segunda-feira, 15 de abril de 2013

Toxoplasmose crônica pode manipular comportamento

Via Ciência e Cultura
vol.65 no.1 São Paulo jan. 2013
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
Por Daniel Blassioli Dentillo


A província japonesa de Fukuoka ficou conhecida, recentemente, como um paraíso para os gatos: centenas deles podem ser vistos pelas ruas e praias, onde moradores os alimentam e os mantêm vivendo à vontade. O que parece uma simples afeição pelos felinos pode esconder uma relação de manipulação voltada para a sua preservação.

Há pouco mais de uma década pesquisas têm demonstrado que os gatos podem influenciar o comportamento de outros animais, especialmente roedores, sua principal presa, atraindo-os para si. Esse feito, porém, é involuntário aos felinos – quem estaria no comando da atração é o protozoário Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose.

Normalmente, esse parasita vive no intestino de gatos sem causar nenhum dano. As formas infectantes, cujos precursores são eliminados junto com as fezes felinas, podem contaminar água e vegetação, sendo sua ingestão responsável pelo desenvolvimento da toxoplasmose (doença que também pode ser contraída pelo consumo de carnes mal passadas), principalmente em mamíferos. O ciclo da doença se completa quando roedores consomem alimentos infectados, levando ao aparecimento de cistos de T. gondii, sobretudo nos tecidos muscular e cerebral. Ao alimentar-se de uma presa infectada, o gato passará a portar o parasita.

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