sexta-feira, 5 de abril de 2013

Doença articular compromete mobilidade de idosos

Via Agência USP de Notícias
Por Júlio Bernardes - jubern@usp.br
03.04.2013

A doença articular é responsável por 30,1% dos casos de comprometimento da funcionalidade de idosos que passaram a apresentar dificuldades de mobilidade e para realizar atividades da vida diária (AVDs). Em pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, a fisioterapeuta Francine Leite analisou 336 idosos na cidade de São Paulo e verificou que 47,8% apresentaram problemas de mobilidade. Para reduzir o impacto da doença, o estudo sugere ações de saúde como o diagnóstico precoce e a prática orientada de atividades físicas.

A pesquisa faz parte do estudo “Saúde, Bem-estar e Envelhecimento”, pesquisa da FSP que acompanha periodicamente idosos do município de São Paulo (área urbana e não institucionalizados) desde 2000. “Para essa pesquisa foram selecionadas 336 pessoas acima de 60 anos (que representam um total de 162.913 idosos da cidade) que não apresentaram comprometimento algum, de mobilidade ou para AVDs em 2000 e que foram reentrevistados em 2006”, conta a fisioterapeuta.

Especificamente para o estudo de Francine, foram selecionadas algumas informações sociodemográficas (entre elas sexo, idade, arranjo domiciliar) e de saúde (estado de saúde, condições de saúde autorreferidas, como doença articular, depressão, entre outras doenças crônicas, etc). ”Também foram estudadas as avaliações de mobilidade, como dificuldade em realizar ações, como subir um lance de escada, ajoelhar-se, sentar-se, entre outras, e de AVD´s, verificando dificuldade em realizar algumas tarefas como utilizar transporte público, fazer compras, vestir-se e banhar-se”, acrescenta. Entre 2000 e 2006, 47,8% dos idosos passaram a apresentar alguma dificuldade de mobilidade e 7,3% em desempenhar pelo menos uma das AVDs. “Observou-se que 30,1% da incidência do comprometimento funcional é devido à doença articular”, aponta a fisioterapeuta. “As mulheres apresentam uma maior taxa de incidência de comprometimento de mobilidade (60,4%) quando comparadas aos homens (37,8%), enquanto os homens apresentaram uma taxa de comprometimento das AVD´s (8,5%) maior do que as mulheres (6%)”. CONTINUA!