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Adelidia Chiarelli
Novo uso do hífen, resistência de alguns países e dificuldades dos professores em compreender e repassar as novas regras são alguns dos argumentos.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) solicitará que a Comissão de Educação do Senado (CE) promova no início do ano que vem uma audiência pública sobre o novo acordo ortográfico. Enquanto o Brasil deve concluir a implementação do acordo em 2013, outros países de língua portuguesa enfrentam resistências - inclusive Portugal. Uma das providências que podem ser estudadas pelo Senado é a criação de um grupo de trabalho sobre o assunto.
Ana Amélia anunciou a audiência logo após se reunir, nesta segunda-feira (28), com o professor Ernani Pimentel. Autor de diversas críticas ao novo acordo ortográfico, o professor criou o Movimento Acordar Melhor para divulgar suas ideias. Continua
O petróleo que há 23 dias vaza na Bacia de Campos pode atingir o litoral do Rio de forma jamais imaginada pelos especialistas. Trazido do oceano em barcos, o óleo recolhido no mar foi depositado no galpão de uma empresa na Baixada Fluminense. Parte dele escoou por ralos para valas de esgoto que acabam desaguando na já poluída Baía de Guanabara, na altura do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
“Com certeza os responsáveis pela Contecom (empresa subcontratada para armazenar a água oleosa - mistura de água salgada e petróleo) serão autuados. Pode ser mais de um crime ambiental”, afirmou o delegado da Polícia Federal (PF) Fábio Scliar. Continua
As pichações que há tempos poluem as ruas de Pinheiros, na zona oeste, vêm ganhando novos e preocupantes elementos gráficos nos últimos meses: suásticas e outros símbolos que remetem ao nazismo. Para a polícia, os rabiscos, que estão se tornando comuns em ruas como Cardeal Arcoverde e Teodoro Sampaio, são estratégias de propagação de valores fascistas por grupos de skinheads.
A área é próxima ao Hospital Emílio Ribas, que recentemente teve o muro vandalizado com suásticas e outros dizeres nazistas. Policiais militares da Força Tática intensificarão a fiscalização da região a partir desta semana.
A delegada Margarette Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, diz que os pichadores querem chamar atenção e o grande fluxo de pessoas no bairro acaba sendo um estímulo. “Estamos fazendo monitoramento de câmeras e o levantamento de testemunhas para ver se identificamos quem está fazendo isso.”
De acordo com ela, as inscrições de intolerância estão aumentando na cidade e, geralmente, são feitas por grupos. “Enquanto um picha, outros ficam vigiando para ninguém passar e pegá-los.” Continua
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou na segunda-feira relatório mostrando a situação de calamidade dos estabelecimentos para internação de usuários de drogas.
Nas visitas, foram identificadas irregularidades como castigos físicos, tortura, falta de higiene, trabalho forçado, preconceito contra homossexuais, obrigação de seguir credos específicos, impedimento de comunicação com o mundo externo, situações de humilhação e falta de alimentação apropriada. Em muitas instituições, os pacientes são proibidos de ter relações sexuais.
O documento foi elaborado após a realização de vistorias em 68 instituições de 24 unidades da federação nos dias 28 e 29 de setembro. As clínicas são privadas, mas algumas têm convênio com o poder público. Normalmente, os dependentes são levados pela família.
Na avaliação do conselho, o modelo de tratamento de dependentes praticado nos estabelecimentos é uma violação à Lei Antimanicomial, que prega a integração social e familiar do dependente ao longo do tratamento, e não o isolamento.
Um dos locais que mais chocou o conselho foi a Casa de Recuperação Valentes de Gideão, em Simões Filho (BA). Segundo os relatos, "os internos, ali dentro, vivem em condições insalubres e desumanas", com excrementos nos cantos e instalações elétricas precárias.
Não há vasos sanitários, apenas valas no chão. O esgoto é a céu aberto. Não há colchões ou roupa de cama. Os pacientes andam descalços, seminus e sujos. Casos de tuberculose são comuns, em decorrência do frio e da umidade.
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Roberto Sobrinho (PT) aluga equipamentos para empresários que têm contratos com consórcios que constroem as Hidrelétricas do rio Madeira; ele garante que não há nenhuma ilegalidade
PORTO VELHO - Em Porto Velho, capital brasileira que proporcionalmente mais recebe dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Ministério Público do Estado (MPE) está apurando denúncia de o prefeito Roberto Sobrinho (PT) ter montado uma empresa em sua própria residência para prestar serviços indiretamente aos consórcios que constroem as Hidrelétricas do rio Madeira. Ele alugou equipamentos a empresários que têm contratos com os construtores das usinas.
De acordo com a denúncia, encaminhada pelo presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), o município é responsável pela liberação de alvará de funcionamento às empresas contratadas diretamente pelos consórcios. Além disso, Sobrinho teria negociado compensações ambientais para Porto Velho com os construtores das Usinas de Santo Antônio e Jirau. Consta que dessa forma o prefeito estaria negociando com empresas que ele deveria fiscalizar. Continua
Cerca de dois mil trabalhadores cruzaram novamente os braços desde a manhã de sexta-feira (25), no canteiro Belo Monte, principal obra da construção da usina hidrelétrica na região de Altamira (PA). O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelo empreendimento havia se comprometido a responder as 16 reivindicações dos trabalhadores ontem, dia 24. Esta é a segunda paralisação no mês de novembro. Continua
Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo revela que os efeitos maléficos da poluição vão muito além do sistema respiratório. Os poluentes também atingem o sistema nervoso. A experiência conduzida pela bióloga Paula Bertacini submeteu embriões de galinha ao efeito dos poluentes e concluiu, logo na primeira fase do experimento, que as partículas provocam uma redução no número de neurônios e geram falha de desenvolvimento. Matéria de Julio Cabral, no Correio Braziliense.
A pesquisa partiu da coleta de amostras de poluentes no Bairro da Consolação, Centro de São Paulo, onde está localizada a Faculdade de Medicina. Muito movimentado e eternamente congestionado, o lugar foi escolhido pela poluição veicular, com grande participação de veículos pesados a diesel, automóveis e motocicletas — um local que poderia ser em qualquer outro grande centro, ressalta a pesquisadora.
O estudo, parte do doutorado de Paula Bertacini, começou em 2007. A cientista explica que, como não foram observadas alterações externas nos animais em ambientes controlados, a pesquisa passou a buscar mudanças internas, em tecidos. A iniciativa faz parte do programa do Laboratório de Poluição Atmosférica Ambiental (LPAE) da faculdade e conta com a coordenação de Paulo Saldiva, que também é coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada do Risco Ambiental. O grupo de pesquisa do laboratório já estudou os efeitos nocivos dos poluentes sobre os sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino e reprodutor. Continua
A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora do complexo nuclear de Fukushima afetado pelo grande tsunami de março, refutou em 2008 a possibilidade de que um tsunami com mais de dez metros atingisse a usina e descartou investir em mais segurança na central, informa nesta segunda-feira a agência de notícias Kyodo.
Um departamento interno elaborou há três anos um estudo de proteção no qual sugeriu a hipótese de que um tsunami de 10,2 metros afetasse a usina nuclear, desenhada na década de 1970 para resistir ondas de até 5,7 metros.
Na época, segundo a Kyodo --que cita uma fonte da Tepco--, os responsáveis do departamento de supervisão nuclear consideraram irrealista o risco de um tsunami de mais de dez metros e, por isso, rejeitaram a necessidade de uma melhora imediata da proteção da usina. Continua
Líderes da oposição cobraram neste sábado (26) da presidente Dilma Rousseff a demissão do ministro Carlos Lupi (Trabalho) após a revelação de que ele foi durante cerca de seis anos funcionário fantasma da Câmara dos Deputados. A avaliação é que o fato atinge diretamente o ministro ao envolvê-lo numa atitude questionável eticamente.
A Folha revelou na sua edição de hoje que o ministro foi funcionário da Câmara de 2000 a 2006, lotado na liderança do PDT como assessor técnico. Nesse período ele foi vice e presidente nacional do partido e, segundo relatos de deputados, ex-deputados e assessores exerciam funções exclusivamente partidárias. Continua
O Pampadromaeus faz parte do grupo de dinossauros com hábitos herbívoro |
Após denúncias do Observatório Social, foram responsabilizadas três siderúrgicas de Marabá: a Sidepar, a Cosipar e a Siderúrgica Ibérica
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) está embargando as maiores siderúrgicas de Marabá, no Pará. O órgão comprovou o que foi apontado pela pesquisa "O Aço da Devastação", publicada em junho de 2011 pela revista do Observatório Social.
Segundo a pesquisa e a apuração do Ibama, as siderúrgicas usam carvão oriundo da devastação ambiental e do trabalho escravo. Pelos cálculos do órgão, nos últimos quatro anos as siderúrgicas foram responsáveis pela destruição de 27,3 mil hectares de floresta Amazônia. Foram responsabilizadas a Sidepar, a Cosipar e a Siderúrgica Ibérica.
“As siderúrgicas fomentam o desmatamento da floresta amazônica em todo o sul e sudeste paraense para obter o carvão que precisam, acobertando essa origem irregular com Guias Florestais fraudadas", afirma o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Marabá, Luciano da Silva, que coordenou a operação Saldo Negro, que desvendou o esquema. Continua
Além do prefeito, o secretário de Verde e Meio Ambiente também foi atingido pela sentença; o juiz Domingos de Siqueira Frascino determinou um prazo de 90 dias para nova licitação
A Justiça de São Paulo decretou nesta sexta-feira, 25, o sequestro dos bens do prefeito Gilberto Kassab (PSD), do secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), de treze empresários e de seis empresas, entre elas a Controlar e a CCR.
A decisão foi tomada pelo juiz Domingos de Siqueira Frascino na ação civil proposta na quinta-feira, 24, pelo Ministério Público (MP) na 11ª Vara da Fazenda de São Paulo, na qual a promotoria aponta a existência de uma fraude bilionária no contrato da Inspeção Veicular Ambiental de São Paulo. Continua
Órgão de controle interno da União enviou no dia 8 de setembro relatório para ministério em que questiona viabilidade financeira e conclusão do VLT, em Cuiabá, antes da Copa de 2014
BRASÍLIA - Operada de maneira fraudulenta no Ministério das Cidades, conforme revelou o Estado na quinta-feira, 24, a mudança do projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi reprovada pela Controladoria-Geral da União em relatório datado de 8 de setembro deste ano, mesmo dia em que a pasta produziu uma nota técnica forjada para respaldar a proposta. A CGU alerta que o VLT não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014 e que o governo de Mato Grosso omitiu informações sobre os gastos com a obra do VLT, orçada em pelo menos R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, um linha rápida de ônibus (BRT). A controladoria avalia ainda que a troca do BRT pelo VLT é "intempestiva". Continua
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Aconteceu num seminário sobre formação inicial de professores, frente a um painel reunindo grandes expoentes na área de educação, quando se franqueou a palavra ao público. A primeira manifestação, vinda de uma jovem professora, fazia um apelo aos especialistas para que lhe dessem uma luz, antes que tomasse a decisão eminente de largar o magistério. Em seu relato emocionado, destacava que, mesmo após cinco anos de magistério, ainda se considerava carente de instrumentos metodológicos para realizar um bom trabalho. Seu cotidiano era um verdadeiro inferno: sofria bullying por parte dos alunos, não conseguia resultados e não sabia o que fazer. Como forma de diminuir a tensão, faltava no limite de suas possibilidades.
Esse pedido de socorro possivelmente retrata a realidade de grande número de professores que, em sua formação inicial, não adquiriram os instrumentos mínimos para o exercício do magistério. Perdidos num cipoal de teorias, em grande parte estéreis e mal interpretadas, os cursos de formação acabam passando ao largo do desenvolvimento das competências básicas de um professor. Os jovens educadores saem das faculdades sem dominar o conteúdo que vão ensinar, os melhores métodos para o trabalho com esses conteúdos, e sem desenvolver as habilidades de organização do tempo e do espaço, bem como aquelas referentes às relações interpessoais e às dinâmicas de funcionamento de grupos.
O mais grave parece ser o total divórcio entre teoria e prática, bem como a inexistência de uma prática consistente. Em geral, a experiência se resume a algumas "aulas", em situações totalmente artificiais. Assim, as habilidades básicas da prática docente acabam sendo desenvolvidas na dura experiência inicial que, quando muito traumáticas, provocam o abandono do magistério, ou uma prática de absenteísmo desregrado. Baseados nessa constatação, alguns programas propõem a institucionalização da figura de um professor, com mais experiência, que possa atuar como mentor dos mais jovens.
Se quisermos, entretanto, enfrentar o problema em sua raiz, urge repensar os currículos de formação de professores. Pessoalmente, devo muito ao trabalho desenvolvido como "professoranda". Aluna do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, numa época de grande carência de professores na rede pública, participei de uma experiência em que o conteúdo previsto para o último ano foi condensado num curso de férias, para que assumíssemos uma turma durante todo o ano letivo. Um dia por semana, tínhamos aulas de didática em que discutíamos os desafios, trocávamos experiências e recebíamos orientações. Funcionava como uma "residência", típica da área de saúde. Uma possibilidade de incluir a experiência de residência em educação seria utilizar o período probatório para o desenvolvimento de um programa estruturado para esse fim.
Urgentíssima, porém, seria uma total reformulação do chamado estágio curricular. Temos aí um grande campo de oportunidades. A experiência do Projeto Entre Jovens, proposto pelo Instituto Unibanco, mostra-nos que um programa de tutoria, desenvolvido como forma de estágio curricular, pode se constituir num verdadeiro jogo de ganha-ganha. O projeto, voltado para o desenvolvimento de pré-requisitos considerados indispensáveis para o prosseguimento dos estudos, e que poderia ser aplicado ao final de cada uma das etapas em que ocorre uma mudança de estrutura curricular (quinta série, nona série e terceira série do ensino médio), vem demonstrando impactos bastante consistentes.
Numa proposta de dar conta das lacunas de aprendizagem antes que se avolumem, ganhariam os alunos, os professores, que não necessitariam voltar a conceitos anteriores, e os futuros educadores, com uma efetiva prática docente.
Assim é que uma situação de crise, que vem à tona por intermédio de gritos de socorro de professores que se sentem despreparados para a nobre missão de educar as novas gerações, pode representar uma oportunidade de se repensar o processo de formação inicial e o desafio de gargalos de aprendizagem que acabam determinando o abandono da escola, tanto por parte de professores quanto de alunos.
Wanda Engel é superintendente-executiva do Instituto Unibanco.
Capa do álbum duplo Indivisível e seu autor, Zé Miguel Wisnik. (Divulgação) |
Com aval do ministro, diretora de Mobilidade Urbana assina parecer forjado que recomenda projeto de Veículo Leve sobre Trilhos em Cuiabá e desbanca projeto original de linha rápida de ônibus
BRASÍLIA - O Ministério das Cidades, com aval do ministro Mário Negromonte, aprovou uma fraude para respaldar tecnicamente um acordo político que mudou o projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT). Documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, com autorização do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Com a fraude, o Ministério das Cidades passou a respaldar a obra e seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original. A mudança para o novo projeto foi publicada no dia 9 de novembro na nova Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.
Para tanto, a equipe do ministro operou para derrubar o estudo interno de 16 páginas que alertava para os problemas de custo, dos prazos e da falta de estudos comparativos sobre as duas mobilidades de transporte. Continua
Decisão suspende todas as atividades da empresa na Bacia de Campos (RJ) até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo derramamento de petróleo
RIO - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou em comunicado que a Chevron do Brasil Ltda. está, neste momento, impedida de perfurar em território nacional. Isso, na prática, suspende todas as atividades de perfuração no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), até que sejam identificadas causas e responsáveis pelo vazamento de petróleo, detectado em 9 de novembro, e restabelecidas as condições de segurança na área.
No comunicado, a agência informou que a decisão foi oficializada em reunião de diretoria hoje. Na mesma decisão, a ANP rejeitou pedido da concessionária para perfurar novo poço no Campo de Frade com o objetivo de atingir o pré-sal. No entendimento da agência, a perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade. Continua
Num Brasil lógico, ou pelo menos num país mais simples, uma mulher de 101 anos jamais seria tratada com descaso num hospital público.
Mas o país, infelizmente, não é simples. O Brasil dos serviços públicos mais parece uma desculpa preventiva para se prevenir contra a lógica.
Assim, depois de driblar o tempo por mais de um século, dona Alzira foi levada pelo azar, intempestivamente, para o leito de um hospital de Manaus.
Com a bacia fraturada, precisa implantar uma placa no corpo. Antes, tem de fazer os exames pré-cirúrgicos. Aguarda há arrastados 21 dias.
Ouvido, Daniel Roger, diretor-técnico do hospital, disse:
“Como é uma cirurgia eletiva, não de urgência, ela estava aguardando realizar os exames, para entrar na programação do centro cirúrgico.”
Num país lógico, diretor de hospital público que servisse lero-lero a uma mulher de 101 anos necessitada de cirurgia seria um ex-diretor.
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BRASÍLIA – O Senado autoriza os 81 senadores a requerer pessoalmente passaportes diplomáticos ao Itamaraty, inclusive para terceiros. A assessoria da Casa alega que, como não existe norma proibindo, o documento pode ser solicitado por cada um de seus parlamentares. É o que explica o fato de o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ter obtido passaportes especiais para o chefe da Igreja Internacional do Reino de Deus, pastor Romildo Ribeiro Soares, conhecido por R.R. Soares, e para sua mulher, Maria Madalena Bezerra Soares. Eles são tios do senador.
A portaria do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, concedendo esses passaportes diplomáticos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira.
A polêmica é que a concessão se dá em nome da instituição Senado e não do parlamentar. Nem o pastor nem sua mulher têm ligações com o parlamento brasileiro.
Na Câmara dos Deputados, os deputados têm de recorrer à segunda secretaria para obter o documento. Marcello Crivella defende que cabe ao Itamaraty analisar o “mérito” do pedido. Nesse caso específico, ele acredita que o ministro Patriota se convenceu pelos “carimbos do passaporte do pastor com centenas de viagens. “Todas elas para atender milhares de brasileiros que vivem lá fora”. Ou seja, o pastor evangélico estaria executando uma das atribuições do próprio Itamaraty. “O parlamentar tem todo o direito de pedir o passaporte”, insiste.
Crivella afirma não ser esta a primeira vez que ele pede e obtém passaporte para R.R. Soares. “Ele viaja tanto, tanto, tanto, que na hora de fazer fila, ele pega a de prioridade diplomática”, justifica, referindo-se a um dos motivos para ter o passaporte. Continua
Comentário básico:
Esse país é uma piada,
uma piada sem a menor graça.
Adelidia Chiarelli
Na sua vasta obra em prol do organismo, essa gordura já provou benefícios ao cérebro e ao coração e consagrou-se na prevenção de um sem-número de doenças. Para a alegria dos fãs de peixes, frutos do mar, sementes de linhaça e companhia, outro mal está entrando na lista negra do ômega-3: a osteoporose. Quem acaba de chegar a essa conclusão são pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, depois de revisar uma série de trabalhos científicos feitos mundo afora que investigaram o consumo da gordura e o seu impacto sobre o esqueleto. E sentenciaram: sim, ele é bom para os ossos.
A constatação tem um gostinho ainda mais saboroso para as mulheres sobretudo aquelas que se aproximam ou já passaram da menopausa. São elas as principais vítimas da doença que promove o esfarelamento da massa óssea. Isso porque, nessa fase da vida, a queda da produção de estrogênio, o hormônio feminino, repercute na capacidade do esqueleto de repor as inevitáveis perdas diárias de minerais. Ele tem células que produzem e depositam material ósseo, os osteoblastos, e células que reabsorvem o material velho, os osteoclastos, explica a farmacêutica Renata Gorjão, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Na doença, aumenta a atividade dos osteoclastos, completa ela, que é especialista em fisiologia celular. Sem a reposição, o desequilíbrio resulta em milhões de microburacos. Daí, uma topada pode ser motivo de fratura.
E o ômega-3 com isso? Ele conseguiria inibir a função desses osteoclastos, responde Renata. Em outras palavras, o ingrediente restaura o equilíbrio e, assim, breca o avanço da osteoporose. As mulheres que querem distância do problema ou que lutam para controlá-lo não devem se esquecer, portanto, de ingerir as fontes desse ácido graxo. O recado também vale para os homens eles estão sujeitos à osteoporose, mas a incidência é menor. Continua
Aclamado por proteger as artérias e combater inflamações, o ômega-3, aquele da linhaça e dos peixes de água fria, mais uma vez surpreende os especialistas: ele daria uma ajuda e tanto na eliminação dos quilos extras
O status de ácido graxo essencial não deixa dúvidas sobre o caráter indispensável dessa partícula gordurosa para o bom funcionamento do corpo. Mas o argumento irrefutável de que o ômega-3 seria aliado dos rechonchudos na reconciliação com a balança chegou para nos convencer de vez da importância de rechear o cardápio com fontes desse nutriente. Além de pescados como salmão e sardinha, a linhaça fornece doses generosas da substância. A ação contra a obesidade foi discutida no XV Congresso Latino-Americano de Nutrição, realizado há pouco no Chile.
No evento, um dos destaques foi a apresentação do nutricionista Dennys Cintra, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. "Várias experiências apontam que a obesidade estaria relacionada a inflamações, e nós sabemos que o ômega-3 tem um bom potencial anti-inflamatório", conta a SAÚDE!. "Por isso, decidi checar se esse tipo de gordura auxiliaria no emagrecimento", justifica.
O nutricionista primeiro induziu um grupo de ratinhos a ganhar peso, até se tornarem diabéticos de tão balofos, graças a uma alimentação rica em gordura saturada, como a da picanha. Então, quando os bichos entravam nesse estado, Cintra examinava seu hipotálamo, região do cérebro que controla a fome. "As partículas de gordura saturada provocaram uma superprodução de citocinas, substâncias inflamatórias que impediam aquela área cerebral de disparar o sinal de saciedade", relata. Continua
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O Ministério do Meio Ambiente deve anunciar nesta segunda-feira que a empresa Chevron receberá a multa máxima, de R$ 50 milhões, por dano ambiental causado pelo vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, iniciado há duas semanas.
O valor tende a ser ainda maior dentro de algumas semanas, quando a apuração for concluída. Além do dano ambiental, a Chevron poderá ser multada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) por negligência na segurança da exploração de petróleo e novamente pelo Ibama, se ficar comprovado que deixou de cumprir alguma ação prevista no Plano de Emergência Individual (PEI) — uma das obrigações previstas no processo de licenciamento.
A Chevron poderá acumular ao menos três multas, cujo valor total ainda não foi calculado.
Segundo especialistas em meio ambiente, entre eles o oceanógrafo David Zee, nomeado perito pela Polícia Federal (PF) para acompanhar o caso, uma multa de R$ 50 milhões seria, no entanto, insuficiente para inibir novos acidentes ambientais.
Para as empresas, seria mais vantajoso pagar a multa do que ter controle mais rígido sobre vazamentos. O valor representa, por exemplo, menos de 1% dos investimentos de US$ 5 bilhões da Chevron em uma década no Brasil, anunciados pela empresa em 2009.
Só no Campo de Frade, são US$ 3 bilhões investidos em sociedade com a Petrobras e a Frade Japão. No ano passado, a companhia lucrou US$ 19 bilhões no mundo.
Especialistas também alertam que o valor máximo da multa está defasado: o limite de R$ 50 milhões é o mesmo desde fevereiro de 1998, quando a lei de crimes ambientais foi aprovada no Congresso. Corrigido pela inflação, esse valor seria de R$ 116 milhões.
Além de multas do Ibama e possível punição da ANP, a Chevron poderá ser obrigada a reparar danos causados na biodiversidade e compensar pescadores do Norte Fluminense, disse o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, no domingo. Ele estimou a reparação em mais de R$ 10 milhões. Mas ainda não há relatos de peixes mortos ou baleias contaminadas.
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Doença cardíaca na infância decorrente de obesidade alarma Estados Unidos
Doença cardíaca na infância, em conseqüência da obesidade, começa a alarmar a população dos Estados Unidos. De acordo com o resultado de novas pesquisas, que foram apresentadas em congresso no último fim de semana, em Orlando (Flórida), crianças entre nove e 11 anos de idade já aparecem com colesterol alto e espessamento da artéria do pescoço para espanto dos profissionais da área médica.
Segundo os novos estudos, a tendência à obesidade teima em persistir nos EUA e cada vez mais cedo. Não bastassem os altos índices de sobrepeso por conta de uma alimentação excessivamente calórica, principalmente na classe média, sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outros, que só apareciam na fase adulta, já são encontrados na garotada norte-americana.
Orientações Anteriores
Um estudo mais detalhado, realizado em escolas de West Virginia, evidenciou que as orientações anteriores para as crianças desconheciam o histórico familiar. Assim mesmo, os exames revelavam níveis elevados de colesterol, especialmente de LDL (o colesterol ruim), em cerca de 10% das crianças.
Estima-se, no entanto, que menos de 1% dos pré-adolescentes analisados sob essa orientação, poderão precisar de medicamentos para diminuir oLDL, mas os especialistas esperam que os exames reforcem a recomendação de exercício e o aconselhamento sobre dieta.
Agravantes
Segundo a Dra.Lilian Zaboto, pediatra do Departamento de Obesidade Infantil da ABESO, o aumento de peso é um fator agravante não só para aumento dos índices de colesterol, mas também de triglicérides e desenvolvimento de diabetes tipo 2 por aumento nos níveis de glicemia.
“A obesidade associada com algumas destas co-morbidades, aumenta o risco de doenças cardíacas, como infarto e AVC, em adultos jovens. Portanto, realizar estes exames aos nove ou dez anos deve realmente ser uma rotina em qualquer paciente, mesmo sem aumento de peso e principalmente se houver histórico familiar positivo para estas doenças”, explica.
Na opinião da Dra. Lilian, estes exames também devem ser realizados nas crianças mais novinhas, assim que comecem a aumentar de peso.
“Como a alimentação tem sido mais rica em gordura, sais e açúcares, devido ao grande consumo de alimentos industrializados e fast-foods, cada vez mais presenciamos no consultório crianças, de até dois anos de idade, com aumento de colesterol e/ou triglicérides, ainda que não estejam acima do peso”, revela.
Para a doutora, mesmo que a criança tenha um peso normal, mas tiver história familiar de infarto, diabetes ou hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, estes exames devem ser realizados antes dos nove ou dez anos de idade.
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São Paulo - Uma caminhada hoje de manhã, no Parque Ibirapuera, lembrou as vítimas de acidentes de trânsito em todo o país. Além de chamar a atenção para a necessidade de medidas capazes de prevenir acidentes de trânsito, os participantes da caminhada promovida pelo movimento União em Defesa das Vítimas de Violência (UDW) começaram a recolher assinaturas para uma proposta a ser enviada ao Congresso Nacional, pedindo punição mais severa para os motoristas que dirigirem embriagados.
Em 45 dias, o movimento conseguiu recolher quase 200 mil assinaturas e espera atingir a marca de 1,3 milhão. Um dos organizadores do ato foi Rafael Baltresca, palestrante comportamental, que perdeu a mãe e a irmã em um acidente de trânsito em setembro deste ano. Ambas saíam de um shopping na zona oeste da capital quando um motorista embriagado perdeu a direção, invadiu a calçada onde elas se encontravam e atropelou as duas.
“Elas estavam saindo do Shopping Villa-Lobos. Tinham ido comprar um livro. Estavam na calçada do shopping, voltando para o carro e um rapaz veio a 130 quilômetros por hora, completamente embriagado, e acertou em cheio minha mãe e minha irmã, que foram prensadas no muro e morreram imediatamente”, disse Baltresca. Segundo ele, o motorista está solto, “sem pagar fiança”.
“Só existem duas formas de mudar um comportamento: pela conscientização ou pela punição. A conscientização vai acontecer, mas ela é muito lenta, demorada. E eu não posso fechar os olhos para o que vejo no dia a dia”, afirmou Baltresca.
A intenção é repetir o que foi feito na campanha pelo uso de cinto de segurança. “Hoje todo mundo usa o cinto, não por estarem todos conscientizados, mas porque é lei e obrigatório. Precisamos fazer a mesma coisa com a bebida, com uma lei mais rígida, e esperando que daqui a 50 anos as pessoas se conscientizem.”
Baltresca acrescentou que a proposta visa a mudar a forma de verificar se o motorista está bêbado. “Isso seria feito por meio de um exame clínico. Uma pessoa que tem fé pública, como um legista ou um policial, poderá atestar se a pessoa estava embriagada, seja no local do acidente ou no Instituto Médico-Legal”, explicou. Continua
Dano ambiental causado pela mancha de óleo é difícil de mensurar: no acidente no Golfo do México, em 2010, chegaram ao litoral as carcaças de apenas 2% dos animais atingidos pelo desastre; no Rio, especialistas se preocupam com mamíferos e aves
No meio do caminho, havia óleo. Obstáculo difícil de superar por baleias como jubarte, minke-antártica, baleia-de-bryde e entre 20 e 25 espécies de golfinhos e pequenos cetáceos que usam a Bacia de Campos como rota migratória. O óleo que vazou por pelo menos seis dias pelo poço no Campo de Frade, operado pela Chevron Brasil, chegou a cobrir uma superfície de 163 quilômetros quadrados – ou 16,3 mil campos de futebol.
E o dano ambiental é difícil de mensurar. No acidente provocado por uma explosão na plataforma de perfuração da British Petroleum, no Golfo do México, em abril do ano passado, 800 milhões de litros de óleo vazaram por 87 dias.
Somente 2% das carcaças dos animais atingidos chegaram ao litoral, aponta o biólogo Salvatore Siciliano, coordenador do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
“A nossa informação sobre o impacto do acidente sempre vai ser muito limitada. A maior parte das carcaças vai afundar. O que vai chegar na praia é o piche, que suja o pé. Mas o que está por trás disso é de uma escala enorme. As empresas têm de estar preparadas para esse risco. O ônus não pode caber a todo mundo. Elas têm de monitorar e sanar o problema”, afirma.
As baleias jubarte, por exemplo, estão retornando para o Polo Sul. Depois de se alimentar durante o verão, no inverno elas nadaram em direção à linha do Equador, em busca de águas mais quentes para se reproduzir. Agora, voltam para a Antártica acompanhadas de seus filhotes.
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, viu três delas nadando perto da mancha – uma a menos de 300 metros de distância.
“Elas ainda não voltaram a se alimentar. Estão frágeis e mais suscetíveis à contaminação. Esses animais precisam vir à tona para respirar e podem ingerir esse óleo. O contato com a pele também pode interferir no isolamento térmico, afetar os filhotes, que têm ainda menos proteção”, afirma o oceanógrafo David Zee, professor da Universidade do Estado do Rio (Uerj).
Além dos mamíferos, o dano para as aves é agudo. Acredita-se que elas confundam a mancha de óleo com cardumes e, por isso, mergulhem no petróleo. Continua
A crise econômica internacional está crivada de ironias, além da ironia maior de ex-botes salva-vidas terem de lidar com o nariz empinado de ex-afogados.
O Brasil lidar com outro aspecto inusitado da encrenca: entrou na rota de imigração da mão de obra.
Cresce a passos de gigante o número de estrangeiros que enxergam essa terra de palmeiras e sabiás como âncora.
O repórter Pablo Pereira trouxe à luz dados que ajudam a dimensionar o fenômeno. Por exemplo:
O Ministério da Justiça informa que aumentou em 52,5% o número de estrangeiros que buscam autorização para tentar a sorte no Brasil.
Durante todo o ano de 2010, expediram-se 961 autorizações. Nos primeiros seis meses de 2011, 1,466 milhão.
Sobe também a quantidade de estrangeiros que reivindicam a nacionalidade brasileira. Em 2008, somavam 1.119. Em 2010, 2.116.
Destrinchando-se os dados, chega-se à origem dos forasteiros que enxergam o Brasil como uma âncora.
São, sobretudo, portugueses, bolivianos, chineses e paraguaios –nessa ordem. Os pósteros de Pedro Álvares Cabral parecem decididos a redescobrir a ex-colônia. Continua
Vazamento no fundo do mar. Foto: Divulgação / ANP |
Comentário foi feito pela alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidos, que quer punição aos que atuaram na ditadura
No dia em que a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que cria a Comissão da Verdade para apurar violações dos direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 a 1988, a Organização das Nações Unidas (ONU), apesar de elogiar o País pela medida, pediu explicitamente a revogação da Lei da Anistia de 1979.
No comunicado da ONU, a alta comissária de Direitos Humanos, a indiana Navi Pillay, incentiva o País a “adotar medidas adicionais que facilitem a punição daqueles que foram responsáveis pela violação de direitos humanos no passado”. E acrescenta: “Tais medidas devem incluir a aprovação de uma nova legislação para revogar a Lei da Anistia ou declará-la inaplicável, pois impede a investigação e o fim da impunidade de graves violações dos direitos humanos”. Continua
Engana-se quem acredita que o novo texto do Código Florestal trará benefícios aos grandes produtores agrícolas em detrimento do meio ambiente e do restante da sociedade. O prejuízo será geral e irrestrito, caso o texto em tramitação nas comissões do Senado mantenha alguns vícios que adquiriu desde o relatório original, votado na Câmara.
Essa é a opinião de cientistas. O conjunto das opiniões mostra que, se aparentemente, o setor rural ganha, a curto prazo, com o aumento da área disponível e do desmatamento, sofrerá, no futuro, como toda a sociedade, os efeitos da ação predatória.
A primeira consequência será a escassez de água. A redução da vegetação nas margens dos rios e a falta de proteção às nascentes irão provocar a redução da oferta do produto. Nascentes vão secar, rios menores sofrerão rápido processo de erosão e os maiores, que recebem água dos pequenos, ficarão assoreados. "Vai faltar água para a própria agricultura", afirma José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia (IIE). Segundo ele, a agricultura responde por 70% da água consumida no Brasil. Continua
Elas tiveram nota 1 e 2 no Índice Geral de Cursos do MEC.
No ano anterior, índice foi de 32,7% de instituições abaixo da média
De 1.828 instituições de ensino superior que obtiveram nota em avaliação do Ministério da Educação, 683, ou 37,3% ficaram abaixo da média no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado nesta quinta-feira (13). Esse índice monitora a qualidade dos cursos de graduação e divide as instituições por totais contínuos que vão de 0 a 5 pontos, com divisão por casas decimais, e em faixas que vão de 1 a 5. Avaliações abaixo de três são consideradas insatisfatórias pelo MEC.
Do total, 9 instituições, 0,49%, tiveram nota 1 e 674, 36,8%, ficaram com nota 2. O maior grupo ficou na nota média 3, com 985 (53,9%). Outras 131 intituições (7,16%) obtiveram média 4, e um total de 27 universidades e faculdades conseguiram a nota máxima 5, correpondente a 1,47% das instituições que obtiveram notas. A avaliação teve ainda 349 instituições que não tiveram a participação mínima de dois alunos ingressantes e dois alunos concluintes nos cursos avaliados pelo Enade. Continua
Segundo Haddad, medida, que vai atingir faculdades com baixo desempenho no Enade, é ‘correta e pedagógica’
O Ministério da Educação anunciou na quinta-feira que cortará, a partir de janeiro de 2012, cerca de 50 mil vagas em cursos de educação superior. A medida atingirá faculdades que obtiveram notas 1 e 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que mede a qualidade do ensino.
Haverá redução de vagas em cursos de Ciências Contábeis, Administração e os de áreas da Saúde, como Medicina e Enfermagem.
Oito centros universitários perderam a autonomia e não poderão abrir mais cursos. Também houve congelamento de vagas na modalidade de educação à distância. O MEC informou que o nome das instituições deverá ser divulgado hoje. Não haverá fechamento de cursos.
— Estamos com foco na educação à distância para impedir que essa modalidade, que é importante para a democratização do acesso à educação superior, sofra com problemas de qualidade e venha a ser prejudicada por isso — analisou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
As maiores reduções de vagas devem atingir as faculdades de Enfermagem. Só em Medicina serão cortadas 446. Outras 320 serão abertas.
O ministro da Educação lembrou da recomendação da presidente Dilma Rousseff para abrir mais cursos de Medicina. E ponderou que isso só pode ser feito com a garantia de qualidade do ensino.
— Temos a determinação da presidente de anunciar o plano nacional de educação médica. Vamos ter que abrir mais cursos de Medicina, mas com os critérios balizadores do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) — disse o ministro da Educação.
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Na imagem, detectada pelo satélite Modis, da Nasa, o Greenpeace destaca a extensão da mancha de óleo causada pelo vazamento no poço da Chevron, na Bacia de Campos. |
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não mentiu apenas ao Congresso Nacional. Mentiu também para o Palácio do Planalto. Na sexta-feira, quando o governo soube que seria divulgada reportagem na revista "Veja" sobre a viagem de Lupi ao Maranhão, o ministro enviou ao Planalto a informação de que não tinha ligação com o empresário Adair Meira, que comanda uma rede de ONGs conveniadas com o ministério, e negou que tivesse viajado num King Air oferecido pelo dirigente de ONGs.
No sábado, o ministério voltou a dizer em nota oficial que Lupi só utilizou o avião bimotor Sêneca. Mas o ministro foi desmentido pelas imagens. Nas palavras de um interlocutor direto da presidente Dilma Rousseff, a sobrevida dada a Lupi até a reforma ministerial em janeiro já não existe.
Avaliação feita nesta terça-feira por integrantes do núcleo do governo foi a de que Lupi deve uma explicação pública convincente. E, se isso não ocorrer, o Planalto espera que o PDT conduza o processo de substituição de Lupi o mais rápido possível.
A expectativa no Palácio do Planalto era que, durante o feriado, a crise política envolvendo Lupi perdesse fôlego. Nesta terça-feira, porém, a constatação foi de que a crise só aumentou com as versões apresentadas sobre o mesmo fato.
Para piorar a situação, o site da revista "Veja" divulgou nesta terça-feira vídeo em que Adair aparece nas mesmas imagens em que Lupi é filmado chegando a uma cidade do interior maranhense em dezembro de 2009. Os dois estavam a bordo do King Air, prefixo PT-ONJ, que pousou na cidade maranhense de Grajaú.
Segundo um ministro, Lupi está extremamente fragilizado e só piorou sua situação com declarações polêmicas nos últimos dias. No Planalto, Lupi é chamado de "fanfarrão". Já há avaliação interna de que sua permanência começa a contaminar a agenda do governo.
Leia mais em Lupi mentiu para o Planalto ao negar viagem no King Air
Leia também Ministro Carlos Lupi faz pressão até o último momento
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Cartas de amor - F. Pessoa / Voz: M. Bethânia
Mundo - Drummond / Voz: Drummond
Tabacaria - F. Pessoa / Voz: Antônio Abujamra
The Sky is Low - Emily Dickinson
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