segunda-feira, 9 de abril de 2012

Duvidar é preciso

Via Contemporânea
Por Carla Rodrigues

Fundador da revista “Skeptic”, diretor-executivo da Skeptics Society, colunista da revista “Scientific American” e professor da Claremont University, na Califórnia, o cientista americano Michael Shermer é um destes autores aos quais, para o bem ou para o mal, não se pode ficar indiferente. Shermer integra o time de participantes da sétima edição do Fronteiras do Pensamento – encontro que reúne grandes nomes internacionais em torno de temas contemporâneos desde 2006 -, que começará no dia 23. O evento, que ocorre em São Paulo e Porto Alegre, terá um elenco de conferencistas de destaque em suas áreas de atuação como o Prêmio Nobel de Economia Amartya Sen e a também indiana Vandana Shiva, filósofa e ambientalista premiada.

Shermer é um radical defensor da ciência como único método válido de explicação do mundo e adepto de um ceticismo científico que se desenvolve a partir de descobertas recentes das neurociências. É dessa imbricação entre neurociência e ceticismo que ele propõe sua principal teoria: a de que o cérebro é feito para acreditar em qualquer tipo de coisa, sejam verdadeiras ou não. O ceticismo seria, então, o único remédio contra essa compulsão à crença que leva o ser humano a crer, até mesmo, em coisas estranhas, como anuncia o título do único livro do cientista traduzido no Brasil: “Por Que as Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas” (JSN Editora).

Crítico do relativismo, do criacionismo que se expande nos Estados Unidos e de toda forma de fé religiosa, Shermer reconhece, no ceticismo que prega, a necessidade de relativizar seu discurso, quando afirma, nesta entrevista: “Nós devemos ser céticos em relação à neurociência, à ciência e até mesmo ao ceticismo!”

Leia aqui a íntegra da entrevista publicada no jornal Valor Econômico.