sábado, 8 de março de 2014

Impunidade e conivência incentivam casos de racismo no mundo do futebol

Via Zero Hora
Paulo Germano
paulo.germano@zerohora.com.br
08.03.2014

Situações envolvendo Márcio Chagas da Silva e Arouca chamaram atenção para o problema nesta semana


Talvez você, gremista fervoroso, acompanhe a cantoria quando os rivais são chamados de macacos. Talvez o leitor colorado faça piadas com a antiga Coligay e com os "gaymistas".

Especialistas e membros do Ministério Público não têm dúvida: esse tipo de conduta avaliza episódios de barbárie que chocaram o país nas últimas semanas - em 22 dias, o árbitro gaúcho Márcio Chagas, o cruzeirense Tinga e o santista Arouca foram violentados pelo racismo. Os clubes nada fazem para coibir o preconceito. As federações limitam-se a notas de repúdio. E a lei prevê sanções amenas.

Comparado a um primata por torcedores do Mogi Mirim na quinta-feira, o volante Arouca foi direto ao ponto na nota oficial que lançou nesta sexta:

- A impunidade e a conivência das autoridades com as pessoas que fazem esse tipo de coisa são tão graves quanto os próprios atos.