domingo, 27 de novembro de 2011

A chave para Durban

Via Ecopolítica
Por Sérgio Abranches
24.11.2011

A COP17 começa na próxima segunda-feira em Durban, África do Sul, com a agenda paralisada pelo impasse. Os negociadores terão que encontrar um caminho de compromisso que evite o colapso da cúpula e que ele leve consigo toda a arquitetura das Nações Unidas para a política global do clima.
O foco central das conversas será o segundo período de compromissos do Protocolo de Quioto. O primeiro se esgotará em dezembro de 2012. Os países desenvolvidos chegarão a Durban divididos nessa questão chave. Os negociadores do EUA simplesmente dizem que esse assunto não é com eles, porque o Congresso de seu país se recusou a ratificar o Protocolo. Portanto não são parte nessa conversa. Algumas economias desenvolvidas que são partes do Protocolo, já afirmaram seguidas vezes que não participarão de um segundo período. Sua prioridade é para um novo acordo internacional com força legal (“vinculante”) que alcance todos os grandes emissores de gases estufa, desenvolvidos e em desenvolvimento, principalmente EUA e China. Kim Chapman, da Bloomberg, relata que Todd Stern, o negociador-chefe do EUA, disse a repórteres em coletiva no dia 18 de novembro que seria “prematuro decidir sobre qual a forma legal definitiva [de um novo acordo internacional], antes que se tenha uma ideia melhor de qual seria seu conteúdo”. Stern disse ainda que qualquer acordo com força legal (vinculante) do qual seu país participe teria que ser “altamente simétrico” e requerer ação compulsória de todos os grandes emissores, como China, e não apenas das economias industrializadas. Já o ouvi dizer o mesmo, inclusive listando, também, Índia e Brasil. Continua