Via EcoDebate
Agência Deutsche Welle
Martin Fritz
12.03.2014
Após sofrerem contaminação radioativa, moradores de Namie, cidade nos arredores da usina nuclear, foram evacuados e agora controlam, eles mesmos, o seu estado de saúde. Há dois casos de câncer entre crianças.
Minako Fujiwara lembra com tristeza de seu cachorro, que morreu em junho do ano passado. “Ele perdeu os pelos do pescoço, e a pele escureceu”, conta a japonesa de 56 anos. Tais sintomas também foram registrados em animais de Chernobyl. O cão de Minako morreu provavelmente por excesso de radiação. Quando a cidade de Namie, a nove quilômetros da usina nuclear de Fukushima, foi evacuada, a família teve que deixar o animal para trás.
Fora pressão alta, Minako não teve até agora qualquer problema de saúde. Mas o médico Shunji Sekine, de Namie, teme consequências radiológicas também para seres humanos. Em seu consultório, agora em Nihonmatsu, nas redondezas de um assentamento de contêineres que abriga 230 famílias retiradas de Namie, ele examina quase diariamente as tiroides dos habitantes da cidade abandonada. Segundo ele, principalmente crianças e adolescentes estão ameaçados pela captação de iodo radioativo.
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