quarta-feira, 20 de abril de 2011
Pense antes de compartilhar
Via Época
Por RENAN DISSENHA FAGUNDES
15.04.2011
Parece não ser óbvio para muitas pessoas, principalmente jovens, algumas das implicações de compartilhar sua vida na web: nem tudo é privado por padrão
Como ensinar sobre privacidade na web para crianças e adolescentes? Melhor mostrar do que só avisar, de acordo com uma escola americana. A Old Saybrook High School, em Connecticut, levou alunos do primeiro ano para uma palestra sobre segurança na internet e não ficou apenas no papo sobre cyberbullying e os perigos de se expor demais: a apresentação foi ilustrada com fotos e textos dos alunos, direto do Facebook e do Twitter daqueles que tinham deixado seus perfis públicos. Ver suas próprias fotos em festas expostas na escola ajudou alguns estudantes a entenderem melhor o alcance público da internet. Outros, sentiram que sua privacidade havia sido invadida e que a escola devia ter pedido para usar as fotos - que estavam todas disponíveis publicamente na web. Teve quem fosse para o Twitter chamar a escola de “corrupta”.
O caso acima ilustra uma situação que parece ser comum entre os jovens: apesar de passarem cada vez mais tempo usando a internet, e principalmente as mídias sociais, muitos adolescentes não compreendem claramente a confusão criada entre público e privado na rede. Uma coisa é expor coisas pessoas na web sabendo que a tecnologia tornou a ideia de privacidade mais difusa; outra coisa é ver suas fotos na balada numa apresentação da escola e sentir que sua privacidade foi invadida. Mauricio de Souza Lima, médico hebiatra (ramo da medicina que estuda os adolescentes) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), afirma que os jovens tendem a fazer algo antes de pensar nas consequências. “Meus pacientes falam que digitam antes de pensar”, diz. Continua
Por RENAN DISSENHA FAGUNDES
15.04.2011
Parece não ser óbvio para muitas pessoas, principalmente jovens, algumas das implicações de compartilhar sua vida na web: nem tudo é privado por padrão
Como ensinar sobre privacidade na web para crianças e adolescentes? Melhor mostrar do que só avisar, de acordo com uma escola americana. A Old Saybrook High School, em Connecticut, levou alunos do primeiro ano para uma palestra sobre segurança na internet e não ficou apenas no papo sobre cyberbullying e os perigos de se expor demais: a apresentação foi ilustrada com fotos e textos dos alunos, direto do Facebook e do Twitter daqueles que tinham deixado seus perfis públicos. Ver suas próprias fotos em festas expostas na escola ajudou alguns estudantes a entenderem melhor o alcance público da internet. Outros, sentiram que sua privacidade havia sido invadida e que a escola devia ter pedido para usar as fotos - que estavam todas disponíveis publicamente na web. Teve quem fosse para o Twitter chamar a escola de “corrupta”.
O caso acima ilustra uma situação que parece ser comum entre os jovens: apesar de passarem cada vez mais tempo usando a internet, e principalmente as mídias sociais, muitos adolescentes não compreendem claramente a confusão criada entre público e privado na rede. Uma coisa é expor coisas pessoas na web sabendo que a tecnologia tornou a ideia de privacidade mais difusa; outra coisa é ver suas fotos na balada numa apresentação da escola e sentir que sua privacidade foi invadida. Mauricio de Souza Lima, médico hebiatra (ramo da medicina que estuda os adolescentes) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), afirma que os jovens tendem a fazer algo antes de pensar nas consequências. “Meus pacientes falam que digitam antes de pensar”, diz. Continua