segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Governo volta a discutir instalação de novas usinas nucleares

Via blog do Noblat
10.02.2013

Pressão vem da necessidade de uso cada vez maior de usinas térmicas, percebida neste verão

Danilo Fariello, O Globo

Passados quase dois anos desde o acidente de Fukushima, no Japão, o governo voltou a discutir a instalação de novas usinas nucleares no Brasil, pressionado pela necessidade de uso cada vez maior de usinas térmicas, percebida neste verão.

A última edição do Plano Nacional de Energia (PNE), de 2007, indicou a construção de quatro novas usinas nucleares, mas depois do vazamento no Japão, em março de 2011, o assunto foi parar na gaveta. Agora, quando ficou nítido que as hidrelétricas já não dão conta da necessidade contínua de fornecimento do país, a ideia ressurgiu acompanhada do debate sobre como empresas privadas poderiam ser sócias da Eletrobras Eletronuclear nesses novos empreendimentos.

Para que isso ocorra, será preciso mudar a Constituição e quebrar o monopólio da União nesse segmento.

Ainda este ano deve ser publicado um novo PNE, que vai apontar as necessidades brasileiras de abastecimento até 2050, abrindo espaço para a ampliação dessas usinas. Hoje, o único empreendedor de usinas nucleares no Brasil é a Eletrobras Eletronuclear, que contrata consórcios para serviços específicos que não se relacionam à operação da usina e ao domínio do ciclo do combustível.

É com uma mudança na Constituição que o governo vislumbra a possibilidade de abrir espaço para o setor privado nesse setor, suprindo a escassez de crédito internacional para o segmento nuclear após o acidente de Fukushima, que acabou prejudicando até a construção de Angra 3.
 
 



 Comentário Básico/Adelidia Chiarelli
(publicado neste blog há quase um ano):
 
Japão: um ano após a tragédia
Leia:
ANTES E DEPOIS: Compare os locais atingidos
GALERIA: japoneses relembram as vítimas
INFOGRÁFICO: A crise nuclear japonesa
VÍDEO: reveja gravações da época e o país hoje
ESPECIAL: Um ano depois do tsunami no Japão
Fukushima, um ano depois
Japón se enfrenta al apagón nuclear