sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Pior do que a chuva é o manda-chuva
Via O ECO - 15/12/2008, 14:37
Marcos Sá Corrêa
Não é só a chuva que volta a atacar em Santa Catarina. O governador Luíz Henrique da Silva também está pegando pesado. Não lhe basta ser o tricampeão nacional de derrubada da mata atlântica. Ou mesmo o propagandista de um Código Ambiental para revogar todas as disposições contrárias a suas idéias, como transformar Florianópolis em Marbela. Ele agora patrocina na Assembléia Legislativa a liquidação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
O parque é o melhor remédio da farmacopéia política catarinense para evitar o desmanche de seus morros, quando os céus desabam sobre a imprevidência humana aqui na terra. Tem 90 mil hectares. Cobre um por cento do estado. Quem não o reconhece pelo nome, mas andou um dia pelo litoral do estado, mesmo distraído há de ter percebido sua existência.
É dele a paisagem que liga o mar ao planalto, com mata atlântica, restingas verdes, florestas de araucária e campos de altitude. E engloba os mananciais que abastecem Florianópolis, canalizando para as torneiras de um milhão de pessoas, em perfeitas condições de uso, a água serrana dos rios Vargem do Braço e Cubatão. É nisso que o governador resolveu mexer, para estragar. Continua
Marcos Sá Corrêa
Não é só a chuva que volta a atacar em Santa Catarina. O governador Luíz Henrique da Silva também está pegando pesado. Não lhe basta ser o tricampeão nacional de derrubada da mata atlântica. Ou mesmo o propagandista de um Código Ambiental para revogar todas as disposições contrárias a suas idéias, como transformar Florianópolis em Marbela. Ele agora patrocina na Assembléia Legislativa a liquidação do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
O parque é o melhor remédio da farmacopéia política catarinense para evitar o desmanche de seus morros, quando os céus desabam sobre a imprevidência humana aqui na terra. Tem 90 mil hectares. Cobre um por cento do estado. Quem não o reconhece pelo nome, mas andou um dia pelo litoral do estado, mesmo distraído há de ter percebido sua existência.
É dele a paisagem que liga o mar ao planalto, com mata atlântica, restingas verdes, florestas de araucária e campos de altitude. E engloba os mananciais que abastecem Florianópolis, canalizando para as torneiras de um milhão de pessoas, em perfeitas condições de uso, a água serrana dos rios Vargem do Braço e Cubatão. É nisso que o governador resolveu mexer, para estragar. Continua