domingo, 25 de novembro de 2012
A safra de 1942 - Gil, Caetano, Paulinho, Milton... Afinal, que água eles beberam?
Via Estadão
Por Roberto Nascimento
24.11.2012
Quando eles tinham 14 anos, que sons vinham do rádio e das praças para formar uma turma tão prodigiosa?
Os espíritas diriam que foi uma reencarnação em massa de mentes iluminadas. Quiroga - ou Susan Miller - identificariam uma conjunção planetária das brabas em ação nos céus da época. Nostradamus, sem dúvida, opinou. Mas há pouco, na esfera da lógica, que nos ajude a esclarecer a força criativa dos anos 60.
O que havia, por exemplo, na água para que a época produzisse uma média tão alta de gênios por ano e metro quadrado (Dylan, Hendrix, Sir Paul McCartney, Sir Paulinho da Viola)? O que comiam os monstros dos anos 60, que continuam sagrados, ano após ano, e ainda reinam vitalícios ou póstumos no altar da cultura pop brasileira, sem perder a influência sobre o que acontece hoje em dia? A verdade é que ninguém sabe, e talvez o melhor seja encarar os anos 60 da mesma forma que os macacos de Stanley Kubrick encaram o monólito: fascinados e temerosos. Mas a pergunta há de voltar, principalmente em um ano como 2012, em que Gilberto Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Tim Maia (in memoriam) e Jorge Ben Jor (este último sem voto unânime) fazem 70 anos. CONTINUA!
Por Roberto Nascimento
24.11.2012
Quando eles tinham 14 anos, que sons vinham do rádio e das praças para formar uma turma tão prodigiosa?
Os espíritas diriam que foi uma reencarnação em massa de mentes iluminadas. Quiroga - ou Susan Miller - identificariam uma conjunção planetária das brabas em ação nos céus da época. Nostradamus, sem dúvida, opinou. Mas há pouco, na esfera da lógica, que nos ajude a esclarecer a força criativa dos anos 60.
O que havia, por exemplo, na água para que a época produzisse uma média tão alta de gênios por ano e metro quadrado (Dylan, Hendrix, Sir Paul McCartney, Sir Paulinho da Viola)? O que comiam os monstros dos anos 60, que continuam sagrados, ano após ano, e ainda reinam vitalícios ou póstumos no altar da cultura pop brasileira, sem perder a influência sobre o que acontece hoje em dia? A verdade é que ninguém sabe, e talvez o melhor seja encarar os anos 60 da mesma forma que os macacos de Stanley Kubrick encaram o monólito: fascinados e temerosos. Mas a pergunta há de voltar, principalmente em um ano como 2012, em que Gilberto Gil, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Milton Nascimento, Tim Maia (in memoriam) e Jorge Ben Jor (este último sem voto unânime) fazem 70 anos. CONTINUA!