31.03.2011
As declarações de cunho racista feitas por Jair Bolsonaro na noite de segunda (28) já renderam seis representações contra o deputado.
Quatro pedidos de abertura de processo tiveram origem na própria Câmara. Dois vieram de fora: da OAB e da Presidência da República.
A peça do Planalto é assinada por Carlos Alberto Júnior. Ele é ouvidor da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência.
Todos os documentos terão o mesmo destino: a Corregedoria da Câmara. Responde pelo órgão um deputado do mesmo partido de Bolsonaro.
Chama-se Eduardo Fonte (PP-PE). Ouvido, disse que a meia dúzia de representações, por análogas, devem ser reunidas em uma.
O corregedor declarou que ainda não conhece o teor das acusações. Acha, porém, que o fato de pertencer à mesma legenda do acusado não compromete sua isenção:
"A Corregedoria não tem amigo, nem inimigo, nem partido político; ela vai agir de acordo com o regimento [da Câmara] e a Constituição".
Bolsonaro foi devolvido à berlinda, seu habitat natural, por conta de declarações levadas ao ar no programa CQC, da TV Bandeirantes (vídeo disponível aqui). Continua