quinta-feira, 19 de abril de 2012

Relação entre cientistas e jornalistas é debatida em seminário

Por Karina Toledo
18.04.2012

Agência FAPESP – Com as ações de divulgação científica ganhando cada vez mais peso no meio acadêmico, a relação entre jornalistas e pesquisadores parece mudar para melhor. Mas é preciso ter em mente que cientistas eminentes não são autoridades em todos os assuntos.

O alerta foi feito pelo biólogo Thomas Lewinsohn, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), durante sua participação no seminário Ciência na Mídia, realizado pela FAPESP no dia 16 de abril.

“Antigamente os pesquisadores davam muito peso para publicação em revistas científicas, o que lhes garantia prestígio acadêmico e financiamento, e quase nenhuma atenção à divulgação científica, que servia apenas para aumentar a popularidade. Hoje estamos perto de um equilíbrio entre os dois ramos”, afirmou.

Percebeu-se que além de popularidade, a exposição na mídia afetava também a influência e o poder de decisão no meio acadêmico, aumentando as chances de ter um projeto financiado e, consequentemente, elevando o prestígio acadêmico.

Um exemplo claro do novo paradigma, segundo Lewinsohn, é a mudança no sistema de avaliação dos cursos de pós-graduação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Hoje se dá um peso maior à visibilidade do trabalho dos cientistas que compõem os quadros”, avaliou.

Outro sinal é a transformação pela qual as mais importantes revistas científicas, entre elas Science e Nature, passaram nos últimos anos, ganhando novas seções com conteúdo noticioso e linguagem mais acessível. Continua

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