sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A luta silenciosa dos awá – e como apoiá-la



Governo anuncia, enfim, operação para proteger território de índios nômades, quase  desconhecidos e ameaçados por madeireiros. Para que iniciativa saia do papel, sociedade precisa pressionar


Por Taís González | Imagens: Sebastião Salgado
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prometeu neste domingo (4/8): ainda neste semestre, segundo ele, o Estado brasileiro desencadeará operação conjunta para proteger os Awás-Guajás e seu território, no que resta do Floresta Amazônica no Maranhão. Ramo da etnia tupi, foram perseguidos intensamente, a partir do século 18. São quase desconhecidos pelos demais brasileiros. Estão reduzidos a cerca de 400 indivíduos – alguns dos quais isolados, sem contato algum com ocidentais. Ocupam um território de 116 mil hectares, um pouco menor que o município de São Paulo. São cada vez mais pressionados por madeireiros que destroem a selva, atacam os índios, transmitem doenças e já resistiram, a bala, a tentativas anteriores de desocupação pelo Estado. Continua.