02.05.2012
Certos endinheirados são ridículos vocacionais. Não conseguem usufruir da fortuna, por vezes circunstancial, com simplicidade, com naturalidade ou de maneira vagamente divertida. Em artigo levado às páginas desta quarta (2), o repórter Elio Gaspari analisa o fenômeno aplicado às incursões européias de Sérgio Cabral e sua caravana de assessores e amigos. Disponível aqui, o texto vai reproduzido abaixo:
Uma cena pode ser vista com o olhar do casal que está numa mesa ao fundo do salão do restaurante Luís XV, no Hotel de France, em Mônaco. (“Este é o melhor Alain Ducasse do mundo”, diz Cabral, referindo-se ao chef.) Ela é uma senhora loura e veste um pretinho básico. A certa altura, ouve uma cantoria na mesa redonda onde há oito pessoas. Admita-se que ela entende português. O grupo comemora o aniversário de Adriana Ancelmo, a mulher de Cabral, e festeja o próximo casamento de Fernando Cavendish. Até aí, tudo bem, é vulgar puxar celulares no Luís XV e chega a ser brega filmar a cena, mas, afinal, é noite de festa. A certa altura, marcado o dia do casamento, Cabral decide dirigir a cena: Continua