segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Commodities cubanas, por Mary Zaidan

Via blog do Noblat
25.08.2013

Acabam de desembarcar no Brasil os primeiros médicos estrangeiros do polêmico Mais Médicos, carro-chefe da campanha eleitoral do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado de São Paulo, que nem se preocupa em esconder isso. Até foi ao aeroporto receber quatro deles, sendo dois brasileiros formados lá fora, que apostam na chance de exercer a profissão na terra natal sem o Revalida, teste que no ano passado aprovou apenas 7,5% dos brasileiros com diploma estrangeiro.
Mais do que ninguém, Padilha sabe que a precariedade do atendimento à saúde não reside no médico e que pouco adiantará multiplicar jalecos brancos sem infraestrutura. Mas como luta contra o tempo para dar cara à sua gestão, tenta, a cada dia, costurar um discurso novo para remendar os furos de um programa parido às pressas para lhe garantir palanque.

Em menos de dois meses, criou a extensão do curso de medicina para oito anos, os dois últimos no SUS, e recuou; anunciou que contrataria seis mil médicos cubanos, desistiu e desistiu da desistência. Para tal, assinou o mais rápido acordo bilateral de que se tem notícia na história, permitindo que 400 médicos cubanos cheguem já nesta semana, quatro mil no total. CONTINUA!