segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Diante da crise, espanhóis lutam para manter suas casas

Via Fantástico
18.11.2012

Hoje, um em cada quatro espanhóis não tem trabalho; 350 mil pessoas já foram despejadas

Olhe para a sua casa. Imagine que, de repente, policiais aparecem e começam a arrombar a porta. Querem tirar você e a sua família de lá, à força. Os vizinhos vão para a rua. Começam a gritar. “Vergonha! Vergonha!”.

Dalí, você não tem para onde ir. No desespero, senta no parapeito da janela. Imagine que a sua filha, que está do lado de fora, não pode fazer nada. Agora, imagine um lugar em que isso acontece com 320 famílias todos os dias.

Essa é a história da Espanha hoje. Ndema é o único que não sabe, mas a família dele tem 48 horas para deixar a casa onde vive. Ele nasceu na Espanha há quatro anos. O quinto filho de Robinson. Ele veio da Nigéria em 1997 em busca de melhores condições, em uma época de ouro na Espanha. De 1995 a 2005, sete milhões de empregos novos foram gerados. O país crescia 4% ao ano, principalmente por causa das novas construções.

Robinson trabalhava como pedreiro. Conseguiu comprar um apartamento em Madri, financiado em 20 anos; 55 metros quadrados divididos entre sete pessoas. Só que em 2008 a crise chegou.

De lá para cá, quatro milhões de pessoas perderam seus empregos. Hoje, um em cada quatro espanhóis não tem trabalho; 350 mil pessoas já foram despejadas. Agora, é a vez da família de Robinson. As empresas pararam de construir, e ele perdeu o emprego. Não pôde mais pagar a prestação da casa, o equivalente a R$ 3 mil por mês.

“Nós não temos para onde ir. Eu não sei o que fazer. Estou com medo. Não durmo há mais de uma semana”, desabafa ele. Veja a matéria completa. Veja o vídeo!