quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Lula cede às pressões da bancada ruralista e anistia desmatadores
Via Greenpeace - 11 de Dezembro de 2008
São Paulo - Brasil — Uma semana depois de anunciar metas de redução de 40% no desmatamento irregular, presidente assina decreto que incentiva a destruição das florestas.
O presidente Lula assinou na quinta-feira (11/12) um decreto que anistia por um ano os desmatadores - durante esse período, o IBAMA fica impedido de cobrar as multas aplicadas. O decreto 6.686 que altera o 6.514, assinado em junho de 2008, diz que a cobrança das multas relativas à ocupação irregular de reserva legal e desmatamento serão suspensas até o dia 11 de dezembro de 2009. Para ser beneficiado, o desmatador só precisa apresentar o protocolo de pedido de regularização da reserva legal junto ao órgão ambiental competente.
O decreto atende às pressões da bancada ruralista, que comemorou a iniciativa do presidente dizendo que ganhou tempo para trabalhar pelo fim da exigência da reserva legal e pela transformação da anistia em uma medida definitiva, com a alteração do Código Florestal. Na semana passada, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes defendeu publicamente anistia a quem desmatou e ocupou ilegalmente áreas de preservação permanente (APP) até julho de 2007. “O governo Lula agiu como sempre faz com as questões ambientais. A proteção do meio ambiente fica só no discurso porque na prática, ele sempre acaba cedendo às pressões da bancada ruralista”, diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace. Continua
São Paulo - Brasil — Uma semana depois de anunciar metas de redução de 40% no desmatamento irregular, presidente assina decreto que incentiva a destruição das florestas.
O presidente Lula assinou na quinta-feira (11/12) um decreto que anistia por um ano os desmatadores - durante esse período, o IBAMA fica impedido de cobrar as multas aplicadas. O decreto 6.686 que altera o 6.514, assinado em junho de 2008, diz que a cobrança das multas relativas à ocupação irregular de reserva legal e desmatamento serão suspensas até o dia 11 de dezembro de 2009. Para ser beneficiado, o desmatador só precisa apresentar o protocolo de pedido de regularização da reserva legal junto ao órgão ambiental competente.
O decreto atende às pressões da bancada ruralista, que comemorou a iniciativa do presidente dizendo que ganhou tempo para trabalhar pelo fim da exigência da reserva legal e pela transformação da anistia em uma medida definitiva, com a alteração do Código Florestal. Na semana passada, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes defendeu publicamente anistia a quem desmatou e ocupou ilegalmente áreas de preservação permanente (APP) até julho de 2007. “O governo Lula agiu como sempre faz com as questões ambientais. A proteção do meio ambiente fica só no discurso porque na prática, ele sempre acaba cedendo às pressões da bancada ruralista”, diz Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace. Continua