sexta-feira, 4 de maio de 2012
Exposição ao inseticida clorpirifos, ou CPF, é vinculada a mudanças cerebrais
Via EcoDebate
04.05.2012
As grávidas expostas a níveis moderados de um pesticida comum podem ter filhos que apresentem mudanças duradouras em sua estrutura cerebral, relacionadas a uma menor inteligência, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. Matéria da AFP.
O estudo, publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências de Nova York, analisou a exposição das grávidas da cidade ao inseticida clorpirifos, ou CPF, um organofosfato amplamente utilizado para o controle de pragas em fazendas e espaços públicos.
As mulheres participantes, um total de 369, fizeram uso do inseticida antes de 2001, quando este foi proibido para uso doméstico nos Estados Unidos, apesar de o produto químico continuar sendo utilizado na agricultura em todo o mundo.
Os pesquisadores compararam 20 crianças, de cinco a 11 anos, cujas mães registraram os níveis mais altos de CPF e encontraram “anomalias significativas” em sua estrutura cerebral na comparação com as 20 crianças cujas mães apresentaram as exposições mais baixas.
Todas as mulheres do estudo foram expostas a níveis abaixo dos limites máximos de exposição aguda nos Estados Unidos, o que indica que inclusive uma exposição baixa a moderada poderia representar riscos consideráveis para o desenvolvimento cerebral de uma criança.
“O presente estudo proporciona evidências de que o período pré-natal é um momento vulnerável para o desenvolvimento da criança”, disse a principal autora, Virginia Rauh, professora da Escola Mailman de Saúde Pública e sub-diretora do Centro Columbia de Saúde Ambiental Infantil (CCCEH, da sigla em inglês).
“A exposição tóxica durante este período crítico pode ter efeitos de longo alcance no desenvolvimento cerebral e no funcionalmento comportamental”.
Os pesquisadores usaram imagens captadas por ressonância magnética do cérebro das crianças, que mostraram mudanças estruturais: algumas áreas eram maiores que o habitual e algumas diferenças entre homens e mulheres, típicas da estrutura cerebral, pareciam eliminadas ou invertidas no grupo de alto grau de exposição a pesticidas.
São necessários mais estudos para determinar os efeitos de longo prazo das mudanças, “compatíveis com os déficits de coeficiente intelectual já informados nas crianças com altos níveis de exposição aos clorpirifos”, segundo a pesquisa.
O estudo foi o primeiro a utilizar imagens por ressonância magnética para confirmar resultados anteriores de mudanças na estrutura cerebral em animais expostos aos pesticidas, disseram os autores.
“Ao combinar imagens do cérebro e pesquisas na comunidade, agora temos uma evidência muito mais forte que vincula os clorpirifos a problemas de desenvolvimento neurológico”, disse outro pesquisador, Bradley Peterson, chefe de Psiquiatria da Criança e do Adolescente do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York.
Os cientistas disseram que estudos anteriores demonstraram que os níveis urbanos deste químico diminuíram desde as restrições americanas de 2001, mas alertaram que persistem os riscos, já que esta substância continua sendo utilizada no cultivo de alimentos e no tratamento de madeira e em espaços públicos como campos de golf, parques e estradas.
Matéria da AFP, no Yahoo Notícias.
04.05.2012
As grávidas expostas a níveis moderados de um pesticida comum podem ter filhos que apresentem mudanças duradouras em sua estrutura cerebral, relacionadas a uma menor inteligência, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos. Matéria da AFP.
O estudo, publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências de Nova York, analisou a exposição das grávidas da cidade ao inseticida clorpirifos, ou CPF, um organofosfato amplamente utilizado para o controle de pragas em fazendas e espaços públicos.
As mulheres participantes, um total de 369, fizeram uso do inseticida antes de 2001, quando este foi proibido para uso doméstico nos Estados Unidos, apesar de o produto químico continuar sendo utilizado na agricultura em todo o mundo.
Os pesquisadores compararam 20 crianças, de cinco a 11 anos, cujas mães registraram os níveis mais altos de CPF e encontraram “anomalias significativas” em sua estrutura cerebral na comparação com as 20 crianças cujas mães apresentaram as exposições mais baixas.
Todas as mulheres do estudo foram expostas a níveis abaixo dos limites máximos de exposição aguda nos Estados Unidos, o que indica que inclusive uma exposição baixa a moderada poderia representar riscos consideráveis para o desenvolvimento cerebral de uma criança.
“O presente estudo proporciona evidências de que o período pré-natal é um momento vulnerável para o desenvolvimento da criança”, disse a principal autora, Virginia Rauh, professora da Escola Mailman de Saúde Pública e sub-diretora do Centro Columbia de Saúde Ambiental Infantil (CCCEH, da sigla em inglês).
“A exposição tóxica durante este período crítico pode ter efeitos de longo alcance no desenvolvimento cerebral e no funcionalmento comportamental”.
Os pesquisadores usaram imagens captadas por ressonância magnética do cérebro das crianças, que mostraram mudanças estruturais: algumas áreas eram maiores que o habitual e algumas diferenças entre homens e mulheres, típicas da estrutura cerebral, pareciam eliminadas ou invertidas no grupo de alto grau de exposição a pesticidas.
São necessários mais estudos para determinar os efeitos de longo prazo das mudanças, “compatíveis com os déficits de coeficiente intelectual já informados nas crianças com altos níveis de exposição aos clorpirifos”, segundo a pesquisa.
O estudo foi o primeiro a utilizar imagens por ressonância magnética para confirmar resultados anteriores de mudanças na estrutura cerebral em animais expostos aos pesticidas, disseram os autores.
“Ao combinar imagens do cérebro e pesquisas na comunidade, agora temos uma evidência muito mais forte que vincula os clorpirifos a problemas de desenvolvimento neurológico”, disse outro pesquisador, Bradley Peterson, chefe de Psiquiatria da Criança e do Adolescente do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York.
Os cientistas disseram que estudos anteriores demonstraram que os níveis urbanos deste químico diminuíram desde as restrições americanas de 2001, mas alertaram que persistem os riscos, já que esta substância continua sendo utilizada no cultivo de alimentos e no tratamento de madeira e em espaços públicos como campos de golf, parques e estradas.
Matéria da AFP, no Yahoo Notícias.