianças, no capital humano. É preciso investir nos professores, dando apoio e treinamento para aprimorar a capacidade de ensino nas escolas, tudo isso é muito importante para um país”, afirma Andreas. VEJA O VÍDEO
08.05.2012
Estudo internacional encontrou uma relação entre os níveis de investimento nesse setor e os recursos naturais de que os países dispõem.
Os investimentos em educação de qualidade em países como o Japão e a Coreia do Sul são maciços já há muitos anos. Por isso, o sistema educacional deles se encontra num patamar muito superior ao do Brasil.
Estudo internacional encontrou uma relação entre os níveis de investimento nesse setor e os recursos naturais de que os países dispõem.
Terra fértil, rios fartos, minérios, petróleo. Quanto mais riquezas naturais têm um país, maior o potencial de crescimento, certo? Nem sempre é assim.
Um levantamento feito pela Organização Para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, mostra que na maioria das vezes o que acontece é exatamente o oposto. É o caso de Taiwan, diz Andreas Schleicher, chefe da área de rankings de educação da OCDE no mundo e responsável pelo estudo. Esse país, diz ele, tem que importar até areia, mas apostou na educação para crescer.
“Eles sabem que o único caminho para gerar riqueza é investir nas pessoas. Você não tem como extrair do solo, mas pode extrair da inteligência. E esse padrão se repete em vários outros países que não têm muitos recursos naturais, mas têm programas fortes de educação”, explica Andreas.
O estudo usou como base os dados do programa internacional de avaliação de alunos, o Pisa, que a cada três anos testa a compreensão de leitura e os conhecimentos de matemática e ciências de jovens em 65 países, incluindo o Brasil.
A OCDE examinou a relação entre as notas desses alunos e a importância dos recursos naturais na renda de cada nação e descobriu que aquelas com poucas riquezas foram as que mais investiram em educação.
É o caso de Cingapura, Japão, Finlândia, Liechenstein e Coreia do Sul, que tiveram as melhores notas no Pisa. Nos últimos lugares ficaram países como Arábia Saudita, Catar e Azerbaijão, onde boa parte da renda vem do petróleo.
O Brasil melhorou muito o desempenho na última década. Ainda assim, continuamos entre os últimos. Em 2009, entre 65 países ocupamos a 53º terceira colocação no ranking mundial.
“O Brasil tem evoluído rapidamente, mas é preciso investir mais, ter mais ambição em relação ao sucesso de seus alunos. A renda vinda dos recursos naturais não pode ser gasta em consumo, ela tem que ser investida no futuro, na educação das crianças, no capital humano. É preciso investir nos professores, dando apoio e treinamento para aprimorar a capacidade de ensino nas escolas, tudo isso é muito importante para um país”, afirma Andreas. VEJA O VÍDEO