quarta-feira, 23 de março de 2011

Radiação em Fukushima está 1,6 mil vezes acima do normal, diz AIEA

Via Estadão
22.03.2011


A Agência Internacional de energia Atômica (AIEA) detectou níveis de radiação 1,6 mil vezes acima do normal em um raio de 20 km do complexo atômico de Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, onde o terremoto do último dia 11 provocou um acidente nuclear. Além disso, de acordo com a rede de TV NHK, o ministério da Ciência do país mediu uma emissão de raios gama 400 vezes acima do normal no solo a uma distância de 40 km da usina.

A área no raio de 20 km em torno da usina foi completamente isolada. Quem mora até 40 km do complexo foi orientado a não sair de casa. O governo japonês já identificou níveis de contaminação na água, leite e vegetais, embora eles não sejam imediatamente nocivos à saúde humana.

Segundo o professor Keigo Endo, da Universidade de Gunma, a radiação liberada de iodo em uma amostra de 5 cm de solo a 40 km de Fukushima Daiichi está acima 430 vezes do nível normal, e a de césio é de 47 vezes maior.

O Ministério da Saúde disse que os moradores de cinco municípios em Fukushima não devem misturar água de torneira com leite infantil em pó, depois que se descobriu que a água contém mais que o nível padrão de iodo radiativo permitido para bebês. As autoridades suspenderam as vendas de leite e alguns vegetais da região. Continua


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- Um mês antes do desastre, o governo tinha autorizado que o reator número 1 pudesse ser utilizado por dez anos além dos 40 anos de vida útil que ele completaria em 2011. Vinte dias depois, a empresa responsável pela usina de Fukushima admitiu que não ter inspecionado corretamente o sistema de refrigeração dos reatores. Essa informação estava no site da agência reguladora dias antes do terremoto.

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