Por Carolina Brígido, O Globo
18.11.2011
Segundo Haddad, medida, que vai atingir faculdades com baixo desempenho no Enade, é ‘correta e pedagógica’
O Ministério da Educação anunciou na quinta-feira que cortará, a partir de janeiro de 2012, cerca de 50 mil vagas em cursos de educação superior. A medida atingirá faculdades que obtiveram notas 1 e 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que mede a qualidade do ensino.
Haverá redução de vagas em cursos de Ciências Contábeis, Administração e os de áreas da Saúde, como Medicina e Enfermagem.
Oito centros universitários perderam a autonomia e não poderão abrir mais cursos. Também houve congelamento de vagas na modalidade de educação à distância. O MEC informou que o nome das instituições deverá ser divulgado hoje. Não haverá fechamento de cursos.
— Estamos com foco na educação à distância para impedir que essa modalidade, que é importante para a democratização do acesso à educação superior, sofra com problemas de qualidade e venha a ser prejudicada por isso — analisou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
As maiores reduções de vagas devem atingir as faculdades de Enfermagem. Só em Medicina serão cortadas 446. Outras 320 serão abertas.
O ministro da Educação lembrou da recomendação da presidente Dilma Rousseff para abrir mais cursos de Medicina. E ponderou que isso só pode ser feito com a garantia de qualidade do ensino.
— Temos a determinação da presidente de anunciar o plano nacional de educação médica. Vamos ter que abrir mais cursos de Medicina, mas com os critérios balizadores do Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) — disse o ministro da Educação.
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