Por Giovana Girardi
18.04.2012
Grupo encaminha relatório com críticas de que a ausência ambiental compromete economia verde
Há um elevado risco de que a Rio+20 seja não apenas irrelevante, mas configure um retrocesso dos avanços alcançados na Rio 92. Esta é a opinião que um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente e especialistas na área apresentou nesta quarta-feira, em São Paulo, ao lançar o documento Rio Mais ou Menos 20?. O texto traz críticas e sugestões não só à conferência, como também à atuação do governo brasileiro.
"Em 92, o Brasil estava alavancando uma agenda interna e externa que tem resultados importantes até hoje", lembrou a ex-ministra Marina Silva. Agora, afirma, houve um "exílio" da problemática ambiental na Rio+20.
Em geral, o governo federal e a ONU têm manifestado que a conferência não é de ambiente, que não é mais hora de discutir só esse aspecto, mas sim o desenvolvimento sustentável, o que significa englobar três pilares: social, econômica e ambiental.
A percepção de vários ambientalistas, cientistas, organizações civis e do grupo reunido nesta quarta, porém, é de que, desse modo, não só a agenda está muito diluída, fraca e sem foco, como a parte ambiental está muito aquém do que seria necessário para o mundo de fato trilhar para a tal economia verde.
"Não há desenvolvimento que não tenha de ser pensado no social, econômico e ambiental, mas dizer que meio ambiente não vai ser discutido, no meu entendimento, é um retrocesso sim à visão de 92", diz Marina. Continua
Notícias relacionadas: