terça-feira, 30 de dezembro de 2008

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Como as ilhas viraram montanhas, e vice-versa

Via Estadão - 27 de dezembro de 2008

'Do Rio Grande do Sul até a Bahia era tudo uma grande planície', diz geógrafo e oceanógrafo Luis Conti, da USP

Herton Escobar, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - As evidência geológicas não deixam dúvidas: o nível do mar já esteve muito mais baixo do que o atual. Cerca de 20 mil anos atrás, no período que os cientistas chamam de "último máximo glacial", havia tanta água congelada nos pólos que o nível global dos oceanos chegou a ficar quase 130 metros mais baixo do que hoje. Conseqüentemente, havia muito mais terra firme, e a praia fica muito mais longe da serra naquela época.

"Do Rio Grande do Sul até a Bahia era tudo uma grande planície", diz o geógrafo e oceanógrafo Luis Conti, da Universidade de São Paulo (USP Leste). Segundo ele, as praias mais próximas estavam a 100 km da linha da costa atual. Ainda hoje é possível enxergar, no leito marinho, as marcas deixadas pelos rios que correram por essa planície durante os milhares de anos em que ela ficou exposta - e que hoje deságuam diretamente da Serra do Mar para o oceano, como o Rio Ribeira de Iguape. Continua

Veja também:

Há 20 mil anos, oceano ficava a 100 km da Serra do Mar

Vida dura: anfíbio enfrentam escassez de água para sobreviver

Mesmo próxima, Ilhabela também abriga espécies diferenciadas

Galeria de fotos



domingo, 28 de dezembro de 2008

Thomas Jefferson e Sally Hemings

E seus filhos, negros, mulatos, brancos

Via Blog do Pedro Doria - 26.12.2008


Em muitos pontos, as histórias de Brasil e Estados Unidos se cruzam. Nações escravagistas, homogêneas, que não se fragmentaram como aconteceu com a América Espanhola. Há diferenças, também: brancos e negros não se misturaram nos EUA enquanto, no Brasil, somos todos mestiços.

O mito é bom – mas não corresponde à realidade.

Aqueles senhores de escravos da Virgínia, donos de grandes fazendas quase falidas nos mil e setecentos, não eram assim tão diferentes dos senhores de escravos em Pernambuco, também donos de grandes fazendas quase falidas no mesmo período. Os irmãos escravos John e Sally Hemings, por exemplo, eram filhos de uma escrava negra e seu senhor, John Wayles.

Mesmo filhos, não deixaram de ser escravos.

Quando John morreu, sua filha Martha herdou seus meios-irmãos. Martha era casada com Thomas Jefferson. E, quando Martha morreu ainda jovem, Sally, sua meia-irmã mulata, transformou-se em companheira de Jefferson – uma companheira jamais assumida de todo, mas também nunca negada, com quem o terceiro presidente dos EUA, autor de sua Declaração de Independência, teve cinco filhos – quatro homens, uma mulher. Continua


La sexta extinción

Via El Mundo - 13.12.2008



La vida en la Tierra atraviesa momentos difíciles. Cerca del 25% de todos los mamíferos del planeta están amenazados. Pero no son los únicos seres vivos que coquetean con la extinción. Las cifras de anfibios, aves, reptiles o de cualquier otro grupo son similares. Esta situación ha llevado a los científicos a afirmar que vivimos la «sexta gran extinción», similar a la que acabó con los dinosaurios hace 65 millones de años o a las otras cuatro que han ocurrido en la Historia de la Tierra. Los expertos aseguran que en este caso el desencadenante es el ser humano. Por ese motivo, estudian presentar a la ONU un proyecto para que se cree un panel de científicos como el IPCC, que se ideó para el cambio climático. Veja a matéria completa


Minério radioativo é extraído sem fiscalização no AP

Via Blog do Noblat - 27.12.2008

Deu na Folha de S. Paulo

Polícia afirma que não faz apreensão de torianita por não ter onde guardar o material

Minério é negociado na rede clandestina por até US$ 300 o quilo; só há um inquérito ainda em andamento sobre o contrabando de torianita


De Breno Costa e Pablo Solano:

A extração e o comércio ilegais de torianita -minério radioativo que contém urânio, tório e um tipo de chumbo usado na montagem de reatores nucleares e bombas de nêutrons- estão correndo livremente no extremo norte do país há dez meses, sem fiscalização.

O diagnóstico é de quem deveria coibir o contrabando. A Polícia Federal do Amapá, que investiga o comércio clandestino desde 2004 -ano da primeira apreensão de torianita no Estado-, diz que não tem onde guardar o material e, por isso, apesar de receber denúncias, não pode fazer apreensões.

"A investigação foi praticamente suspensa por estarmos de mãos atadas e não podermos apreender nem um quilo de minério", afirma o delegado da PF Felipe Alcântara. Toda extração de torianita é ilegal no país. Assinante da Folha leia mais em Minério radioativo é extraído sem fiscalização no AP, diz PF


Via Blog do Noblat


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Perdoai as nossas ofensas

Do site da Revista Veja - 06 de abril de 2005:



"A Inquisição é um capítulo doloroso do qual os católicos devem se arrepender", afirmou João Paulo II no primeiro ano de seu pontificado, em 1978, como que antecipando o revisionismo que se seguiria. O primeiro alvo direto foi o obscurantismo científico: ele redimiu o italiano Galileu Galilei e o polonês Nicolau Copérnico, que derrubaram a cosmologia cristã ao descobrir que a Terra não se achava no centro do universo. "Galileu, fiel e sincero, mostrou-se mais perspicaz do que seus adversários teólogos", disse. Reabilitou também o inglês Charles Darwin, pai da teoria de que o homem é parente longínquo do macaco – e, portanto, não descende dos personagens bíblicos Adão e Eva. "Hoje, os novos conhecimentos e as descobertas obtidas em várias disciplinas nos levam a reconhecer na teoria da evolução mais que uma hipótese", afirmou. Depois de admitir que os "hereges" estavam certos, o papa publicou em 1998 a encíclica Fides et Ratio, que procura conciliar fé e razão e é considerada pelos teólogos uma espécie de testamento intelectual do pontífice. Fora do âmbito da ciência, João Paulo II pediu desculpas pelo fato de a Igreja Católica ter compactuado com a escravização de africanos e índios, e por não ter tido um papel mais efetivo na luta contra o nazismo. Foram, ao todo, mais de 100 pedidos de desculpas. O auge da expiação ocorreu na missa que deu início à Quaresma do ano 2000. "Perdoamos e pedimos para ser perdoados", proclamou João Paulo II na Basílica de São Pedro, passando em seguida a listar os atos a ser perdoados – entre eles, pecados contra a unidade cristã (perseguição a protestantes e ortodoxos), uso da violência "a serviço da verdade" (cruzadas e Inquisição) e a marginalização das mulheres. Veja a matéria completa


Leia também: Vaticano lança documento contra clonagem e células-tronco


quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mudança no ensino médio

Via Estadão - 22 de Dezembro de 2008

Um ano depois de ter afirmado que o ensino médio vive uma "crise aguda" e reconhecido que as políticas adotadas pelo governo para enfrentá-la não surtiram efeito, o ministro da Educação, Fernando Haddad, voltou a tratar da questão. Agora, ele está anunciando uma proposta de alteração do currículo desse ciclo de ensino, para torná-lo mais técnico e voltado à realidade do mercado de trabalho. Preparada por um grupo interministerial encarregado de formular projetos de qualificação de jovens, a proposta acaba de ser apresentada ao Conselho Nacional de Educação.

Destinado aos estudantes na faixa etária entre 15 e 17 anos e com um currículo reconhecidamente anacrônico, o ensino médio é considerado o principal gargalo do sistema educacional brasileiro. Os índices de aproveitamento dos estudantes, nos mecanismos de avaliação, têm sido assustadoramente baixos. A maioria dos alunos apresenta graves deficiências em matérias básicas, como português, matemática e ciências. Sem saber fazer operações geométricas e ler textos mais complexos, eles têm dificuldade para discutir questões abstratas. Continua


Especialistas alertam para o fim do Natal branco

Via PÚBLICO - 22.12.2008


Desde 1900 as temperaturas
já subiram 0,7 graus celsius em diversos
locais da Ásia, Europa e América do Norte*

É a (já) velha ameaça das mudanças climáticas. Desta vez, um grupo de peritos em meteorologia concretiza as previsões de tempo: O natal branco nos locais mais temperados do hemisfério norte é cada vez mais raro e tudo vai piorar em 2100. Nesse ano, as cidades em baixas altitudes (cerca de 30 metros acima do nível do mar) como Berlim já não terão direito a neve

O aviso para perigo do aquecimento global é conhecido. No entanto, não haverá altura mais oportuna para lembrar a ameaça das mudanças climáticas. Numa altura em que ainda temos nevões garantidos nesta época do ano, um grupo de especialistas vem a público dizer que este bonito cenário branco pode acabar. Friedrich-Wilhelm Gerstengarber, investigador no Potsdam Institute for Climate Impact Research, contou a Reuters como o natal deverá aquecer: “A probabilidade de cair neve no Natal é já mais baixa do que há 50 anos mas vai-se tornar uma raridade na segunda metade do século”.

Desde 1900 as temperaturas já subiram 0,7 graus celsius em diversos locais da Ásia, Europa e América do Norte. A emissão de gases, que segundo os especialistas, está a aquecer o mundo aumentou 70 por cento desde 1970. Tomando como exemplo a cidade de Berlim, o especialista nota que as hipóteses de queda de neve na cidade entre os dias 24 e 26 de Dezembro caíram dos 20 por cento há um século para os 15 por cento em 2008. Em 2100 as probabilidades serão inferiores a 5 por cento. Aliás, o último natal branco de Berlim terá sido em 2001 e os peritos avisam que, do ponto de vista estatístico, não deverá cair neve este ano também.

Paal Prestrud, director do Centre for International Climate and Environmental Research em Oslo, aproveita uma tradicional banda sonora para fazer o alerta. Em declarações à Reuters, afirma que o “White Christmas” (da música de 1940 de Irving Berlin que Bing Crosby tornou famosa) vai ser raro. O perito usa o exemplo mais próximo e afirma que “a probabilidade de neve desceu mais rapidamente em locais como Oslo, onde as temperaturas de Inverno aumentaram quase um grau”. Em 1900 Oslo tinha uma média de 150 dias de neve por ano, hoje são apenas 100.

O declínio é lento mas certo. Os especialistas não anunciam já a morte do Natal branco mas lembram que pelo andar deste planeta, dentro de alguns anos, será preciso fugir para zonas de montanha ou para cidades como Munique para encontrar neve em Dezembro.

*Foto: Carlos Lopes (arquivo)

Via PÚBLICO


Papai Noel viajando pelo mundo



Aqui!


História pode julgar Bush em vida por "guerra ao terror"

Via Blog do Noblat

DEU NA FOLHA DE S.PAULO

Na recente bateria de entrevistas que deu antes de se recolher na residência de Camp David, no Estado de Maryland, onde passa o Natal hoje, o presidente George W. Bush voltou a repetir que não se preocupa com o julgamento da história, pois estará morto quando isso acontecer. O republicano se preocupa, no entanto, com o movimento cada vez maior de entidades progressistas pedindo seu julgamento em vida.

Organizações como a Aclu, uma das principais de direitos civis dos EUA, Human Rights First, Human Rights Watch, Brennan Center for Justice e advogados como Vincent Bugliosi, que mandou para a cadeia Charles Manson nos anos 70, Scott Horton, que defendeu o dissidente russo Andrei Sakharov (1921-1989), e Michael Ratner, presidente do Center For Constitutional Rights, pressionam Barack Obama a abrir investigações sobre seu antecessor quando assumir o governo, no próximo dia 20.

Especialistas em lei como Harold Krent, reitor da Faculdade de Direito Chicago-Kent, especulam se Bush não usará os dias que lhe restam para dar perdão preventivo a todos os que, em sua definição, tiverem lutado na "guerra ao terror", livrando assim membros de seu governo de futuros constrangimentos. A Casa Branca não comenta a possibilidade, mas a Aclu já entrou com ação preventiva contra a medida. Assinante do jornal leia mais em: História pode julgar Bush em vida por "guerra ao terror"


Blog do Noblat


É Natal!







Um grande abraço a todos.




quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Menina luta e retoma a posse da terra

Via O Liberal - Pará - Edição de 24/12/2008

Em Goianésia

Justiça devolve para a família da pequena Isabel Eneias o direito a lote invadido


Depois de quase seis anos de luta, Isabel Lima Eneias recebeu o seu presente de Natal. A família da menina de apenas 11 anos, que se transformou na personagem principal de um conflito agrário em Goianésia do Pará, no sudeste do Estado, finalmente terá o direito da posse das terras da AgroIndustrial Fazenda Real Castelo Ltda. A decisão foi tomada no último dia 11 pela desembargadora Maria Rita Lima Xavier. O terreno da família de Isabel havia sido invadido em 2002 pelo fazendeiro Ciro Rodrigues Braz, conhecido como 'Valente'. Após O LIBERAL ter denunciado o caso, em 16 de novembro deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autuou o fazendeiro em R$ 1,360 milhão por ter devastado uma área de 271,65 hectares e mais R$ 1 mil por cada um dos 60 fornos de carvão encontrados no local.

A menina Isabel - que chegou a enviar cartas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao editor-chefe do Jornal Nacional - disse que não conteve a emoção ao receber a notícia de que a família novamente teria direito às terras. Nas correspondências, Isabel chegou a relatar o drama de seu pai, Aldivino Antônio Eneias, que sempre era ameaçado pelo fazendeiro Ciro Braz. 'Foi ótimo ter recebido essa notícia. Finalmente, a gente conseguiu o que buscava. Eu e meus dois irmãos comemoramos muito. Meu pai até pulou de tanta alegria', contou a menina.

Apesar de ter conseguido o terreno de volta, a família não tem interesse em voltar a morar no local. O motivo, segundo Isabel, é que como o Ciro desmatou boa parte do terreno, o reflorestamento da área além de demorar muito, ainda sairá muito caro. Ela conta que o pai, Aldivino Antônio Enéias, pretende vendê-lo e investir o dinheiro no estudo das crianças. 'O papai quer investir no meu estudo e no dos meus irmãos. Vamos poder freqüentar uma escola melhor e ainda comprar uma casa', informou Isabel.

Isabel contou ainda que Ciro Braz nunca mais procurou o seu pai, mas sabe que ainda existem carvoeiros trabalhando na fazenda. Agora, a decisão de reintegração de posse concedida pela desembargadora Maria Rita Lima Xavier ficará sob os cuidados da Comarca de Jacundá. Aldivino Antônio Eneias informou que está esperando uma vistoria no local.


VISTORIA


Ciro chegou a alegar que possuía benfeitorias na fazenda e que, por esse motivo, teria direito às terras. Entretanto, segundo a família, não existiam casas, açudes, pastos e nem criação de gado no local, como o fazendeiro dizia. Além disso, ele chegou a informar à Justiça que ocupava 2.700 hectares sendo, que, de fato, a área correspondia a 5.731, o que revoltou a menina Isabel.

Aldivino Antônio Enéias, mesmo com todas as informações relacionadas ao terreno documentadas no Instituto de Terras do Pará (Iterpa), por onde realizou o avivamento da área, precisou esperar seis anos para ter a posse da fazenda. O processo, finalmente, confirmou a versão da família da menina. 'No que tange às benfeitorias que o agravante alega ter realizado na área objeto da lide (pastagens, açudes, casas, criação de gado), digo que não procede. Aliás, tais benfeitorias podem ter sido realizadas em qualquer lugar menos na imóvel rural Agroindustrial Fazenda Real Castelo'.

O Liberal


Leia também: Menina é exemplo de luta pela terra



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Obras foram roubadas do Museu Emílio Goeldi, no Pará

Trechos da matéria publicada no site Agência Amazônia


"BELÉM, PA — Parte da história natural e etnográfica das Américas e da Amazônia está agora nas mãos de criminosos. Ladrões, ainda não identificado, roubaram na última semana 40 títulos (65 exemplares) da Coleção de Obras Raras do Museu Emílio Goeldi, de Belém (PA). As publicações roubadas datam dos séculos XVII, XVIII e XIX e faziam parte do acervo da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna daquele museu. Entre as obras levadas estão in-folios de de Des Murs, Hernandez, Meriaen, Mikan, Piso, Pohl, Sagra, Spix e Wied-Neuwied."

"O Museu Goeldi é a instituição de pesquisa mais antiga do Norte brasileiro. Por isso, ele guarda coleções especiais — com quase duas mil publicações — que registram quatro séculos de história natural e etnográfica das Américas e Amazônia. Para preservar esse acervo de valor inestimável, o Museu Goeldi já reforçou seus sistemas de vigilância e pede o apoio da população para ajudá-lo a proteger as obras ali existentes, que são patrimônio nacional.

Quem tiver algum vestígio das obras roubadas, que levam uma marca d’água do Museu Goeldi, devem entrar imediatamente em contato com a Polícia Federal (91) 3214-8014, e com o Museu, pelo telefone (91) 3274-1811." Vejam a matéia completa aqui.

Por favor, divulguem este post!



Só a quebradeira para ajudar o meio ambiente, artigo de Washington Novaes



JC e-mail 3667, de 22 de Dezembro de 2008.
10. Só a quebradeira para ajudar o meio ambiente, artigo de Washington Novaes


“A melhora, se vier, virá mais em função da crise que da eficácia política”

Washington Novaes é jornalista, colunista do “Estado de SP”, para onde escreveu o seguinte artigo:

Como estará o Brasil em 2009 diante das graves questões na chamada área ambiental, que aos poucos vão sendo entendidas como problemas que afetam todos os setores da vida humana? A resposta paradoxal é de que poderá estar melhor; mas isso, se acontecer, se deverá mais à crise financeira - que restringirá investimentos em certas áreas, inibirá atividades em outras - que a políticas bem concebidas e eficazes.

É preciso começar relembrando o que se cansou de dizer o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan: os problemas centrais de humanidade, que afetam hoje a própria sobrevivência da espécie humana, são mudanças climáticas e padrões insustentáveis de produção e consumo no mundo, já além da capacidade de reposição de serviços e recursos naturais pela biosfera terrestre. E, no Brasil, nossa situação é muito problemática nas duas áreas.

Pode-se começar pela questão do clima e, no seu percurso, pela Amazônia e cerrado. Ainda este mês, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente divulgou documento que mostra a possibilidade de prejuízos de US$ 1 trilhão só com os efeitos do desmatamento na Amazônia sobre o clima do Centro-Oeste e outros países do Cone Sul. Porque na Amazônia - como lembra o professor Antônio Nobre - se evaporam 20 bilhões de toneladas de água por dia e parte disso chega ao centro do país e ao Cone Sul (Estado, 3/12). Com a redução da biomassa, tenderá a alterar-se o regime de chuvas.

A situação do bioma amazônico é difícil. Ele responde por 59% das emissões por desmatamento e queimadas no país. Estas, por sua vez, significam 75% do total das emissões brasileiras (os outros 41% se devem quase apenas ao cerrado, que tem perdido com desmatamento 22 mil km² anuais). Mas o Brasil não tem estratégia para a Amazônia e o cerrado. Não há recursos sequer para implantar um cadastro de propriedades amazônicas.

O Ministério do Meio Ambiente só tem 0,5% do orçamento federal, sem recursos para monitorar, fiscalizar, impedir o desmatamento ilegal (de 80% a 90% do total). O governo federal não consegue sequer cuidar ali das terras da União (47% do total), das áreas indígenas (quase 13%), das áreas protegidas. Não implanta a chamada transversalidade no governo. Reserva legal nas propriedades é ficção legal (e um decreto presidencial acaba de prorrogar por um ano o prazo para que grandes desmatadores recomponham sua reserva). Os gastos federais na Amazônia (4,05% do total) são muito inferiores a sua participação na população do país (12%). A região continua a ser o desaguadouro de migrações de desempregados. Continua


Poluição reduz nascimento de homens

Via Blog do Noblat - 23.12.2008

DEU NA FOLHA DE S.PAULO

A poluição atmosférica, a fuligem da queima da cana-de-açúcar e o uso de agrotóxicos nas lavouras têm reduzido o número de nascimentos de bebês do sexo masculino, indicam estudos da USP e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

A hipótese é que as substâncias químicas -chamadas de desreguladores endócrinos-, presentes nesses poluentes alterem o mecanismo de regulação do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas e inibam a fabricação de espermatozóides que carregam o cromossomo Y (que determina o sexo masculino).

Diversos estudos na Europa e nos EUA vêm relatando que, além da tendência de declínio na proporção de homens, a exposição ambiental às substâncias químicas pode contribuir para um maior surgimento de cânceres hormônio-dependentes, redução da fertilidade e malformações congênitas.

Uma análise publicada em outubro passado na revista científica francesa "Gynécologie Obstétrique & Fertilité" diz que há 15 anos diversos estudos epidemiológicos têm demonstrado possíveis associações entre o câncer de mama e os pesticidas que levam na composição desreguladores endócrinos.

No Brasil, ao menos dois trabalhos de pesquisadores da USP mostram que quanto maior o número de partículas suspensas na atmosfera, menor a quantidade de meninos nascidos em regiões de São Paulo.
Foram avaliados o nível de poluição medido em 15 estações da Cetesb e o número de nascimentos registrados em cartórios da capital paulista. Assinante do jornal leia mais em: Poluição reduz nascimento de homens


Via Blog do Noblat


São Paulo, a bola da vez!





Caos e prejuízos em São Paulo - Jornal da Globo - 22.12.2008



segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Especial Chico Mendes

19/12/2008

Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br


No dia 22 de dezembro de 1988, a Amazônia perdia um de seus maiores defensores. O seringueiro Chico Mendes era assassinado a mando de fazendeiros de Xapuri (AC), incomodados com a luta em defesa da floresta e contra a exploração e o latifúndio.

Passados 20 anos, algumas das ações de Chico deram resultado, mas ainda existe muita impunidade e destruição na Amazônia. Por isso, o site Amazônia.org apresenta um especial relembrando a luta de Chico e questionando o atual estado da florestas, dos seringueiros, das Reservas Extrativistas.

Confira entrevistas com as pessoas que viveram e trabalharam com o líder seringueiro, como sua filha Elenira Mendes, seu companheiro de lutas Raimundão, o documentarista Adrian Cowell e a antropóloga Mary Alegretti.


Una década para acabar con la ablación genital

Via El Mundo - 15/12/2008

PRÁCTICA VIGENTE EN 30 PAÍSES


. La cumbre de El Cairo insta a los países a crear leyes que combatan este drama


Una de las cuchillas que se utilizan para
realizar las ablaciones. (Foto: El Mundo)


EFE

EL CAIRO.- Egipto y Sudán aspiran a erradicar dentro de los próximos 10 años la ablación genital femenina, según han anunciado en una conferencia regional que se celebra en El Cairo, con la presencia de 18 de los 30 países en los que aún pervive esta práctica.

"Puedo imaginar un Egipto sin mutilación genital femenina para el año 2015", explicó la secretaria general del Consejo Nacional para la Infancia y la Maternidad del país árabe (NCCM, por sus siglas en inglés), Mushira Jatab.

Nahid Gabralla, representante del programa sudanés para la abolición de lo que algunos llaman 'la circuncisión femenina', comentó que el Ejecutivo de su país también ha desarrollado un plan para acabar con este problema en 2018.

Jatab y Gabralla, junto a decenas de responsables, debaten en Egipto los progresos alcanzados cinco años después de que se publicara la Declaración de El Cairo, en la que, entre otras cuestiones, se instó a los países en los que persiste la ablación a cambiar la ley para afrontar este drama.

Durante la inauguración de la cumbre, la primera dama egipcia, Suzanne Mubarak, quien ha impulsado la lucha contra la circuncisión femenina en su país, afirmó que "se ha trabajado muy duro en los últimos cinco años", y destacó que "cada día menos jóvenes tienen que enfrentarse a una intervención de este tipo".

Aunque los participantes han subrayado constantemente la enorme labor que queda por delante, también han elogiado las mejoras alcanzadas en este periodo. Jatab, del NCCM egipcio, por ejemplo, aseguró que "se ha conseguido reducir casi a la mitad esta práctica en el país".

Cambio generacional

Según los datos que maneja el Ejecutivo, las mujeres casadas menores de 50 años que fueron mutiladas alcanzan el 96%, mientras que actualmente su impacto entre las jóvenes de 10 a 18 años se sitúa alrededor del 50%. Continua

...


Leia também: Garotas fogem de casa para escapar de circuncisão no Quênia



Variações de uma sapatada







Vejam!






domingo, 21 de dezembro de 2008

10 NOTICIAS QUE PASARON INADVERTIDAS EN 2008

Via El País e Foreign Policy (edição espanhola)


1. EL REFUERZO EN AFGANISTÁN EMPIEZA ANTES DE LO PREVISTO

2. AUMENTA LA PRODUCCIÓN DE COCA EN COLOMBIA

3. EL PRÓXIMO DARFUR SE CALIENTA

4. ESTADOS UNIDOS AYUDA A INDIA A CONTRUIR UN ESCUDO ANTIMISILES

5. RUSIA TRATA DE CONQUISTAR ÁFRICA

6. LOS PANELES SOLARES EMITEN GAS DE EFECTO INVERNADERO

7. EL ACERO DE SHANGHAI NO PASA LAS PRUEBAS DE SEGURIDAD BÁSICAS

8. LA AYUDA A GEORGIA PAGA UN HOTEL DE LUJO EN TBILISI

9. POR PRIMERA VEZ, UN CIUDADANO ESTADOUNIDENSE ES CONDENADO POR TORTURAS EN EL EXTRANJERO

10. UNA EMPRESA ESTADOUNIDENSE VENDE ‘PISTOLAS SÓNICAS’ A CHINA


Veja detalhes aqui e aqui.


Escutando a música da noite



Yuichi Hibi



Fotos de Yuichi Hibi: confira aqui e aqui.




Eles não amam a vida

Via Agência Carta Maior



Hoje assistimos algo absolutamente inédito e de extrema irracionalidade: a guerra contra a Terra. Sempre se faziam guerras entre exércitos, povos e nações. Agora, todos unidos, fazemos guerra contra Gaia: não deixamos um momento sem agredi-la, explorá-la até entregar todo seu sangue.

Leonardo Boff



A busca de uma saída para a crise econômico-financeira mundial está cercada de riscos. O primeiro é que os países ricos busquem soluções que resolvam seus problemas, esquecendo do caráter interdependente de todas as economias. A inclusão dos países emergentes pouco significou, pois suas propostas mal foram consideradas. Prevaleceu ainda a lógica neoliberal que garante a parte leonina aos ricos.

O segundo é perder de vista as demais crises, a ecológica, a climática, a energética e a alimentar. Concentrar-se apenas na questão econômica, sem considerar as outras, é jogar com a insustentabilidade a médio prazo. Cabe recordar o que diz a Carta da Terra: "nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções includentes" (Preâmbulo).

O terceiro risco, mais grave, consiste em apenas melhorar as regulações existentes em vez de buscar alternativas, com a ilusão de que o velho paradigma neoliberal teria ainda a capacidade de tornar criativo o caos atual.

O problema não é a Terra. Ela pode continuar sem nós e continuará. A magna quaesto, a questão maior, é o ser humano voraz e irresponsável que ama mais a morte que a vida, mais o lucro que a cooperação, mais seu bem estar individual que o bem geral de toda a comunidade de vida. Se os responsáveis pelas decisões globais não considerarem a inter-retro-dependência de todas estas questões e não forjarem uma coalizão de forças capaz de equacioná-las aí sim estaremos literalmente perdidos. Continua

...


A Carta da Terra pode ser encontrada aqui.



sábado, 20 de dezembro de 2008

Esquinas de Manhattan



Fotos de Richard Howe


Minetta Street & Minetta Lane, Southwest Corner




Elizabeth Street & Spring Street, Northeast Corner



Confira!



Clima vai exigir muito mais pressão, artigo de Washington Novaes



JC e-mail 3666, de 19 de Dezembro de 2008.
18. Clima vai exigir muito mais pressão, artigo de Washington Novaes


Dificuldades e obstáculos para acordo global sobre clima não autorizam ou justificam desânimo, mas reforçam necessidade de mais informação, mais organização social e mais pressão política

Washington Novaes é jornalista, colunista do “Estado de SP”, para onde escreveu o seguinte artigo:

Há quantas décadas os cientistas advertem que não se devem desmatar encostas e topos de morros, nem ocupá-los com construções, porque se corre o risco de deslizamentos e mortes? Há quantas décadas a legislação proíbe essa ocupação? Há quanto tempo a ciência mostra os riscos de ocupar a planície natural de inundação de rios, que periodicamente ali produzem enchentes mais fortes, com vítimas e perdas materiais, ainda mais se canalizados, retificados, obstruídos por barragens? Não são conhecidos há muito tempo os riscos de impermeabilizar todo o solo das cidades com asfalto e não deixar espaço para a infiltração de água - agravando o risco de inundações? Há quantas décadas o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alerta para a maior freqüência e o agravamento dos chamados “eventos extremos” do clima, principalmente chuvas intensas em curto espaço de tempo?

Quem acompanhou nas últimas semanas o noticiário sobre as chuvas e inundações em Santa Catarina viu todos os fenômenos indesejáveis acontecerem em poucos dias, nos quais morreu mais de uma centena de pessoas, mais de 100 mil foram desalojadas (principalmente moradores de encostas, topos de morros e adjacências), cidades se inundaram, rodovias, gasodutos e portos foram danificados, o turismo teve prejuízos imensos. Continua


Descarte de remédios pode contaminar o meio ambiente



UOL Notícias - 19.12.2008


Leitores comentam matéria “MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências”



JC e-mail 3666, de 19 de Dezembro de 2008.
22. Leitores comentam matéria “MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências”


“A liberdade de culto e a separação Estado-Igreja são conquistas muito importantes para permitirmos que sejam deixadas a perder pelo renascimento do obscurantismo”

Leia o comentário de Roberto Vicente, físico e pesquisador do Ipen:

“A pressão constante de igrejas para mudar a lei não permite que fiquemos indiferentes a uma questão que parece menor para muitos cidadãos. Não podemos esmorecer nessa luta! Se algumas igrejas não defendem oficialmente a idéia de se ensinar o criacionismo como uma explicação alternativa ao surgimento e diversificação das formas de vida na Terra, muitos de seus membros são ativos nessa campanha. A argumentação é variada, mas, via de regra, tenta simular o método científico, explorar os valores da democracia e mimetizar a lógica para convencer a sociedade a aceitar essa proposição.

Gostaria de acrescentar alguns pensamentos a tudo que tem sido dito e escrito a respeito: A idéia de que o criacionismo seja uma explicação alternativa à ‘doutrina’ darwinista e que "... a maneira mais justa e honesta de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando-se destaque aos pontos fortes e fracos de cada um" como diz Christiano da Silva Neto, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, é uma tática ardilosa do proselitismo religioso.

Primeiro, porque não existe um modelo criacionista para ser apresentado. São muitos os modelos, como se observa na ampla literatura disponível na Internet. Nos EUA, os criacionistas se classificam, entre outras correntes, em YEC ou OEC (young earth criationists ou old earth criationists). Mas há, desde o mais radical literalismo na leitura da Bíblia, até o extremo de aceitar o Big Bang como o momento em que ‘Deus criou tudo’, inclusive a receita para que a vida se desenvolvesse segundo as leis da física, parando Ele, naquele exato momento, de reger a orquestra do Mundo e deixando que a Natureza seguisse seu curso. Continua


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Principal hospital de Itaperuna está debaixo d'água / Mineração agrava alagamentos em MG




Jornal Nacional - 19.12.2008





Jornal Hoje - 19.12.2008



Está perto, bem perto de mim!

Para a Dodô, Pedro, Lula, Wlad, Robinho, Regininha do Ceará, Afrânio, e Didi








Pior do que a chuva é o manda-chuva

Via O ECO - 15/12/2008, 14:37

Marcos Sá Corrêa

Não é só a chuva que volta a atacar em Santa Catarina. O governador Luíz Henrique da Silva também está pegando pesado. Não lhe basta ser o tricampeão nacional de derrubada da mata atlântica. Ou mesmo o propagandista de um Código Ambiental para revogar todas as disposições contrárias a suas idéias, como transformar Florianópolis em Marbela. Ele agora patrocina na Assembléia Legislativa a liquidação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

O parque é o melhor remédio da farmacopéia política catarinense para evitar o desmanche de seus morros, quando os céus desabam sobre a imprevidência humana aqui na terra. Tem 90 mil hectares. Cobre um por cento do estado. Quem não o reconhece pelo nome, mas andou um dia pelo litoral do estado, mesmo distraído há de ter percebido sua existência.

É dele a paisagem que liga o mar ao planalto, com mata atlântica, restingas verdes, florestas de araucária e campos de altitude. E engloba os mananciais que abastecem Florianópolis, canalizando para as torneiras de um milhão de pessoas, em perfeitas condições de uso, a água serrana dos rios Vargem do Braço e Cubatão. É nisso que o governador resolveu mexer, para estragar. Continua


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

PMs são presos por suspeita de roubar de assaltantes

Via Blog do Noblat - 18.12.2008| 16h08m

No país onde se rouba doações para desabrigados por enchentes, um sargento e três soldados da Polícia Militar foram presos esta semana em São Paulo como suspeitos de assaltar ladrões. A Corregedoria diz que eles perceberam um assalto a um caixa eletrônico, mas resolveram esperar os ladrões saírem. Em seguida, assaltaram os assaltantes, que foram embora de mãos vazias. Leia mais em PMs são presos por suspeita de roubar de assaltantes

Blog do Noblat


Cidades cada vez menos verdes

Via O ECO - 17/12/2008, 18:51

Cristiane Prizibisczki

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Fundação SOS Mata Atlântica divulgaram hoje (17) os números do desmatamento nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória (ES). Os dados, referentes ao período 2005-2008, são de arrepiar os cabelos de qualquer gestor municipal. Segundo o levantamento, foram desmatados nestes três anos 793 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a 990 campos de futebol iguais ao Maracanã. Os dados fazem parte do Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que será lançado em maio do próximo ano, com informações dos 3,4 mil municípios que abrangem o bioma.


A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que compreende 39 municípios no entorno na capital, foi a campeã em desmatamentos. Somente nos últimos três anos, foram suprimidos 437 hectares de vegetação, número nove vezes maior que o verificado entre 2000 e 2005, quando o desmatamento consumiu 48 ha de matas. Neste total, estão contabilizados os 201 hectares desmatados legalmente para a construção do Rodoanel, que contornará o centro da RMSP. No entanto, os outros 236 ha desmatados encontram-se, principalmente, na região da Cantareira, responsável por abastecer cerca de 55% da população.

O segundo lugar do ranking foi para o Rio de Janeiro, com 205 hectares de floretas nativas desmatadas no período. O número é praticamente o dobro do verificado entre 2000 e 2005, quando foram colocados ao chão 94 ha vegetação. Os municípios de Itaboraí e Nova Iguaçu são os mais críticos, já que apresentam desmatamentos no entorno da Reserva Biológica do Tinguá. Continua


Tupis-guaranis já estavam no Sudeste há 3.000 anos


JC e-mail 3664, de 17 de Dezembro de 2008.
18. Tupis-guaranis já estavam no Sudeste há 3.000 anos


Descoberta antecipa data em um milênio e embaralha teoria sobre dispersão. Cientistas estudaram carvões de duas fogueiras feitas em épocas diferentes para determinar a presença indígena em Araruama (RJ)

Eduardo Geraque escreve para a “Folha de SP”:

O povo tupi-guarani já vivia na região de Araruama (RJ) há 2.920 anos (a margem de erro é de 70 anos) -aproximadamente 1.180 anos antes do que as evidências científicas indicavam até hoje. A descoberta publicada nos "Anais da Academia Brasileira de Ciências" embaralha as teorias que tentam explicar a dispersão dessa cultura índígena, que teria começado na Amazônia.

A "nova" datação, deduzida a partir dos carvões de uma fogueira (provavelmente usada na queima de cerâmica), na verdade foi feita no final dos anos 1990. Justamente pelo fato de ser antiga demais, porém, a autora do estudo, Rita Schell-Ybert, do Museu Nacional, não acreditou que a fogueira pudesse ser obra de humanos, e acabou engavetando a análise.

O panorama só começou a mudar recentemente, quando surgiu um outro dado. A datação de uma outra fogueira, desta vez de origem funerária, no mesmo sítio arqueológico de Morro Grande, município de Araruama, mostrou que ela havia sido feita 2.600 anos atrás.
Os tupis-guaranis, diz Schell-Ybert à Folha, enterram seus mortos em urnas, mas ao lado eles fazem fogueiras -tanto para "espantar espíritos ruins" quanto para "aquecer a alma" do morto e prepará-la para entrar no Guajupiá (o Paraíso da mitologia tupi-guarani). Continua


quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Darwin más que nunca

Via El Mundo - Espanha

Eudald Carbonell

Caricatura de Darwin
publicada por una revista
británica en 1974*.

4 de diciembre de 2008.- 150 años después, la selección natural continua siendo la espina dorsal de la Teoría de la Evolución y goza de buena salud. Sorprendentemente ahora en nuestro país cada vez se habla más de evolución: en publicidad, en discusiones formales e informales En contextos muy diversos la evolución es un concepto que está en boga y ha pasado a ser un elemento de la realidad social y cultural de nuestra especie. Como muchos otros vocablos que son socializados, nos sirven para entender cómo somos y nos ayudan a pensar y actuar de forma diferente.

Pero, ¿qué es la selección natural? De manera resumida, es la base del cambio evolutivo de los organismos vivos. A través de ella, los especímenes más adaptados sustituyen a los menos eficientes de manera que la acumulación lenta de cambios genéticos beneficiosos a lo largo de generaciones produce el éxito de una especie.

El racionalismo en Europa ha conseguido que evolución sea sinónimo de conciencia social, de conocimiento científico, de pensamiento consistente, etc. La formulación de la selección natural como mecanismo de adaptación y adquisición de caracteres que llevan a la diversidad biológica al planeta ha sido, y al paso que vamos, será la llave maestra del conocimiento sobre la evolución. Continua.

*(Foto: Mary Evans Picture Library)

...


DOWNLOAD GRATUITO

A origem das espécies, de Charles Darwin

Em espanhol
Em francês
Em inglês


Menina acha R$ 20 mil em casaco recebido como doação em Ilhota

Via Diário Catarinense - 17.12.2008

Avô de Daniele devolveu todo o dinheiro para a família doadora, que mora no Meio-Oeste de SC


Casaco seria repassado a outros desabrigados,
porque a roupa era muito fina para o estilo
de vidada família, disse Daniel Manoel da Silva
Foto:Gilmar de Souza

A menina Daniele Maria Annater, 5 anos, queria apenas brincar com o casaco de couro e pele antes que ele fosse colocado junto ao monte de roupas que seria repassado a outros desabrigados. A família recebeu o casaco como doação depois de perder tudo na localidade de Alto Baú, em Ilhota, no Vale do Itajaí, mas nem a mãe nem as tias da menina se interessaram pelo peça. Quando vestiu o casaco, Daniele teve uma surpresa. Encontrou R$ 20 mil escondidos na manga.

Assim que pegou o dinheiro, o avô da menina, Daniel Manoel da Silva, 58 anos, foi atrás do doador, que é morador de Concórdia, município no Meio-Oeste catarinense, para devolvê-lo.

— Se o dinheiro fosse entregue nas minhas mãos, teria aceitado com certeza, pois agora precisamos. Mas é uma questão de criação, fui educado assim e estou com a consciência limpa — contou seu Daniel, que foi presenteado com R$ 1 mil pela honestidade.

O agricultor, que plantava cana e fabricava cachaça artesanal, disse que iriam dar o casaco para outras pessoas que também tinham perdido tudo, pois era uma roupa muito fina para o estilo de vida deles.

No último mês, muita coisa mudou na vida da família de seu Daniel. No domingo, 23 de novembro, a casa nova da famíla foi encoberta pela lama e cinco familares morreram soterrados: Luis Paulo Hostim, 17 anos, João Pedro Silva, um ano e oito meses, Joana Maria Annater, sete meses, Nelson Galdino da Silva, 62 anos, e Maria Tatiana Hostim, sete meses. Continua


Furto de donativos revolta voluntários em Santa Catarina




Jornal Nacional - 16.12.2008


O texto desta reportagem pode ser lido aqui.


Veja também:

SC: aproveitadores desviam donativos para vítimas das enchentes



Onde isso vai parar?

Via Blog do Noblat - 17.12.2008

DEU NO O GLOBO

Desvio de donativos em Santa Catarina provoca perplexidade e indignação entre brasileiros

De Flávio Freire e Maiá Menezes:

A roubo de donativos destinados às vítimas das enchentes em Santa Catarina provocou indignação e também um debate sobre os reflexos da impunidade no país. O professor de Ética e Filosofia da Unicamp Roberto Romano diz que o comportamento de juízes, políticos e empresários que advogariam em causa própria incentiva no país ações como as dos soldados e voluntários que roubaram alimentos e roupas doados a quem perdeu tudo o que tinha nas enchentes.

Para Romano, quando agem a seu favor, pessoas que deveriam dar o exemplo quebram a fé pública, e provocam, com isso, o sentimento do "se ele pode, eu posso".

- Isso dá à multidão o exemplo da impunidade - disse.

Para o professor, a sociedade, mesmo em situação normal, deve contar com a violência e o egoísmo quando o assunto esbarra no comportamento humano.

- E a situação fica pior em caso de pânico, quando a norma do cotidiano e da rotina é suspensa. Aí temos a eclosão do que é mais baixo na conduta humana.

Roberto Romano lembrou o que aconteceu em Nova Orleans, pós-furacão Katrina, quando, segundo a polícia americana, foi registrada uma sucessão de estupros, assassinatos e roubos. Leia mais em O Globo

Os dez soldados e um sargento do Exército flagrados numa reportagem da RBS TV, afiliada da TV Globo, furtando donativos destinados a vítimas das enchentes em Santa Catarina deverão ser ouvidos a partir de hoje no inquérito policial militar (IPM) aberto para investigar a participação deles na ação que chocou o país. O Exército abrira sindicância para apurar a transgressão às suas normas, mas, ontem à tarde, o caso se transformou em IPM, diante do indícios de crime e da repercussão. Todos estão detidos no 23 Batalhão de Infantaria de Blumenau.

De acordo com o comandante da 14 Brigada de Infantaria Motorizada em Florianópolis, general Manoel Luiz Pafiadache, responsável pelo Batalhão do Exército em Blumenau ao qual pertenciam os militares, os objetos furtados do pavilhão 1 do Parque da Vila Germânica foram devolvidos sábado, quando o comando soube da reportagem:

- Ainda não sabemos se foram todos que participaram. Vamos ouvir um por um. O que aconteceu foi falta de comando, de liderança do responsável pelo grupo, que era o sargento.

O general explicou que o fato de não ter havido o flagrante contra os soldados faz com que o caso precise agora ter uma apuração mais demorada. Ele disse que os militares poderão ser presos e até expulsos da corporação. Leia mais em O Globo

Via Blog do Noblat



terça-feira, 16 de dezembro de 2008

The Deep Sky

Via ESA/ESO




Manuel Prestamicola, 9 anos.
Roma, Itália



Via ESA/ESO


Deus não freqüenta laboratório



JC e-mail 3662, de 15 de Dezembro de 2008.
22. Deus não freqüenta laboratório


E pesquisador não é divindade. Com base nisso, educadora critica criacionismo nas aulas de ciências

Mônica Manir escreve para “O Estado de SP”:

Enquanto pilota um carro automático, Roseli Fischmann explica como conduz sua vida: com teoria e prática juntas, sem o revezamento entre uma e outra concebido pelo filósofo Gilles Deleuze, porque há uma pancada de muros a enfrentar. Um deles é o debate acerca do Estado laico, sobre o qual escreveu um livro de bolso para a coleção Memo, do Memorial da América Latina, lançado neste ano.

Um troco diante de uma carreira que inclui coordenar a área de Filosofia e Educação da pós em Educação da USP, comanda o grupo de pesquisa do CNPq “Discriminação, Preconceito, Estigma” e ter redigido o conteúdo do tema transversal Pluralidade Cultural dos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Quando se anuncia, como nessa semana, que escolas confessionais estão adotando o criacionismo em aulas de ciências, Roseli aciona o pisca-alerta, apesar de o assunto não lhe ser tão novo assim. Em 2004, para citar um exemplo, a Secretaria de Educação do Rio definiu que o criacionismo seria discutido de forma “superficial” nas escolas públicas estaduais. Outros Estados tornaram o ensino religioso obrigatório nas mesmas escolas públicas, não necessariamente com essa “superficialidade”, mas sempre contra a Constituição, como ela insiste em lembrar. Não fosse ilegal, seria improdutivo.

Para Roseli, religião e ciência são como água e óleo: operam com lógicas impossíveis de se misturar. “Ninguém sai ganhando porque os cientistas podem pensar que são deuses, e quem fala de Deus pode pensar que é cientista.” Abaixo, Roseli desenvolve sua teoria sobre como essa história pode ou não evoluir. Continua


MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências



JC e-mail 3662, de 15 de Dezembro de 2008.
21. MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências


Material didático do Mackenzie e Pueri Domus traz visão teológica no ensino fundamental; segundo modelo, que se opõe à teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin, o Universo foi criado por um ser superior

Fábio Takahashi e Talita Bedinelli escrevem para a “Folha de SP”:

O Ministério da Educação tomou posição no debate relativo ao ensino do criacionismo nas escolas do país. Para o MEC, o modelo não deve ser apresentado em aulas de ciências, como fazem alguns colégios privados, em geral confessionais (ligados a uma crença religiosa).

"A nossa posição é objetiva: criacionismo pode e deve ser discutido nas aulas de religião, como visão teológica, nunca nas aulas de ciências", afirmou à Folha a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar.

Apesar do posicionamento, o MEC diz não poder interferir no conteúdo ensinado pelas escolas, pois elas têm autonomia.

Conforme informou o colunista da Folha Marcelo Leite no último dia 30, o colégio Mackenzie (presbiteriano) adotou neste ano apostilas que apresentam o criacionismo nas aulas de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental. Outras escolas, como as adventistas, por exemplo, praticam opção semelhante.

Teorias

Os criacionistas dizem que o Universo foi criado por um ser superior, assim como os seres vivos. Para eles, a vida é muito complexa para ter surgido sem intervenção sobrenatural.

Essa crença se opõe à teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin, presente nas diretrizes curriculares nacionais, segundo a qual todas as espécies provêm de um ancestral único -e, a partir dele, se diferenciaram, chegando à diversidade atual de seres vivos.

O entendimento do MEC é semelhante ao dos pesquisadores contrários ao criacionismo: o modelo não pode ser considerado teoria científica por não estar baseado em evidências (preceito tido como básico para se definir o que é ciência).

"[O ensino do criacionismo como ciência] é uma posição que consideramos incoerente com o ambiente de uma escola em que se busca o conhecimento científico e se incentiva a pesquisa", afirmou Pilar.

O presidente da Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, Christiano da Silva Neto, tem entendimento diferente.

Para ele, como não há consenso sobre qual teoria está correta, "a maneira mais justa e honesta de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando-se destaque aos pontos fortes e fracos de cada um". Continua


Cidades ignoram política ambiental



JC e-mail 3662, de 15 de Dezembro de 2008.
17. Cidades ignoram política ambiental



Mais de 90% registraram alteração no meio ambiente, mas só 18,7% têm conselho ativo e verba para o setor

Alexandre Rodrigues escreve para “O Estado de SP”:

Mais de 90% dos municípios do País sofreram impacto de alterações ambientais nos últimos dois anos. Mas sua estrutura para políticas de ambiente ainda não é compatível com a gravidade do diagnóstico. É o que informaram prefeitos e secretários das cidades ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem a Pesquisa de Informações Municipais 2008.

Embora a proporção de cidades com conselhos municipais de ambiente tenha mais do que dobrado na última década - subindo de 21,4% para 47,6% entre 1999 e 2008 -, só 1.880 dos 2.650 órgãos consultivos criados para envolver cidadãos na formulação de políticas fizeram pelo menos uma reunião nos últimos 12 meses. Se for considerado o município com conselho ativo e recurso específico para o setor, só 18,7% se enquadram nesse item. Em pouco mais de 16% há secretaria exclusiva, e a área só conta com 0,8% do total do funcionalismo municipal do País. Apenas um quarto das cidades faz licenciamento de impacto ambiental local. Continua


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SC: aproveitadores desviam donativos para vítimas das enchentes




Jornal Nacional - 15.12.2008



INPE pesquisa erosão comum no Piauí, a voçoroca




Jornal Nacional - 15.12.2008



Entrevista - Geraldo Vandré

Via Correio Braziliense - 13/12/2008

Leandro Colon

Aos 73 anos, Geraldo Vandré afirma que não sabe quem é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a política brasileira depois do AI-5 não existe mais. “Naquele tempo eu não tinha presidente. Agora você tem, não tem? Eu não tenho. Quero ficar longe dessa realidade que você está”, disse o autor da música Disparada numa conversa de 40 minutos por telefone na terça passada.

Ele também reclama do uso público de suas músicas hoje em dia: “Como tudo mais que as pessoas usam como querem e não pagam nada para ninguém”. E nega que tenha feito música de protesto ao regime militar. “Era uma crônica da realidade, talvez”.

O AI-5 não só encerrou a carreira de Vandré no Brasil, como o transformou num homem solitário, longe dos palcos, recluso num mundo particular, muitas vezes chamado de paranóico pelos amigos. Um mundo com frases desconexas quando fala do presente, mas lúcidas e irônicas ao tratar do passado. Quem foi Vandré? “Foi um artista, uma pessoa que fazia música, arte, canção popular”, diz ele, para logo provocar: “Pergunte ao governo quem foi Vandré”.

O paraibano e advogado Geraldo Pedrosa de Araújo Dias (Vandré era uma homenagem ao pai) vive em São Paulo, num pequeno apartamento no centro da cidade. Mas não é fácil encontrá-lo em casa. Nos últimos dias, disse estar cuidando da saúde num lugar incerto. É aposentado pelo Ministério da Fazenda, por ter trabalhado na extinta Sunab antes de 1968.


O que isso significou o AI-5 na sua carreira?
Eu parei ali. Acabou a carreira. Não tive mais carreira.

Por que optou por essa reclusão e não voltou mais a cantar?
Porque é outro país, não é o meu. Mudou demais. Naquele tempo não tinha presidente. Agora você tem, não tem? Pois, bem. Eu não tenho. Não tinha e continuo não tendo. Eu tenho outras coisas a fazer, eu fui expulso do serviço público por causa dessa canção (Para não dizer que não falei das flores). O que você chama de governo cobra impostos sobre o meu crime. Sou advogado, de outra época, do tempo em que se estudava leis nesse país. Antes havia lei e se estudava leis.

Quem foi Geraldo Vandré?
Um artista que fazia música brasileira, canção popular.

O senhor acha que os jovens de hoje deveriam saber quem foi Geraldo Vandré?
Você deveria perguntar isso para o governo deles. Você não tem governo? Pergunta para o governo quem foi Geraldo Vandré. Continua


domingo, 14 de dezembro de 2008

Saturno

Via ESA/ESO



Anton Schölkopf, 3 anos.
Tübingen, Alemanha



Via ESA/ESO


A anatomia do consumo

Via Revista Veja - Edição 2091 - 17 de dezembro de 2008


A ciência conseguiu mapear as regiões do cérebro ativadas no momento da compra. A conclusão: o consumo está muito mais ligado às emoções do que à razão

Camila Pereira e Marcos Todeschini


Às vésperas do Natal, as maiores redes varejistas do planeta estão diante do desafio de despertar o desejo pela compra em meio à crise financeira mundial. Com o movimento em baixa numa época do ano em que o comércio tradicionalmente fervilha, elas primeiro recorrem ao básico. Oferecem brindes, frete gratuito, liquidações com descontos na casa dos dois dígitos. A consultoria PricewaterhouseCoopers deu os números: cinqüenta das 100 maiores redes varejistas do mundo, vinte delas presentes no Brasil, estão oferecendo descontos de pelo menos 20%, algo atípico para este período do ano. A idéia de que o sucesso de um negócio não depende apenas de um bom produto para vender, mas também da capacidade de provocar a vontade de comprar por meio de ferramentas de propaganda e marketing, remete ao século XIX. A novidade é que, às velhas técnicas, se somou uma nova ciência devotada a desvendar as raízes dessa decisão tão séria – a de gastar dinheiro. Autor do livro Previsivelmente Irracional, o psicólogo Dan Ariely, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, resumiu a VEJA a tese mestra dessa linha de pesquisa: "Comprar é uma decisão pouco racional. Nos negócios, sai-se melhor quem consegue provocar emoções positivas". Continua


Vaticano lança documento contra clonagem e células-tronco

Via Estadão - Sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


Texto oficial sobre biotética da Santa Sé era esperado há tempos, e endurece as posições já conhecidas

PHILIP ULLELLA - REUTERS

VATICANO - O Vaticano disse nesta sexta-feira que a vida é sagrada em qualquer estágio de sua existência, e condenou a fertilização artificial, a pesquisa de células-tronco embrionárias, a clonagem humana e as pílulas anticoncepcionais.

Síntese oficial do documento, em português

O documento sobre bioética do corpo doutrinal do Vaticano, aguardado há muito tempo, também afirma que a "pílula do dia seguinte", o DIU e os remédios que bloqueiam a ação dos hormônios necessária para manter um óvulo fertilizado no útero caem "no pecado do aborto" e são gravemente imorais. Continua


Genérico antiaids produzido no País custa até 7 vezes mais que importado

Via Estadão - Domingo, 14 de Dezembro de 2008


Entre os motivos para a diferença estão menor escala de produção e dificuldades na política industrial farmacêutica

Lígia Formenti

Remédios genéricos anti-retrovirais produzidos no Brasil chegam a custar até sete vezes mais do que aqueles fabricados em outros países. A diferença, reconhecida pelo Ministério da Saúde, é fruto da produção em menor escala, da maior dificuldade em comprar matéria-prima e da falta histórica de uma política industrial farmacêutica.

Mas o preço alto também é atribuído, em parte, a uma espécie de "comodismo" dos laboratórios oficiais. "O setor sabe que é estratégico e, diante da segurança que essa situação lhe dá, nem sempre toma as medidas necessárias para se tornar mais competitivo", afirma a pesquisadora de economia em saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro Lia Hasenclever.

A organização Médicos Sem-Fronteiras há alguns anos informa preços de medicamentos usados por pacientes com aids. Comparando os valores apresentados pela organização com os do Programa Nacional de DST-Aids, nota-se uma variação significativa (mais informações nesta pág.). Essa desproporção já havia sido destacada antes em duas pesquisas, uma delas divulgada em dezembro de 2007. Questionado na época, o governo havia afirmado que os preços seriam reduzidos em 20% neste ano. A previsão foi cumprida, mas, mesmo assim, a desigualdade de valores continua. Clique aqui para ver a matéria completa.


sábado, 13 de dezembro de 2008

Ageratum conyzoides

Por Lucia Maria Paleari - IBB - UNESP




Ageratum conyzoides é o nome científico da planta herbácea de flores azuladas, que quando tocada exala um forte odor, razão dos seus nomes populares: catinga-do-bode (RS e RJ) e catinga-de-barão (MA). É conhecida ainda por picão-roxo, erva-de-santa-Lucia, Maria-preta etc. Essa planta, que de malcheirosa não tem nada, pode ser atacada por pulgões que sugam sua seiva e servem de alimento para joaninhas. Besourinhos de 5 a 8 mm de comprimento, as joaninhas alimentam-se de pulgões tanto durante a fase de larva como durante a fase de adulto, quando apresentam as duas asas anteriores (élitros) coloridas.


Declaração faz 60 anos sem garantir direitos humanos

12/12/2008


Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

Thais Iervolino

"Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos". Assim começa a Declaração Universal dos Direitos Humanos que, nesta semana, completou 60 anos. Realizado a partir da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, o documento possui 30 artigos que enumeram os direitos que todos os seres humanos possuem.

Apesar de décadas da existência desta declaração, porém, esses direitos ainda estão longe de serem garantidos. Trabalho escravo, desrespeito às comunidades indígenas e quilombolas, entre outras situações que indicam a não efetivação desta declaração ainda são freqüentes, principalmente na Amazônia.

Trabalho Escravo
Segundo o Relatório Direitos Humanos no Brasil 2008, produzido pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, entre janeiro e setembro deste ano, houve 179 denúncias de unidades de produção rural envolvidas em trabalho escravo, com 5.203 trabalhadores envolvidos. No mesmo período, o número de pessoas consideradas vítimas pela denúncia foi de 42.526 e foram libertas 26.318 pessoas. O estado considerado "campeão" no crime tem sido o Pará. Segundo os especialistas Ricardo Rezende Figueira e Adonia Antunes Prado, ambos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o trabalho escravo em sua versão contemporânea tem sido discutido, associado à presença de novas formas de exploração agrícola, às agressões ambientais, às migrações e ao tráfico de pessoas. "Já se passaram quase quatro décadas desde que um catalão e recém empossado bispo de São Felix do Araguaia, Mato Grosso, dom Pedro Casaldáliga (1970, 1972, 1977) , fez suas primeiras e contundentes denúncias a respeito da escravidão na Amazônia. O problema, na época, gravíssimo, persiste. Não da mesma forma. Alguns atores mudaram, a conjuntura política é outra e as reações são diferentes", relatam eles no estudo. Continua


Hubble in the space

Via ESA/ESO



Lars Morales Soriano, 6 anos.
Sneek, The Netherlands





Via ESA/ESO


Oito em cada dez brasileiros nunca ouviram falar do AI-5

Via Blog do Noblat - 13.12.2008


DEU NA FOLHA DE SÃO PAULO

Oito em cada dez brasileiros nunca ouviram falar do AI-5

Editado há 40 anos pelo general Costa e Silva, o AI-5, o principal símbolo da ditadura militar, é totalmente ignorado por 82% dos brasileiros a partir dos 16 anos. E, dos 18% que ouviram falar algo sobre ele, apenas um terço (32%) respondeu corretamente que a sigla se referia ao Ato Institucional nº 5.

Editado em 13 de dezembro de 1968 pelo então presidente, o general Costa e Silva, o AI-5 autorizava o Executivo a fechar o Congresso, cassar mandatos, demitir e aposentar funcionários de todos os poderes. O governo podia legislar sobre tudo, e suas decisões não podiam ser contestadas judicialmente. Em dez anos, o AI-5 serviu de base para a cassação de mais de cem congressistas. A censura atingiu cerca de 500 filmes, 450 peças, 200 livros e 500 canções.

Passados quase 30 anos de sua extinção, a lembrança do AI-5 vem se desvanecendo. Como observa o cientista político Marcus Figueiredo, do Iuperj, isso resulta do fato de que boa parte da população nasceu após 1968: "O fato tem 40 anos e não faz parte do calendário das datas nacionais". Mas mesmo no estrato de pessoas com 60 anos ou mais (indivíduos que tinham ao menos 20 anos quando o AI-5 foi editado), só 26% dizem ter ouvido falar dele.

O conhecimento sobre o AI-5 cresce à medida que avança a escolaridade formal. Só 8% das pessoas com ensino fundamental ouviram falar do AI-5. A taxa sobe para 53% entre quem tem nível superior, mas só 12% desse grupo se diz bem informado. Assinante do jornal leia mais em: Oito em cada dez brasileiros nunca ouviram falar do AI-5


Blog do Noblat


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

La violencia machista burla los muros del saber

CARMEN MORÁN - Via El Pais - Madrid - 08/12/2008

Un 65% de profesores y alumnos universitarios ha sufrido maltrato o ha sido testigo de algún caso

En la calle, pero también en las salas donde los jueces dictan sentencias, se tiene a veces la errónea idea de que la violencia de género es propia de clases bajas o de ámbitos marginales. Pero, desafortunadamente, el maltrato burla los estratos socioculturales y halla acomodo también entre los muros del saber y la tolerancia, como las universidades. El 65% de los universitarios consultados en un estudio elaborado por seis universidades públicas (1.083 hombres y mujeres) conoce o ha sufrido alguna situación de violencia de género en la facultad. No siempre las reconocen cuando las ven, pero una vez que se les pregunta por circunstancias concretas que internacionalmente son consideradas violencia de género, las identifican.

Esta primera parte del estudio, que pretende sacar a la luz la realidad en las universidades, para implantar después las medidas necesarias, descubre que aún hay un porcentaje de universitarios nada desdeñable (33,24%) que no ve violencia de género en la exigencia de saber con quién y dónde está su pareja. Casi un 22% tampoco identifica este problema aunque la pareja te imponga la manera de vestir, peinar o comportarte en público. Y un porcentaje idéntico cree que impedirte hablar con otras personas no es nada anormal. Continua


O clima está mudando. E rápido

Via O ECO

Gustavo Faleiros
11/12/2008, 16:10


Novas pesquisas mostram que aumento de 1,5 ºC
pode acabar com gelo na Groelândia. (Fonte: NASA)

Durante o ano passado, quase qualquer cidadão do mundo foi avisado de que se o aquecimento global exceder 2ºC, a humanidade entrará em terreno 'desconhecido e perigoso'. Pode soar um pouco assustador, mas o fato é que se trata de um alerta baseado nos dados do 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). O limite dos 2ºC se tornou referência para campanhas de ONGs e até serviu de base para os negociadores na última Conferência do Clima em Bali, quando foram criadas as raízes para um futuro acordo climático (o chamado pós-Kyoto).

Mas agora, nos corredores do pavilhão de exposições de Poznan, onde ocorre, até sábado, mais uma rodada de negociações das Nações Unidas sobre o clima, as coisas parecem estar mudando; pelo menos do ponto de vista dos cientistas. A meta de 2ºC pode não ser suficiente para interromper os piores efeitos da mudança climática, como secas e chuvas devastadoras.

Martin Parry, chefe do Departamento de Ciências Ambientais do Imperial College (Londres), que foi o vice-presidente do grupo sobre impactos do aquecimento no IPCC, tem circulado um artigo científíco na conferência, alertando sobre os riscos de não agir agora. Entítulado “As consequências de atrasar ações sobre mudanças climáticas”, seu paper sustenta que as atuais propostas para a redução das emissões de carbono são permissivas a respeito de impactos sobre o homem e a natureza.

“Nós deveríamos estar pensando em algo como 1,5ºC ou até mesmo menos, como aumento máximo”, diz Parry. Em seu artigo, o membro do IPCC demonstra que permitir uma elevação de 2ºC na temperatura global representa, entre outras coisas, que entre 1 bilhão e 2 bilhões de pessoas sofrerão com problemas de suprimento de água. Ou haverá um incremento na extinção de anfíbios e uma drástica queda na produção de cereais. Continua.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Lula cede às pressões da bancada ruralista e anistia desmatadores

Via Greenpeace - 11 de Dezembro de 2008

São Paulo - Brasil — Uma semana depois de anunciar metas de redução de 40% no desmatamento irregular, presidente assina decreto que incentiva a destruição das florestas.

O presidente Lula assinou na quinta-feira (11/12) um decreto que anistia por um ano os desmatadores - durante esse período, o IBAMA fica impedido de cobrar as multas aplicadas. O decreto 6.686 que altera o 6.514, assinado em junho de 2008, diz que a cobrança das multas relativas à ocupação irregular de reserva legal e desmatamento serão suspensas até o dia 11 de dezembro de 2009. Para ser beneficiado, o desmatador só precisa apresentar o protocolo de pedido de regularização da reserva legal junto ao órgão ambiental competente.

O decreto atende às pressões da bancada ruralista, que comemorou a iniciativa do presidente dizendo que ganhou tempo para trabalhar pelo fim da exigência da reserva legal e pela transformação da anistia em uma medida definitiva, com a alteração do Código Florestal. Na semana passada, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes defendeu publicamente anistia a quem desmatou e ocupou ilegalmente áreas de preservação permanente (APP) até julho de 2007. “O governo Lula agiu como sempre faz com as questões ambientais. A proteção do meio ambiente fica só no discurso porque na prática, ele sempre acaba cedendo às pressões da bancada ruralista”, diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace. Continua


La NASA detecta la presencia de vapor de agua y CO2 en un planeta fuera del Sistema Solar

Via El Mundo - 11/12/2008

HALLAZGO PUBLICADO EN 'NATURE'

La NASA detecta la presencia de vapor de agua y CO2 en un planeta fuera del Sistema Solar

. El mundo, conocido como HD189733b, se encuentra a 63 años luz de la Tierra
. Los expertos descartan que exista vida, ya que su temperatura es demasiado alta
. Los hallazgos se han logrado gracias a los telescopios 'Hubble' y 'Spitzer'


Recreación artística del planeta HD 187933b,
orbitando en torno a su estrelle. (Foto: NASA)


TANA OSHIMA

MADRID.- En los últimos años, el descubrimiento de metano y las sospechas de la existencia de vapor de agua han mantenido en el punto de mira a un planeta fuera de nuestro Sistema Solar conocido como HD189733b. Ahora, la NASA y un estudio de Nature confirman, respectivamente, la presencia de dióxido de carbono y agua en su atmósfera, todos ellos compuestos químicos que hacen soñar con la vida extraterrestre.

HD189733b, que se encuentra a 63 años luz de la Tierra, es un Júpiter caliente relativamente fácil de estudiar para los astrónomos. Está tan cerca de su estrella que le da nombre, HD 189733, que tarda sólo 2,2 días en girar en torno a ella.

Este exoplaneta tiene dos características interesantes. Es el exploneta de tránsito más luminoso de entre los que se conocen, lo que facilita el estudio por espectros a los astrónomos, quienes comparan las emisiones de luz del exoplaneta cuando pasa delante y detrás de su Sol. Estas diferencias permiten deducir la composición atmosférica del planeta, pues cada molécula tiene una forma distinta de emitir la luz. Continua